Textos Rotários

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2019

Copyright © Wanderlino Arruda
Capa e Editoração: Dayana Martins - Gráfica Editora Millennium Ltda.

Revisão de textos: Lázaro Francisco Sena, Dário Teixeira Cotrim, Maria Denize de Oliveira Barros, Otaviano Figueiredo Barros e José Eduardo de Abreu.

Fotografias: Arquivo do autor.

Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução total ou parcial desta obra, por quaisquer meios, com a prévia autorização do autor.

FICHA CATALOGRÁFICA
Dados Internacionais da Catalogação na Publicação (CIP)


ARRUDA. Wanderlino
A773r

Rotary Club de Montes Claros-Norte / 50 Anos. Wanderlino Arruda (organizador). Montes Claros / Minas Gerais. Editora Gráfica Millennium Ltda. 2019.

Conteúdo: Depoimentos e Estatísticas.
204 p.
ISBN: 978-65-5002-008-8

1. Literatura Brasileira 2. Associações/Rotary Club International.
I. Wanderlino Arruda (Organizador) II. Título

CDD: 366.1
CDU 061.25=134.381


Ficha Catalográfica elaborada por Dário Teixeira Cotrim

Impresso no Brasil
Printed in Brazil



SUMÁRIO

À GUISA DE AGRADECIMENTO - 09

MENSAGEM DO PRESIDENTE - 11

MENSAGEM DA CASA DA AMIZADE - 13

MENSAGEM DA GOVERNADORA EDITE CAMPOS - 15

MENSAGEM DO DIRETOR HIPÓLITO SÉRGIO FERRERIA - 17

GOVERNADOR NELSON FONSECA LEITE - 20

ROTARY INTERNATIONAL / DADOS DIVERSOS - 22

PAUL HARRIS, O FUNDADOR - 27

ROTARY - LIDERANÇA INTERNACIONAL - 30

HISTÓRICO DA FUNDAÇÃO DO RC DE MONTES CLAROS-NORTE - 32

A PAZ É O FRUTO DO SERVIÇO - 35

SIM, VALEU A PENA - 37

FUNDADORES DO RC DE MONTES CLAROS-NORTE - 40

NATHÉRCIO FRANÇA, FUNDADOR DO ROTARY NORTE - 56

DISTRITO 4.760 - 58

COMPANHEIROS DO FUTURO - 71

MONTES CLAROS - 3º ROTARY NO BRASIL - 73

O GRILO DA AMIZADE - 76

UM LEGADO HISTÓRICO - 78

O ROTARY EM MONTES CLAROS - 90

HONRA E ENTUSIASMO EM ROTARY - 92

CASA DA AMIZADE - 96

MEU ENCONTRO COM MADRE TERESA DE CALCUTÁ - 99

JOÃO BOSCO MARTINS DE ABREU - 102

ROTARY CLUB MONTES DE CLAROS-NORTE - 107

O SECRETÁRIO E SUAS GESTÕES - 112

ROTARY CLUB DE MONTES CLAROS-NORTE EM CASA NOVA - 115

CURIOSIDADES DO PROJETO AVC SANTA CASA - 117

CASA DA AMIZADE - 121

NADA MAIS IMPORTANTE QUE O ENTUSIASMO - 125

ROTARY CLUB DE MONTES CLAROS-NORTE, UM SUCESSO - 129

A ADENOR, MARCA DE DESENVOLVIMENTO - 132

NASCE O PRIMEIRO ROTARY MISTO DE MONTES CLAROS - 136

AMIGO, COMPANHEIRO E COLEGA HENRIQUE - 138

O ROTARY CLUB DE MONTES CLAROS-NORTE NASCEU SÉRIO - 141

ANO JUBLIAR DO ROTARY NORTE - 144

INTERCÂMBIO DE JOVENS - 146

LUIZ DE PAULA, ROTARIANO ILUSTRE - 148

ROTARY - PERSONAGENS E ACONTECIMENTOS - 151

ÁLBUM FOTOGRÁFICO - 187

AS MÃOS DO ROTARY - 203


À GUISA DE AGRADECIMENTO

Cinquenta anos, a metade de um século, agora ao completá-los torna-se tempo de avaliar tudo que foi feito, desde a decisão do Rotary Club de Montes Claros de criar o segundo Rotary Club na cidade. Em 1969, já se sentia fôlego para mais organizações de serviços à comunidade, com mais cérebros e mãos para um bom trabalho social. Além do próprio Rotary Montes Claros, havia dois Lions Clubes, três conjuntos de pessoas do bem, sem qualquer dúvida, em fase de maior entusiasmo, principalmente em termos de Cultura.

Nathércio França, o mais perfeito cavalheiro, hábil em liderança e praticidade de vida, escolheu, para liderar nosso Rotary Norte, um profissional de grandes vitórias, mais do que dinâmico e excelente comunicador, não muito jovem, ainda não velho, o admirado Benoni Gomes da Mota, no meu ponto de vista, o melhor presidente que a Câmara Municipal tivera em muitos anos, superando até os importantes Geraldo Athayde e João Valle Maurício. Benoni foi, mais do que tudo, um excepcional coordenador de equipes, dando a melhor formação às Avenidas de Serviço e à Comissões do nosso Rotary Norte.

De minha parte, muito chegado a Nathércio, tomei posse já com o máximo de motivação. Com longos dezesseis anos como jornalista na vida rotária, já vinha me dedicando ao Rotary desde os tempos das reuniões grã-finas e solenes do paletó e da gravata, do linho irlandês e da casimira aurora, dos sapatos de cromo alemão, estes engraxados quase ao ponto de espelhar. Tempo lindo de se fazer companheirismo, bom e alegre como um unido viver de irmãos!

Agora, cinquenta anos depois, com todo um universo de prestação de serviços em quase todos os campos, vivemos um momento de muito agradecer e muito repensar, desejando e formulando planos para um futuro, no mínimo, condizentes com a nossa história. Nunca vivemos altos e baixos, pois sempre houve muita competência e excelente desempenho, até acima do normal das organizações. Jamais a disputa por cargos, escolhas sempre pelo perfil de cada momento. Nestas cinco décadas, apareceu um único candidato à presidência do Clube, por sinal não aprovado. Temos levado uma vida como de família tradicional e moderna ao mesmo tempo, com escolha rigorosa a cada admissão, a cada eleição para as diretorias.

Enfim, o que de melhor podemos fazer, agora, é agradecer a Deus por tudo de feliz que temos sido. Jamais nos esqueceremos dos magníficos ensinamentos que nos foram transmitidos pelo quase santo Nathércio França, inesquecível padrinho!

Wanderlino Arruda
Vice-presidente 1969
Presidente 1991/92 e 2003/04
Governador 1994/95


MENSAGEM DO PRESIDENTE

Somos muito felizes por ter o Rotary Montes Claros, o terceiro fundado no Brasil, como nosso Clube padrinho. E ainda com dois méritos: era presidente do RC de Montes Claros, em 1968/69, um dos maiores administradores que a região já teve, o dinâmico Fábio Lafetá Rebello. Era Governador do então Distrito 458, Vasco da Fonseca, que teve como seu representante o grande e sábio companheiro Nathércio França, um dos mais brilhantes rotarianos da nossa História.

O Rotary Club de Montes Claros-Norte foi fundado em 30 de janeiro de 1969, quando passamos a nos reunir no Automóvel Clube, sob a direção do inesquecível Benoni Gomes da Mota. Em 25 de maio, em festiva de muito entusiasmo, recebemos a Carta Constitutiva, sendo registrado no Rotary International sob o número 7.992.

Neste ano de jubileu, lembro-me de que estive, praticamente durante 25 anos, em todas as diretorias, ocupando muitas vezes ocargo de Tesoureiro. Desde a minha admissão, tenho administrado a contabilidade do Clube e cuidado de todas as providências para a manutenção oficial de registros na Receita Federal, no Cartório de Títulos e Documentos e em outros órgãos de fiscalização. É como um carregar pedras, mas que sempre me trouxe muita satisfação.

O Rotary Norte é um clube consistente e atuante. Quatro de seus membros já foram governadores do nosso Distrito 4760: Luiz Pires Filho, Wanderlino Arruda, José Maria Marques Nunes e Alexandre Pires Ramos. E nosso companheiro Nelson Fonseca Leite (1995/98) será o Governador 2019/20. O Gov. Wanderlino Arruda foi Training Leader, formador de governadores em Anaheim (ano 2000), Coordenador da Fundação Rotária Brasil-Zona 20, (2004/05), e representante de presidentes do RI em sete conferências distritais, do Brasil, do Uruguai e da Argentina. Os Governadores Wanderlino e José Marques são membros da Comissão Interpaíses Brasil, Portugal e Países de Língua Oficial Portuguesa. O Governador Alexandre Pires Ramos é o Consul Honorário de Portugal e o Companheiro Andrea Carpentieri, Correspondente Consular da Itália.

O Rotary Club de Montes Claros-Norte é o padrinho de outros clubes que, a esta altura, já são fundadores de outras unidades, inclusive Interacts e Rotaracts.

Completando, agora, meio século de funcionamento, tive a honra, eu e Alessandra, de estarmos na presidência, eu do Clube e ela da Casa da Amizade. Nada mais gratificante em nossas vidas, principalmente o fato de comemorarmos o Jubileu de Ouro exatamente com cinquenta companheiras e companheiros em nosso Quadro Associativo. E dois ilustres honorários: o Governador Luiz Pires Filho e o Monsenhor Antônio Alencar Monteiro.
Deo gratias!

Gilvan Caetano dos Santos
Presidente


MENSAGEM DA CASA DA AMIZADE

Queridas Companheiras,

Quase encerrando o nosso ano rotário 2018/19, já em plenas comemorações do cinquentenário do Rotary Club de Montes Claros-Norte, agradeço a todas as companheiras da Casa da Amizade, de todo o meu coração, o importante e decisivo apoio desde o momento da minha posse, naquela tão bonita noite festiva em nossa sala na Casa do Rotariano.

Nossa missão de trabalhar sempre junto à comunidade, de todas as formas possíveis, estou certa, marcará mais uma vez a história da Casa da Amizade do RC Norte e das Casas da Amizade do Distrito 4760, o que jamais poderá ser interrompido. Em verdade, a nossa missão foi e será sempre efetivamente exercida. Baseada em um passado glorioso de meio século, enfrentaremos, de cabeça erguida, os próximos anos.

Transmito a vocês e a seus maridos, em meu nome e em nome do Presidente Gilvan, os mais sinceros votos de um futuro sempre brilhante, marco da importância e do prestígio do Rotary-Norte, dentro e fora do Clube.

Nosso fraterno abraço do melhor companheirismo.

Alessandra Soares Silva e Santos
Presidente


MENSAGEM DA GOVERNADORA
EDITE CAMPOS

Montes Claros vive um momento muito especial, com certeza. Há cinquenta anos, foi fundado nessa cidade, o Rotary Club de Montes Claros-Norte e sua Casa da Amizade. Meio século dedicado pelos seus membros, a ajudar sua comunidade e o mundo através de projetos em várias áreas como na saúde, educação, meio-ambiente e saneamento.

Rotarianos não têm fronteiras. São construtores incansáveis da realização de sonhos de servir. Acreditam em um futuro cada vez mais promissor, com mais dignidade e menos injustiça.

E o Distrito 4760 tem muito orgulho por esta data, que representa não apenas mais um ano de muito trabalho e de muita inspiração de todos os companheiros e companheiras da família rotária desse Clube tão diferenciado e sua Casa da Amizade, que dedicam horas e horas de suas vidas em prol da comunidade.

E para expressar meu sentimento nesta ocasião tão especial, repito aqui a última mensagem de Paul Harris, nosso grande fundador do Rotary:

“Acredito que os dias pioneiros do Rotary apenas começaram. Há ainda tantas coisas novas a serem feitas hoje como em qualquer outra época da história.”

Eu também, não só acredito como tenho certeza de que o Rotary Club de Montes Claros-Norte e sua Casa da Amizade, também continuarão no seu ideal de servir, hoje e em qualquer época de sua existência, construindo a sua história e a dessa cidade tão querida.

Presidente Gilvan, leve a cada membro da família rotária de seu Clube, meus parabéns por mais este ano, no desejo que os próximos sejam ainda melhores e de mais sucesso.

Belo Horizonte, abril de 2019.

Edite Campos
Governadora 2018/19


MENSAGEM DO DIRETOR
HIPÓLITO SÉRGIO FERREIRA

Rotary Club de Montes Claros-Norte, cinquenta anos não se reduz tão somente à comemoração de uma data de aniversário de fundação. Falar em meio século é trazer à lembrança os momentos vividos, os desafios vencidos, dores divididas e, em resumo, vidas compartilhadas. O que se destaca, então, são aquelas pessoas que juntas deixaram um legado de exemplos no qual a sociedade se mirou e criou uma cultura de comportamento para orgulho de seus descendentes.

Muitos foram os líderes que construíram a história do Rotary Club de Montes Claros-Norte e da Casa da Amizade, entre os quais destacamos o companheiro Luiz Pires Filho, médico competente e querido em toda região. Além dele, três outros extraordinários lideres, Wanderlino Arruda, José Maria Marques Nunes e Alexandre Pires Ramos, deram o melhor de si como governadores de Rotary e cujas atuações foram além das fronteiras nacionais. Duas importantes marcas da cidade tiveram decisivo apoio das lideranças, bem como de companheiros de todos os clubes de Montes Claros, como o Projeto do Hospital Aroldo Tourinho e o do AVC Santa Casa, que são considerados referência mundial pela Fundação Rotária. Uma centena de projetos foram idealizados dentro deste operoso Clube onde homens e mulheres igualmente ombrearam esforços que mitigaram demandas comunitárias em creches, lavanderias, asilos, orfanatos, escolas, etc. Dentro do espirito de responsabilidade social, nasceu o Projeto do Corpo de Bombeiros e do Mérito Profissional que constituem um grande orgulho para todos montes-clarenses.

O Montes Claros-Norte apoiou todos os projetos culturais da cidade e ainda foi fecundo em descendentes pela multiplicação de outras células geradoras do serviço como os RCs União, Liberdade, São Luiz, Sul e Leste e Oeste. Nesta comemoração, fica também um olhar de gratidão ao Rotary Club de Montes Claros, sempre pioneiro, que certamente se orgulha da semente que se transformou na árvore que se multiplica no bem comum. Assim, o RC de Montes Claros-Norte tem dado um tremendo impacto na vida de todos aqueles que tem como ideal de vida o servir ao próximo.

Ao longo destes 50 anos, vimos Rotary International sofrer grandes transformações: no começo foi idealizado regimentalmente, como uma organização formada somente por homens e há trinta anos atrás houve uma quebra de paradigma, com a inclusão da mulher, o que veio trazer um reforço no servir e nos valores éticos. A juventude de Rotary tem sido a grande esperança do futuro e a partir deste ano a meta é dobrar a quantidade de Rotaracts no mundo para brevemente passarem a integrar constitucionalmente o Rotary. Em Montes Claros, a juventude sempre exerceu um protagonismo na comunidade, trabalhando pelo meio ambiente, pela inclusão, pelos valores éticos e daqui para diante terá uma importância cada vez maior.

A iniciativa do irrequieto Wanderlino Arruda reflete uma história de solidariedade humana deste pujante Clube e os registros serão a inspiração para aumentar o protagonismo de Montes Claros visando iluminar as gerações futuras.

Parabéns pelos 50 anos do Servir nos caminhos do amor ao próximo!

Hipólito Sérgio Ferreira
Diretor RI 99/01 -Trustee FR 2019/23


MENSAGEM DO GOVERNADOR NELSON FONSECA LEITE

Todos precisamos de um Norte

Neste momento em que o Rotary Club de Montes Claros- Norte completa 50 anos de existência, eu gostaria de manifestar as minhas congratulações a todos os valorosos companheiros que ajudaram a construir essa bela história de serviços à comunidade.

Em 1995, eu tive a honra de ser convidado para me associar a esse laborioso Rotary Club, quando fui transferido da cidade de Paracatu para Montes Claros. O grande Governador Wanderlino Arruda, com quem eu havia servido como presidente do Rotary de Paracatu, foi o meu padrinho. Eu servi naquele Clube como Oficial do Intercâmbio de Jovens. Foi um período do qual guardo ótimas lembranças, pelo companheirismo e por fazer parte de um time que realmente contribuía para melhorar a sociedade.

O Norte é mais que um ponto cardeal na rosa dos ventos, significa a direção e o sentido para alguém que busca atingir um objetivo ou chegar ao ponto de destino almejado. E o Rotary Club de Montes Claros-Norte significa o ponto de referência para aqueles que buscam servir e estar conectados ao mundo.

Parabéns ao RC de Montes Claros-Norte por meio século de bons serviços prestados à Comunidade de Montes Claros.

Nelson Fonseca Leite
Governador Eleito 2019/20


ROTARY INTERNATIONAL
DADOS DIVERSOS

CÓDIGO ROTÁRIO DE CONDUTA

Como rotariano(a), comprometo-me a:

1) Exemplificar o valor fundamental da integridade em todas as situações e atividades.

2) Usar a minha experiência profissional e talentos para melhor servir ao Rotary.

3) Conduzir a minha vida pessoal e profissional de maneira ética, incentivando e promovendo altos padrões éticos que sirvam de exemplo para todos.

4) Ser justo com todos, tratando-os com o respeito devido aos seres humanos.

5) Promover o reconhecimento e o respeito por todas as ocupações úteis à sociedade.

6) Oferecer os meus conhecimentos profissionais para proporcionar oportunidades aos jovens, para mitigar as especiais necessidades de outras pessoas e para melhorar a qualidade de vida na minha comunidade.

7) Honrar a confiança que o Rotary e os meus companheiros rotários depositam em mim, não fazendo nada que possa refletir neles de forma negativa.

8) Não procurar obter de outro rotário, nem lhe oferecer, privilégios ou vantagens que não sejam normalmente concedidos num relacionamento comercial ou profissional.

 

DEFINIÇÃO DE ROTARY

Rotary é uma organização de líderes de negócios e profissionais unidos no mundo inteiro, que prestam serviços humanitários, fomentam um elevado padrão de ética em todas as profissões e ajudam estabelecer a paz e a boa vontade no mundo.

Rotary reúne líderes para trocar ideias e entrar em ação.

 

OBJETIVO DO ROTARY

O Objetivo do Rotary é estimular e fomentar o ideal de servir, como base de todo empreendimento digno, promovendo e apoiando:

Primeiro: O desenvolvimento do companheirismo como elemento capaz de proporcionar oportunidades de servir;

Segundo: O reconhecimento do mérito de toda ocupação útil e a difusão das normas de ética profissional;

Terceiro: A melhoria da comunidade pela conduta exemplar de cada um na sua vida pública e privada;

Quarto: A aproximação dos profissionais de todo o mundo, visando a consolidação das boas relações, da cooperação e da paz entre as nações.

 

A PROVA QUÁDRUPLA

DO QUE NÓS PENSAMOS, DIZEMOS OU FAZEMOS.

1. É a Verdade? 2. É Justo para todos os interessados? 3. Criará boa vontade e melhores amizades? 4. Será benéfico para todos os interessados?

 

AVENIDAS DE SERVIÇO

Com fundamento no Objetivo do Rotary, as Avenidas de Serviços expressam a filosofia da organização e formam a base onde se assentam todas as atividades dos clubes.

Os Serviços Internos enfatizam o fortalecimento do companheirismo e o bom funcionamento dos clubes.

Os Serviços Profissionais incentivam os rotarianos a servir através de suas profissões e a aderir a altos padrões éticos.

Os Serviços à Comunidade referem-se aos projetos e atividades implementados pelos clubes para aprimorar a vida de suas comunidades.

Os Serviços Internacionais abrangem medidas tomadas para expandir o âmbito das atividades humanitárias implementadas pelo Rotary em todo o mundo para promover a paz e a compreensão mundial.

Os Serviços à Juventude reconhecem que as atividades para desenvolvimento da capacidade de liderança, tais como RYLA, projetos humanitários de Rotaract e Interact Clubs e atividades para criar a compreensão internacional através de Intercâmbio de Jovens do Rotary contribuem para que os jovens realizem mudanças positivas no mundo.

 

MISSÃO DO ROTARY

A Missão do Rotary International é servir ao próximo, difundir a integridade e promover boa vontade, paz e compreensão mundial por meio da consolidação de boas relações entre líderes profissionais, empresariais e comunitários.

 

DIVERSIDADE NO ROTARY

O Rotary International reconhece o valor da diversidade no quadro associativo dos clubes e os incentiva a buscar em suas comunidades associados potenciais de diferentes grupos étnicos, religiosos, políticos, etc. Um clube que reflete a constituição demográfica e profissional da região é um clube que possui a chave para o futuro.

 

ROTARY - INSTITUIÇÃO DE UTILIDADE PÚBLICA
Lei Federal nº 5575/69

Artigo 1º - São reconhecidos de utilidade pública os “Lions Clubes do Brasil” e os “Rotary Clubes do Brasil” e todas as suas unidades no País filiados, respectivamente à associação internacional.

Parágrafo único - A declaração de utilidade pública alcança também as sociedades “Casas da Amizade” constituídas pelas esposas dos integrantes dos Rotary Clubes do Brasil e dedicadas à prática de assistência aos desvalidos.

Artigo 2º - O poder Executivo regulamentará a presente Lei dentro de 60 (sessenta) dias de sua publicação.

Artigo 3º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Artigo 4º - Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 17 de dezembro de 1969.

Emílio Garrastazu Médice
Presidente da República

Observação: Projeto do Deputado
Luiz de Paula Ferreira -RC Montes Claros


DIA NACIONAL DO ROTARY
Lei Federal nº 6843/80

O Presidente da República: Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Artigo 1º - Fica instituído o Dia Nacional do Rotary, a ser comemorado em 23 de fevereiro.

Artigo 2º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Artigo 3º - Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 3 de novembro de 1980


João Batista Figueiredo
Presidente da República

Observação: Projeto do Deputado
Luiz de Paula Ferreira -RC Montes Claros


PAUL HARRIS, O FUNDADOR

Paul Percy Harris, advogado, foi o fundador do Rotary, a primeira e mais internacional das organizações de clubes de prestação de serviços do mundo. Nascido em Racine, Wisconsin (EUA), em 19 de abril de 1868, Paul Harris foi o segundo dos seis filhos de George N. Harrison e Cornelia Bryan Harris. Aos três anos de idade, Paul e seu irmão Cecil foram morar em Wallingford, Vermont (EUA), com seus avós paternos que os criaram. Formou-se em Direito na Universidade de Iowa e obteve o título de Doutor Honorário da Universidade de Vermont. Em julho de 1910, casou-se com Jean Thomson Harris (1881-1963) e não tiveram filhos.

Paul Harris trabalhou como repórter de jornal, professor de administração, ator de teatro e cowboy. Fez inúmeras viagens pelos Estados Unidos e pela Europa, vendendo mármores e granitos. Em 1896, terminadas suas peregrinações, Paul estabeleceu-se em Chicago e começou a exercer a advocacia. Certa noite fez uma visita a um colega que morava nos arredores da cidade. Após o jantar, ambos saíram para uma caminhada, durante a qual Paul foi apresentado a vários comerciantes da localidade. Foi então que Paul Harris teve a ideia de iniciar um clube onde reinasse o companheirismo que havia observado entre homens de negócios nas pequenas comunidades. Paul Harris reuniu-se com três amigos, Silvester Schiele, um comerciante de carvão, Hiram Shorey, um alfaiate e Gustavus Loehr, um engenheiro de minas e, em 23 de fevereiro de 1905, estabeleceu o primeiro clube.

O clube recebeu o nome de “Rotary” porque seus associados se reuniam em rodízio nos respectivos locais de trabalho. O quadro social cresceu rapidamente e em pouco tempo Paul Harris percebeu que a organização poderia se tornar um importante movimento de prestação de serviços e se esforçou para levar a ideia de Rotary Clubs a outras cidades.

Paul Harris também se destacou por suas atividades cívicas e profissionais. Foi o primeiro diretor executivo da National Easter Seal Society for Crippled and Adults (Associação Nacional para Crianças e Adultos Deficientes dos EUA) e da International Society for Crippled Children (Associação Internacional para Crianças Deficientes).
Foi membro do Conselho Diretivo da Ordem dos Advogados de Chicago e seu representante no Congresso Internacional de Direito em Haia (Holanda), bem como membro da Comissão da Ordem dos Advogados dos Estados Unidos. Foi homenageado com o Prêmio Silver Buffalo, da Organização dos Escoteiros dos Estados Unidos, por serviços prestados à juventude; foi condecorado pelos governos do Brasil, Chile, República Dominicana, Equador, França e Peru. Paul Harris manteve seu escritório de advocacia durante a maior parte de sua vida. Passou muito tempo viajando e foi convidado a fazer palestras para rotarianos em convenções anuais, encontros distritais e regionais e outros eventos

Quando faleceu, o sonho de Paul Harris havia se transformado de uma reunião informal de quatro pessoas em uma organização integrada por 6.000 clubes nas últimas cinco décadas. A organização continuou a crescer, contando atualmente com cerca de 1.218.700 associados, em 35.833 clubes, unidos pela mesma visão de companheirismo e de prestação de serviços. “O Rotary nasceu do espírito de tolerância, boa fé e serviço, qualidades características de meus familiares e companheiros de infância na Nova Inglaterra. Tenho tentado transmitir minha fé nesses valores a outros seres humanos, com a mesma intensidade com que ela brilha dentro de mim”. (“Meu caminho para Rotary”).


ROTARY
LIDERANÇA INTERNACIONAL

Revista Tempo
Junho/2017

O Rotary International é uma organização do bem que congrega líderes, no mundo inteiro, para servir as suas comunidades. No Brasil, são mais de 55 mil rotarianos, em 38 distritos rotários espalhados pelos quatro cantos, que se reúnem semanalmente, trocam ideias e estabelecem parcerias. Tudo dentro do pensamento do fundador Paul Harris, de “Dar de si antes de pensar em si”.

Nesta Edição Especial da Revista TEMPO, idealizada e coordenada pela competente jornalista e rotariana Felicidade Tupinambá, mostramos o Rotary na sua estrutura internacional, mas, sobretudo, o Distrito 4760, que teve, neste ano rotário, a governadoria do casal montes-clarense Alexandre Ramos e Marluce Silva Ramos.

Os eventos principais da gestão, como o Multi Pets, em Brasília (DF), a posse conjunta com os oito Rotary Clubes de Montes Claros, os treinamentos, seminários, fóruns de integração e sustentabilidade, as visitas aos 84 Rotary Clubes na área metropolitana de Belo Horizonte, regiões do Vale do Rio Paranaíba, Patos de Minas, Noroeste e Norte do estado, tiveram como foco o lema do presidente de RI, John Germ: “Rotary a Serviço da Humanidade”.

A Conferência Distrital “Liberdade, Liberdade”, realizada em Tiradentes, no mês de abril, reuniu mais de mil participantes, em ambiente de descontração e companheirismo, mas que também evidenciou a preocupação do Rotary com o momento político brasileiro, refletida na Carta de Tiradentes, que exortou a sociedade civil para um resgate da ética através da Prova Quádrupla Rotária.

Os rotarianos de Montes Claros demonstraram, mais uma vez, o seu protagonismo e sua ousadia com projetos junto à Fundação Rotária, ao aprovarem o Projeto de Prevenção e Tratamento do AVC, no valor de trezentos mil dólares, na Santa Casa de Montes Claros. O Projeto contou com a participação do Samu Macro Norte, que capacitou cinco mil pessoas, nas portas de entrada dos hospitais, em doze cidades da região.

O coroamento desse projeto é o seu credenciamento ao SistemaÚnico de Saúde pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, que marca o fechamento do ano rotário, em 30 de junho, com sua presença. Em Montes Claros, o Projeto AVC Madre Teresa de Calcutá vai beneficiar 1,6 milhão de pessoas de todo o Norte de Minas. O Rotary mostra, assim, que, mesmo diante de uma das maiores crises econômica, ética e moral do Brasil, podemos fazer parte da solução.


HISTÓRICO DA FUNDAÇÃO DO RC
DE MONTES CLAROS-NORTE

Wanderlino Arruda

A primeira vez que ouvi falar do Rotary Club Montes Claros-Norte foi pela voz educada e amiga de Nathércio França, acredito num mês de dezembro de 1968, quando ele me convidou para fazer parte da lista de fundadores. Era Fábio Lafetá Rebello o presidente do Montes Claros e Nathércio o encarregado de tomar todas as providências para a organização do quadro de sócios e apresentação dos documentos, assim como do levantamento das possibilidades de serviços à comunidade pelo novo clube. Trabalho difícil, suado, mas nunca impossível para o dinamismo diplomático de Nathércio. A confiança nele depositada pelo Rotary International seria, muito antes do tempo previsto, marcada do maior êxito, com o clube oficializado já em maio, com as primeiras reuniões no Automóvel Clube. Foi Benoni Gomes da Mota o presidente provisório. Trinta e dois eram os sócios, representantes de quase todos os campos profissionais da cidade.

Lembro-me perfeitamente do zelo com que Nathércio França ensinava aos novos companheiros toda a trajetória de trabalho que deveriam seguir, de forma a fazer do Rotary as possibilidades de firme prestação de serviços. O cuidado dele em semear a boa semente era tanto, sua sincera pregação de filantropia era tão grande, que muitos dos convidados, com receio de não cumprir os postulados rotários, preferiram afastar-se logo, nem chegando a oficializar a admissão. O Rotary Norte teria de seguir o exemplo de energia do Rotary Montes Claros, há quase três décadas campeão de progresso em todos os setores, decididamente um dos melhores clubes do País na década de cinquenta. Estava lançado um enorme compromisso, iniciada uma entusiasmada luta.

Dos velhos companheiros do tempo de recebimento da Carta Constitutiva, dos muitos que trabalharam pela afirmação do Clube na primeira fase, olho hoje a relação, e pouco mais posso ver que uma imensa saudade. Quanta distância o tempo tem provocado! De uns, uma eternidade: Antônio Augusto Barbosa Moura, Fontes, Chico Tófani, José Gomes, Antônio Brant, Antônio Jorge, José Carlos Pereira, Osmar Cunha, Gregório Tejedor Balesteiros, Antônio Meira, Hélio Brito, Gasparino Bicalho, João Bosco, Oswaldo Antunes e Ubirajara Toledo, há muito no Mundo Maior, deixando entre nós um incomensurável vazio. De outros, que a vida ainda nos faz companheiros, inclusive em outros Rotary Clubes, uma vontade sincera de que voltem para o nosso convívio a cada semana, a cada dia de atividades, com um recomeço de alegrias. Tenho certeza de que a felicidade de ontem seria a mesma de hoje!

A nossa vocação maior foi a de fundar Rotary Clubes, tanto em Montes Claros como em várias cidades do Norte de Minas, muitos deles já padrinhos de outros companheiros. Reconhecida também a possibilidade efetiva de contribuir com o Distrito 4760, com o trabalho de nada menos de cinco Governadores. Também em todos os grandes projetos – diretos ou com a Fundação Rotária – o RC de Montes Claros-Norte sempre esteve à frente.

Durante quase cinquenta anos, nos reunimos no Automóvel Clube de Montes Claros, onde também, como governadores, Luiz Pires, José Marques e eu fizemos nossas Conferências Distritais. Agora, na Casa do Rotariano, estamos felizes, com reuniões realmente bonitas e bem iluminadas, ao lado dos companheiros dos sete outros Rotary Clubes.


A PAZ É O FRUTO DO SERVIÇO

Alexandre Pires Ramos
Governador 2016/17

Cinquenta anos de existência podem ser considerados como maturidade plena, para pessoas e instituições. No Rotary Norte temos uma idade média superior a esta faixa, incluindo os companheiros que entraram para o Clube ainda jovens e hoje comemoram seus cabelos brancos, com filhos já fazendo parte da nossa organização.

Neste período, o Rotary Norte exercitou a prática do servir em muitos projetos, atendendo ao ensinamento de Paul Harris e de Madre Tereza de Calcutá, para quem o serviço é fruto do amor, o amor é fruto da fé, a fé é fruto do Celebrar os 50 anos fazendo o bem, ainda que este bem seja logo esquecido amanhã, mostra a maturidade do servir antes de pensar em si. E mantém a Escola, a cada ano, revitalizada pelos lemas que impulsionam o Rotary para a sua sagrada missão.

O Rotary Norte ganhou vida nova com a admissão de companheiras rotarianas, umas mais jovens, outras mais experientes, mas todas com grande sensibilidade e competência, já assumindo o comando do Clube.

Bem haja. Façamos a nossa Ação de Graças pelos tempos de convivência já vividos e pelos que haverão de vir. A missão é grande e vai exigir de todos nós inovação e perseverança para iluminarmos os ambientes mais sombrios e fazermos o Rotary Norte continuar brilhando.


SIM, VALEU A PENA!

Waldyr Senna Batista

Importante não é apenas fazer cinquenta anos. Mais importante é fazer cinquenta anos tendo o que comemorar. Caso do Rotary-Norte, que chega a esta marca histórica em pleno vigor e perfeitamente afinado com a organização internacional a que pertence e cuja imagem e prestígio lhe cabe propagar.

Data tão expressiva é oportunidade para reflexão: valeu a pena a criação do clube? Os objetivos a que se propunha foram alcançados? Há pontos que merecem ser revistos? Quais são as perspectivas para a continuidade da trajetória?

O simples fato de haver alcançado cinco décadas ininterruptas de funcionamento responde afirmativamente a várias dessas interrogações. Há realizações concretas e é notório o bom conceito de que nosso Clube desfruta na área em que atua. Nesse período, inúmeras outras entidades, rotárias e de outra natureza, perderam-se pelo caminho.

Todos os que integram nosso quadro social, ou os que aqui estiveram, reconhecem que não é fácil o trabalho voluntário, marca predominante de Rotary, mormente numa época em que a humanidade se mostra aturdida por desafios e influências que só fazem acentuar as desigualdades sociais.

Rotary foi criado em 1905, em pleno alvorecer do Século XX, que foi marcado por grandes conquistas, que influenciaram o desenvolvimento mundial, da mesma forma que por grandes tragédias, que até hoje tumultuam o relacionamento das nações.

Foi no Século XIX que ocorreram os avanços mais significativos da história da humanidade, nos campos da ciência e da tecnologia. Mas, em contrapartida, também acentuaram-se, no decorrer dele, o tráfico e consumo de drogas; nele aconteceram o início da conquista do espaço, graças ao gênio do brasileiro Santos Dumont, e a nódoa de duas guerras mundiais, que mostraram o lado perverso do ser humano. Para o bem e para o mal, sucederam-se acontecimentos importantes, como a descoberta da penicilina, a criação maravilhosa do rádio e da televisão, que contrapõe o horror da bomba atômica. Mas, nesse período, ocorreram as primeiras incursões ao espaço sideral, culminando com a chegada do homem à lua, descortinando novos horizontes para o desenvolvimento da Ciência. No entanto, deu-se também o surgimento desse flagelo que é a Aids, enquanto se criou a vacina que conteve os danos causados pela poliomielite, no momento em vias de erradicação em todo o mundo, graças ao empenho do Rotary, que viabilizou os recursos financeiros para o combate a esse mal.

Foi nesse panorama assustador e, ao mesmo tempo, deslumbrante, que prosperou o ideário do Rotary, criado por Paul Harris. A mensagem de Paz e Companheirismo por ele propagada teve, sem dúvida, decisiva influência na busca do entendimento entre os povos, reforçando a esperança de que, um dia, esses objetivos serão integralmente alcançados. Para isso contribuíram os milhares de células rotárias que se espalham pelo mundo.

O Rotary Club de Montes Claros-Norte é uma pequena fração desse arcabouço. Ao longo de cinquenta anos, agora comemorados, ele tornou-se motivo de orgulho para todos os que o integram. Sob a égide do lema “Dar de si antes de pensar em si”, ele se fortaleceu, renovou-se e se preparou para vencer os desafios deste Século.


Fundadores do RC de Montes Claros-Norte

Antônio Brant Maia
Arnaldo Benício Athayde Dias
Benoni Gomes da Mota
Gasparino Bicalho de Barros
Gregório Tejedor Balesteros
Hélio Rocha Lessa
Hélio Vieira de Brito
João Bosco Martins de Abreu
José Comissário Fontes
José Gomes de Oliveira
José Linhares Frota Machado
José Rego
Mauro de Carvalho Lafetá
Osmar Cunha
Oswaldo Alves Antunes
Pacífico S. Rodrigues
Ricardino Francisco Tófani
Sebastião Mateus de Carvalho
Ubirajara Leite Ferreira Toledo
Victor Hugo Marques Pina
Wanderlino Arruda


Quadro da Saudade

Antônio Brant Maia
Benoni Gomes da Mota
Gasparino Bicalho de Barros
Gregório Tejedor Balesteros
Hélio Vieira de Brito
João Bosco Martins de Abreu
José Comissário Fontes
José Gomes de Oliveira
Osmar Cunha
Oswaldo Alves Antunes
Pacífico S. Rodrigues
Ricardino Francisco Tófani
Ubirajara Leite Ferreira Toledo


Eleitos e empossados logo
após a fundação

Alvimar Gonçalves Oliveira
Antônio Brito
Geraldo Borges
Ivan de Souza Guedes
José Carlos Pereira
Orlando Antunes Pereira
Philomeno Ribeiro Pires


Eleito durante o primeiro ano

Alarico Rodrigues de Sá
Alexandre Pires Ramos
Antônio Augusto Barbosa Moura
Antônio Diniz Carmargos
Antônio Meira da Silva
Antônio Soares Dias
Carlúcio Avelino Pereira
Cláudio Sérgio de Oliveira
Dermeval José Moreira
Emilio Ramirez
Geraldino Gonçalves Pereira
Izar dos Santos Alves
José da Conceição Santos
José de Freitas Soares
Newton Carlos A. Figueiredo
Waldyr Sena Batista


Galeria da Saudade

Alvimar Gonçalves Oliveira
Antônio Brito
José Carlos Pereira
Orlando Antunes Pereira
Alarico Rodrigues de Sá
Antônio Augusto Barbosa Moura
Antônio Meira da Silva
Carlúcio Avelino Pereira
Emilio Ramirez
Izar dos Santos Alves


Diretoria de implantação

Presidente - Benoni Gomes da Mota
1º Secretário - Pacífico Rodrigues
1º Vice-presidente - Wanderlino Arruda
2º Vice-presidente - Oswaldo Alves Antunes
2º Secretário - Victor Hugo Marques Pina
Tesoureiro - Gasparino Bicalho de Barros
Protocolo - José Gomes de Oliveira
Diretor - José Comissário Fontes
Diretor - Ricardino Francisco Tófani


Galeria da Saudade

Benoni Gomes da Mota
Pacífico Rodrigues
Oswaldo Alves Antunes
Gasparino Bicalho de Barros
José Gomes de Oliveira
José Comissário Fontes
Ricardino Francisco Tófani


Presidentes

Benoni Gomes da Mota - Implantação
Oswaldo Alves Antunes – 1969/70
João Bosco Martins de Abreu – 1970/71
José Comissário Fontes - 1971/72
José Carlos Pereira – 1972/73
José Gomes de Oliveira - 1973/74
Waldyr Senna Batista – 1974/75
Antônio Brant Maia - 1975/76
Benoni Gomes da Mota – 1976/77
Emílio Ramirez Villegas – 1977/78
Victor Hugo Marques Pina – 1978/79
Osmar Cunha – 1979/80
Alexandre Pires Ramos – 1980/81
Heli de Oliveira Penido – 1981/82
Luiz Salvador de Almeida – 1982/83
Ávilo de Oliva Brasil – 1983/84
Jalmy José de Oliveira – 1984/85
Otaviano Figueiredo Barros – 1985/86
Henrique Veloso Neto – 1986/87
Antônio Brant Maia – 1987/88
Ulisses Santos Abreu – 1988/89
João Darcy G. Santos – 1989/90
José Maria Marques Nunes – 1990/91
Wanderlino Arruda – 1991/92
Sérgio Pires Antunes – 1992/93
Luciano Dias Cardoso – 1993/94
Manoel Silvério Neto – 1994/95
Francisco A. P. Correia Machado - 1995/96
Renato do Espírito Santo – 1996/97
Flávio Rezende Byrro – 1997/98
José Eduardo de Abreu – 1998/99
Francisco Pimenta Figueiredo Jr. -1999/2000
José Argemiro dos Santos – 2000/01
Antonio Brant Maia – 2001/02
Murilo Edgard de S. e Rocha – 2002/03
Wanderlino Arruda – 2003/04
Pedro Evangelista de Morais 2004/05
João Carlos Sobreira de Carvalho – 2005/06
Ângelo Sá Mota Pinheiro - 2006/07
Milton Souza Santos - 2007/08
José Henrique Barbosa de Oliva - 2008/09
Hércules Coimbra Brasil - 2009/10
Sérgio Luiz Martins de Quadros - 2010/11
José Linhares Athayde Frota Machado - 2011/12
Vivianne Romanholo B. de C. Rosado - 2012/13
Charles Antônio Pinto Veloso - 2013/14
Maria Denize de Oliveira Barros – 2014/15
Álvaro Luiz Carvalho Veloso - 2015/16
Celeste Carvalho Brant Maia - 2016/17
Frederico do Espírito Santo Araújo - 2017/18
Gilvan Caetano dos Santos- 2018/19
Nelson Gomes dos Santos - 2019/20
Tiago Domiciano Castanha- 2020/21


Galeria da Saudade

Benoni Gomes da Mota
Oswaldo Antunes
João Bosco Martins de Abreu
José Comissária Fontes
José Carlos Pereira
José Gomes de Oliveira
Antônio Brant Maia
Luiz Salvador de Almeida
Osmar Cunha
Emílio Ramirez
Ávilo de Oliva Brasil



ROTARY INTERNATIONAL

BRASIL OFFICE - ESCRITÓRIO DE RI
Rua Taigipuru, 209 – São Paulo/SP
CEP 01156-000 Tel.: (11) 3217-2630
www.rotary.org.br

GOVERNADORIA DO DISTRITO 4760
Rua Guajajaras, 410 - Sala 210 - Centro
CEP 30180-100 - Belo Horizonte MG
governadoria4760@gmail.com
www.rotary4760.org.br

GOVERNADORA DO DISTRITO 4760
Edite Ferreira A. Campos – RC Contagem-Cid.Ind.
(RC Contagem Cid. Ind.)

GOVERNADOR ELEITO 2019/2020
Nelson Fonseca Leite - RC BH Liberdade

COLÉGIO DE GOVERNADORES – 4760
Luiz Pires Filho - 1976/77
Hipólito Sérgio Ferreira – 1985/06
Paulino Gontijo Queiroz Cançado – 1986/87
Wanderlino Arruda - 1994/95
Elmon Geraldo Dinelli 1995/06
Marcos Teixeira de Almeida Furtado – 1998/99
César Augusto dos Reis -1998/99
José Maria Marques Nunes – 1999/2000
Walmir Pinto de Magalhães – 2000/01
Sebastião Simões da Cunha -2002/03
Antônio Elias Nahas – 2004/05
Said Schiller Campos – 2005/06
Roberto Kfuri -2007/08
Javert Vivian Silva – 2008/09
Maria Inês Silveira Carlos – 2009/10
Wilson Caixeta de Castro – 2010/11
Antônio Augusto Santos Nunes – 2011/12
Maria Socorro de Carvalho Silveira – 2012/13
William Sousa Ramos – 2013/14
Júlio César da Silveira – 2014/15
Marcos Pego de Oliveira – 2015/16
Alexandre Pires Ramos – 2016/17
Onésimo Moreira Ramos -2016/17
Agnaldo Pereira de Assis Costa – 2017/18
Edite Ferreira Antunes -2018/19
Nelson Fonseca Leite – 2019/20
Rogério Candiotto Ballesteros – 2020/21
José Moisés Teixeira – 2021/22


Galeria da Saudade

Eduardo Krafetuski
Ernest Paulini
Felicíssimo de Morais e Barros
Frederico Camelier
Hélio Vilela Barbosa
Heráclides Leite Ferreira
Irineu de Moraes
Jayme Rocha Pardini
João Luiz Alves Valadão
João Sidney Souza Filho
José Silvério de Oliveira Leite
Júlio Márcio Duarte Correia
Roberto Duarte
Roberto Sá Noronha
Washington Dias Aragão


Governadores 4760 do Norte de Minas

Luiz de Paula Ferreira -1965/66
Luiz Pires Filho – 1976/77
Wanderlino Arruda – 1994/95
Marcos Teixeira de Almeida Furtado -1998/99
José Maria Marques Nunes -1999/2000
Walmir Pinto de Magalhães 2000/01
Said Schiller Campos – 2005/06
Maria Inês Silveira Carlos -2009/10
Maria Socorro de Carvalho Silveira – 2012/13
William Sousa Ramos -2013/14
Júlio Cézar da Silveira - 2014/15
Alexandre Pires Ramos -2016/17
Nelson Fonseca Leite - 2019/20

 

Rotary Club de Montes Claros – Norte
Ano rotário 2018/19 – 50 anos

Presidente - Gilvan Caetano dos Santos
Secretário - Nelson Gomes dos Santos
Tesoureiro - Jaqueline da Conceição Camelo
Protocolo - Tiago Domiciano Castanha
Desenvolvimento do Quadro Associativo - Álvaro Luís Veloso
Imagem Pública - Pávilo Bernardina Miranda
Mérito Profissional - Otaviano Figueiredo Barros
Festas dos Cinquentenário - Celeste C. Brant Maia
Serviços Humanitários - Otaviano de S. Pires Júnior
Intercâmbio de Jovens - Andréa Carpentieri
Fundação Rotária - Alexandre Pires Ramos
Administração - José Henrique Barbosa Oliva.

 

Quadro Associativo em maio de 2019

Alexandre Pires Ramos/Marluce
Andrea Carpentieri/Amanda
Celeste Ângela Alves Pimentel
Celeste Carvalho Brant Maia
Charles Antônio Pinto Veloso/Márcia
Cledson José Amorim/Grace
Francisco Antônio P. Corrêa Machado/Graça
Frederico do Espírito Santo Araújo/Áurea
Geraldo Cardoso Almeida/Terezinha
Gilvan Caetano dos Santos/Alessandra
Heli de Oliveira Penido/Lili
Henrique Veloso Neto/Angelina
Hércules Coimbra Brasil/Rita de Cassia
Ivany de Cássia Alves Marvejol
Jaqueline Conceição Camelo
Jorge Rocha/Moema
José Argemiro dos Santos/Elisabete
José Eduardo Abreu/Sônia
José Henrique Barbosa Oliva/Divalda
José Linhares F. Athayde Machado/Márcia
José Maria Marques Nunes/Iracema
Luciano Dias Cardoso/Nilce
Marcin Hasznos/Melissa
Marcio Pereira Monteagudo/Ana Caroline
Marco Túlio Góes Pimenta/Rogéria
Maria Denize de Oliveira Barros/Otaviano
Maria José Athayde Antunes
Mário Braga/Helena
Matheus Augusto Silva Amaral/ Bruna
Milton de Souza Santos/Rosalva
Nelson Gomes dos Santos/Maria Luiza
Oliver Aquino Oliva/Josiane
Otaviano de Souza Pires Júnior /Lucília
Otaviano Figueiredo Barros/Denize
Patrícia Fernanda Gonçalves Bessa
Pávilo Bernardina de Miranda/ Maria Dulce
Pedro Paulo de Araújo Ribeiro/Claudina
Ricardo Carvalho Lopes Silva/Cristiane
Samuel Cícero do Santos
Tiago Domiciano Castanha/Hanna
Valdênia Costa Faria
Valdir Veloso Figueiredo/Nina
Vânia Maria de Oliveira Couto
Victor Hugo Marques Pina/Florinda
Vivianne Romanholo B. de Castro Rosado/André
Waldyr de Senna Batista/Dizinha
Wanderlino Arruda/Olímpia


Sócios Honorários

Monsenhor Antônio Alencar Monteiro
Luiz Pires Filho

 

Companheiros Paul Harris

Alexandre Pires Ramos
Antônio Brant Maia
Ângelo Sá Mota Pinheiro
Ávilo Oliva Brasil
Celeste Carvalho Brant Maia
Charles Antônio Pinto Veloso
Flávio Resende Byrro
Geraldo Cardoso Almeida
Gilvan Caetano dos Santos
Francisco Antonio Peres Corrêa Machado
Heli de Oliveira Penido
Henrique Veloso Neto
Hércules Coimbra Brasil
Jalmy José de Oliveira
João Carlos M. Sobreira de Carvalho
José Eduardo de Abreu
João Darcy Gonçalves Santos
José Henrique Barbosa Oliva
José Maria Marques Nunes
Luciano Dias Cardoso
Luiz Pires Filho
Maria Denize de Oliveira Barros
Milton de Souza Santos
Murilo Edgard de Siqueira e Rocha
Nelson Gomes dos Santos
Otaviano Figueiredo Barros
Otaviano de Souza Pires Júnior
Pedro Evangelista de Morais
Renato do Espírito Santo
Victor Hugo Marques Pina
Vivianne Romanholo B. de Castro Rosado
Waldyr de Senna Batista
Wanderlino Arruda


Benfeitores da Fundação Rotária

Olímpia Rego Arruda
Wanderlino Arruda


Galeria da Saudade

Alarico Rodrigues de Sá
Alvimar Gonçalves Oliveira
Ávilo Oliva Brasil
Antônio Augusto Barbosa Moura
Antônio Brant Maia
Antônio Jorge
José Carlos Pereira
Antônio Brito
Antônio Meira da Silva
Benoni Gomes da Mota
Carlúcio Avelino Pereira
Cláudio Sérgio de Oliveira
Emilio Ramirez
Gasparino Bicalho de Barros
Gregório Tejedor Balesteros
Hélio Vieira de Brito
Izar dos Santos Alves
João Bosco Martins de Abreu
José Carlos Pereira
José Comissário Fontes
José Gomes de Oliveira
Orlando Antunes Pereira
Osmar Cunha
Oswaldo Alves Antunes
Pacífico S. Rodrigues
Ricardino Francisco Tófani
Ubirajara Leite Ferreira Toledo
Elci Ribeiro Brasil
Nelson Vilasboas Abreu
Ana Rodrigues Noronha
Justiniano Ferreira dos Anjos
Edson Maria Nascimento
João dos Santos Abreu
Raimundo Tadeu de Carvalho
Aderbal Murta de Almeida
Ramon Leite
Dulce Consuelo Guedes


NATHÉRCIO FRANÇA,
FUNDADOR DO ROTARY NORTE

Sou dos que acreditam que a finalidade da vida é o praticar o bem, o ser feliz, o estar sempre em paz com o passado e em confiança com o futuro. Sou dos que acreditam que o melhor dia da nossa vida é o dia de hoje, a hora em que estamos vivendo.

O bom proceder, no presente, redime as frestas que já se foram e preparam um porvir que, de alguma forma, nos garanta uma normalidade de mente e de coração, afastando possíveis e desnecessárias preocupações antecipadas. Assim, cada dia constituir-se-á de novas oportunidades de trabalho e aprendizagem, novos meios de consolidar amizades, um tempo positivo de deixarmos a marca de nossa passagem pela caminhada na Terra.

E parece que não estou sozinho no meu modo de pensar e de agir. Ainda existem muitas criaturas que se preocupam na alegre busca da felicidade, na afirmação de valores afetivos, no consubstanciar das riquezas eternas do amor. Gente que, convivendo com o mundo da máquina e recebendo os impulsos da moderna eletrônica, ainda não se desvinculou de qualidades que só dizem respeito ao bem-estar da alma das pessoas e das coisas. Gente que se sente feliz com a felicidade alheia, que se emociona com a alegria, que reparte sinceramente o bem com todos os semelhantes.

Conversando, há muito tempo no Centro Cultural, com o companheiro Padre Aderbal Murta de Almeida, procuramos repassar antigos assuntos, reviver antigas lembranças, apontar fatos marcantes que engrandecem o patrimônio ideológico de Montes Claros, no cognitivo e no emocional da história. Ele citou inúmeros exemplos do grandioso, da bondade e da fé, do amor de espontânea dedicação ao bem, daquele halo de luz que acompanha a escalada evolutiva de figuras que marcaram o nosso humanismo e a nossa cultura. Para resumir, ele propôs dois nomes, que, pessoalmente, consideraria os mais importantes na galeria do bem, no amar e no perdoar, na sabedoria do ser e do viver. Expôs o primeiro, destacando o trabalho do Padre Marcos e, quando eu ia interrompê-lo, tentando apontar o segundo, ele adiantou o nome que já estava na minha boca, lembrando-se clara e alegremente de Nathércio França, o nosso grande Nathércio. Olhei para Nivaldo Maciel, que conversava conosco, e vi
que, pelo seu consentimento, se demorássemos mais um pouquinho, ele teria pronunciado as mesmas palavras antes de nós.

De fato, considerando o ponto de vista da capacidade do bem viver, do existir com sabedoria e majestade, do ser irmão e ser amigo, do companheirismo e da fraternidade, é Nathércio França a maior figura da história de Montes Claros. Ninguém, ninguém mesmo, pôde deixar de admirá-lo, de sentir a elevação do seu amor, de compartilhar com justo orgulho a sua sempre visível simpatia e o apreço com que ele tratava cada momento da existência, numa fé inquebrantável que só as grandes almas sabem ter. Não estivesse a sua passagem tão perto no tempo e no espaço, pois há tão pouco tempo nos deixou, creio que a nossa consideração ainda seria maior. Nathércio França foi, sem dúvida, um momento inesquecível de nossa vida!

Wanderlino Arruda


Distrito 4760
Governadores – Rotary Norte

Luiz Pires Filho
Wanderlino Arruda
José Maria Marques Nunes
Alexandre Pires Ramos
Nelson Fonseca Leite – 20/21

GOV. LUIZ PIRES FILHO 1976/77

Natural de Montes Claros, nasceu em 23 de março de 1923. Filho de Luiz Antônio Pires e Maria dos Santos Pires (Vidinha). Curso primário em Montes Claros, ginasial no Colégio Arnaldo e de Medicina na Universidade Federal de Minas Gerais, em Belo Horizonte. Tem vários cursos de pós-graduação: Tisiologia Sanitária e Social no Serviço Nacional de Tuberculose; Radiologia com o Prof. Nicola Caminha, no Rio de Janeiro.

Luiz Pires Filho foi médico e professor de Tisiologia da Unimontes, professor de Biologia no Colégio Estadual Prof. Plínio Ribeiro; Radiologista no Sesi e na Santa Casa de Belo Horizonte. Dirigiu e administrou várias instituições em Montes Claros, sendo Diretor Clínico, Provedor e Diretor da Santa Casa Nossa Senhora das Mercês, Diretor da Escola Normal Plínio Ribeiro, Diretor do Hospital Clemente Faria, Diretor do Centro de Saúde do Estado.

Diretor-fundador d’O Jornal de Montes Claros em 1951, Rua Doutor Santos, três edições por semana, o primeiro a trabalhar com linotipo em Montes Claros e na região. Publicou o livro de fundo histórico “Memória de uma aroeira”, fazendo, por isso, parte como sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros, de cujo quadro é fundador. É fazendeiro, pecuarista, criador e recriador de gado.

Rotariano desde abril de 1950, Companheiro Paul Harris, Luiz Pires foi presidente do Rotary Club de Montes Claros em 1952/53. No Rotary Clube de Montes Claros-Norte, onde é associado desde 1970, exerceu quase todos os cargos da Diretoria e foi Governador do Distrito 4760, em 1976/77.

Casado em primeiras núpcias com Léa Furquim Werneck, o casal teve cinco filhos: Maria Dulce, Inês, Suzana, Hélio e Thais. Em segundas núpcias com Vera Lafetá Ribeiro Pires, dois filhos: Ruth e André. Tem sete netos.


GOV. WANDERLINO ARRUDA
1994/95

Mineiro de São João do Paraíso, nascido em 3 de setembro de 1934, tem cursos de Contabilidade, Letras e Direito, pós-graduação em Linguística, Semântica e Literatura Brasileira, especialização em Comunicação Social, Metodologia de Ensino Superior, Liderança e Relações Humanas, Sociologia e Política.

Educador na Universidade Corporativa Banco do Brasil, professor aposentado da UNIMONTES, fundador e primeiro presidente de duas instituições montes-clarenses: Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros e Academia Maçônica de Letras do Norte de Minas. Consultor da Fundação Rotária Brasileira, membro da Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais (Belo Horizonte), da Academia de Letras dos Funcionários do Banco do Brasil (Rio de Janeiro), da Academia de Letras, Ciências e Artes do São Francisco e da Comissão Interpaíses Brasil, Portugal e Países de Língua Oficial Portuguesa (São Paulo). Membro da Universala Esperanto Asocio (Holanda), Sócio Emérito do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais.

Palestrante em encontros literários, religiosos e maçônicos e em conferências regionais, seminários, fóruns e institutos nacionais dos Rotary. Jornalista, pintor, cronista e poeta, publicou Tempos de Montes Claros, Jornal de Domingo, O dia em que Chiquinho sumiu, Feeling-Poems, Emoções, Short Stories, Emociones, Construtores de Montes Claros, Prefácios e Comentários, Elogio das Letras (em parceria com o escritor Dário Teixeira Cotrim), Efemérides (História dos 50 anos da Academia Montes-clarense de Letras), Vivências, História e Didática d’O Livro dos Espíritos, Rotary Club de Montes Claros-Norte - 50 anos, e os e-books Poemas de Puro Amor, Vida e Poesia e Poemas e Crônicas. Prêmio nacional de pintura, participa de várias antologias literárias, regionais e nacionais. Tem vários blogs e é webmaster de vários sites regionais e nacionais.

Em Montes Claros, foi presidente do Diretório dos Estudantes, do Sindicato dos Bancários, da Câmara Municipal, do Esperanto- Klubo, da Fraternidade Espírita Canacy, da Aliança Municipal Espírita, da Feira Livre de Artes, da Academia Montes-clarense de Letras e da Academia Maçônica de Letras do Norte de Minas. Foi membro fundador da Faculdade de Direito, membro do Conselho Editorial da Unimontes, Diretor Cultural do Automóvel Clube, Vice-presidente da Câmara de Comércio Luso-brasileira em Minas Gerais, Delegado do Grau 33 da Maçonaria, Secretário de Cultura e diretor do Patrimônio Histórico. Sócio fundador do Rotary Club de Montes Claros-Norte, é Sócio Honorário de R. Clubes de Belo Horizonte e do Norte de Minas. Governador e Diretor do Elos Internacional, Governador 94/95 do Distrito 4760 do Rotary International, tem diversos destaques: Academia Rotária; Reconhecimento Presidencial, Troféu Internacional Paulo Viriato, Companheiro Paul Harris, Benfeitor da Fundação Rotária.

Formador de governadores Brasil-Portugal (2000), em Anaheim, USA, coordenador da Força Tarefa de Serviços à Comunidade Mundial do RI (2001), Protocolo-assistente na Convenção Internacional do RI na Argentina (2000), Training Leader nos Institutos Rotários do Brasil, de Recife, São Paulo, Foz do Iguaçu, Aracaju e Florianópolis, Coordenador 2004-05 da Fundação Rotária (Brasil), Representante do Rotary International nas Conferências de Blumenau, Salvador, Goiânia, Feira de Santana, Salto (Uruguai), Concórdia e Salta (Argentina). Fundador de vinte e cinco Rotary
Clubes.

Participações: Convenções Internacionais dos Elos da Comunidade Lusíada, Lisboa, Teresópolis e Belo Horizonte; Congressos Internacionais de Esperanto e Espiritismo, Brasília; Assembleias do Rotary International 1994 e 2000 (Team Leader), Anaheim, USA; Convenção Pan-Americana, Rio de Janeiro; Congresso Internacional do Rotary/Nações Unidas e Convenção Internacional do Rotary, Buenos Aires; Festival del Proyecto Cultural Sur de Escritores y Artistas, Havana; Conferência Latino-Americana do Crescimento Populacional e do Desenvolvimento (Coord. de Equipes), Brasília; Congresso Internacional de Empresários Brasil-Portugal, Belo Horizonte; Conselho Internacional de Legislação 2001 e Institutos Internacionais da Fundação Rotária, de 2004 e 2005, Chicago. Co-organizador do Pets Multidistrital do Rotary, Brasília- DF.

Homenagens: Personalidade do Século - Jornal Hoje em Dia/ Theodomiro Paulino (2000), e Personalidade do Sesquicentenário de Montes Claros (2007). Medalhas João Pinheiro e Israel Pinheiro, do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais, Medalha Mathias Cardoso, do Governo de Minas. Presidente de Honra da Academia Montes-clarense de Letras e do Instituto Histórico Cultural dos Policiais Civis do Norte de Minas. Cidadão Benemérito de Montes Claros.

Casado com a artista plástica Olímpia Rego Arruda, o casal tem sete filhos: João Wlader (RC Montes Claros-São Luiz, RC New York-Oceanside e Tulsa-Sunrise), José Danilo (RC Belo Horizonte-Serra), Denilson, Wladênia, Wanderlino Filho (RC Montes Claros - União, Manaus-Adrianópolis ), Rízzia (Intercambista, Ohio, USA) e Gracielle (RC Montes Claros-Sudeste); netos: Mayra, Lívia, Fernanda, Pedro, Natália, Heitor, Gabriela, Roberto, Lucas, Andrew e Pedro; uma bisneta, Clara Star.


GOV. JOSÉ MARIA MARQUES
NUNES – 2000/01

Natural de Penalva do Castelo, Norte de Portugal, nasceu em 23 de outubro de 1935. Curso primário na terra natal, liceu em Mangualde, quando foi destacado aluno da professora Sabina Tavares Beirão. A primeira atividade profissional foi em um armazém de atacado, na firma Zacarias Cardoso do Couto, o que lhe valeu, anos mais tarde, uma aposentadoria pela Previdência Social portuguesa.

Ao Brasil, José Maria Marques Nunes chegou em 1956, para trabalhar em Ramos & Cia., importante empresa de Artur, Antônio e José Loureiro Ramos. Fez os Cursos Científico e de Contabilidade no Instituto Norte Mineiro de Educação (1959/61).

Autônomo de transporte rodoviário durante dez anos, trabalhou em administração e vendas na White Martins (9 anos), Supergasbrás (16 anos) e Minasgás (14 anos), morando sempre em Montes Claros.

Em Montes Claros tem exercido vários cargos ao longo do tempo:
- Presidente da Associação Atlética Casemiro de Abreu (1962/74;
- Presidente do Estádio José Maria Melo (1975/88
- Diretor da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Montes
Claros (1990/94);
- Primeiro Comandante do Corpo de Bombeiros (1958/62);
- Provedor do Hospital Aroldo Tourinho (2008/12;
- Participou da fundação do Elos Clube, em 1966.

É fazendeiro, pecuarista de engorda, criador e recriador.

Casado com Iracema Alves Nunes, o casal tem cinco filhos: Rômulo, Robson, Ramon, Rejane e Rogério. Quatro netos: Tiago, Rafael, Gabriel, Ester, Maria Clara e Matheus.

No Rotary Club de Montes Claros - Norte, José Maria Marques Nunes, Companheiro Paul Harris, exerceu todos os cargos, tendo sido presidente em 1990/91 e Governador do Distrito 4760 em 1999/2000. Foi o criador do evento anual do RC Norte, “Mérito Profissional”, que tanto sucesso vem fazendo desde 1990, ano do seu mandato de presidente.

Sua Conferência Distrital foi realizada com grande sucesso, no Automóvel Clube e na AABB de Montes Claros, com presenças de maioria dos Clubes do Distrito.

Juntamente com o Gov. Wanderlino Arruda, José Marques é membro da Comissão Interpaíses Brasil, Portugal e Países de Língua Oficial Portuguesa (São Paulo).


GOVERNADOR ALEXANDRE
PIRES RAMOS – 2016/17

Natural de Montes Claros MG, casado com Maria Marluce, pai de Gustavo, Daniel e Carlos André - avô de Marcelo, Gabriel, Maria, Rafael, Felipe, Pedro e Joao. Alexandre é filho de Antônio Loureiro Ramos (Português) e Flora Ribeiro Pires Ramos.

É bacharel em Direito pela Universidade do Estado da Guanabara, formado em Jornalismo pelo Instituto Superior de Jornalismo do Rio de Janeiro e Mestre em Saúde Pública pela Universidade Tulane e Curso de extensão pela Johns Hopkins University, Baltimore, Estados Unidos.

Alexandre tem ampla participação no desenvolvimento da cidade de Montes Claros, com sua marca de gestão impressa em diferentes órgãos e instituições, com os seguintes destaques:

- Fundação Educacional Montes Claros, mantenedora da Escola Técnica, onde participou da criação e foi seu presidente (1981/88);

- Fundação Hospitalar de Montes Claros, mantenedora do Hospital Aroldo Tourinho, onde coordenou o Projeto Materno Infantil Brasil, patrocinado pela Fundação Rotária em 1992;

- Projeto de Prevenção e Tratamento do Acidente Vascular Cerebral, junto à Santa Casa de Montes Claros, com doação de trezentos mil dólares;

- Associação Comercial e Industrial e de Serviços de Montes Claros

– presidente (2002/04);

- SICOOB CREDINOSSO – Cooperativa de Crédito dos Pequenos Empresários, Microempresários e Microempreendedores do Norte de Minas Ltda, fundador e presidente (2004/15);

- FUNDETEC – Fundação de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e Inovação do Norte de Minas - presidente (2007/10) e atual presidente do Conselho Curador;

- ADENOR Agência de Desenvolvimento do Norte de Minas, onde é presidente;

- Elos Clube de Montes Claros - presidente;

- É produtor rural;

- Cônsul Honorário de Portugal em Montes Claros desde 2012, com cidadania portuguesa juntamente com sua esposa, filhos e quatro netos;

- Personalidade do Sesquicentenário de Montes Claros;

- Comenda Dom Pedro II.

- Medalha da Ordem de Mérito Imperador Dom Pedro II;

- Medalha dos Gerais Matias Cardoso, concedida pelo Governo de Minas Gerais;

- Benemérito pelo Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais.

- Cidadão Benemérito de Montes Claros.

Na Fundação Hospitalar de Montes Claros, mantenedora do Hospital Aroldo Tourinho, coordenou o Projeto Materno Infantil Brasil, patrocinado pela Fundação Rotária. Coordenador Regional do Programa Operação Criança pelo Natal, da Samaritan’s Purse, EUA, desde 2005, quando participou de treinamento em Trinidad& Tobago. Coordenador de Missão Tecnológica do Norte de Minas junto ao Instituto Nacional de Tecnologia Industrial da Argentina, em novembro 2009/2010.

Rotariano desde 1971 no Rotary Club de Montes Claros- Norte, foi presidente em 1981/82. Chairman do Programa de Intercâmbio de Estudos e Team Leader na Índia e Nepal em 1995; Governador Assistente em 2006; Presidente da Comissão Distrital da Comunidade Mundial; Protocolo da Governadoria (2007/10) e Coordenador do Núcleo Rotary de Desenvolvimento Regional e Governador do Distrito (2016/17). Companheiro Paul Harris e Prêmio Centenário do Rotary International por Excelência Profissional, em 2005.


GOV. NELSON FONSECA LEITE 2019/20

Natural de Bocaiúva, curso médio no Colégio Batista Mineiro, em Belo Horizonte. Com 15 anos, participou do Intercâmbio de Jovens em Listowel, Ontário, Canadá.

Cursou Engenharia Elétrica na Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas. Estagiário de Engenharia Elétrica na COPASA e na Rede Ferroviária Federal. Tem MBA em Gestão de Negócios pelo IBMEC e pela Fundação Getúlio Vargas, além do curso Electric Power Management pela JICA, no Japão. Tem ainda cursos de Media Trainning em Nova York e em Madrid, além de vários cursos de Liderança e Gestão.

Professor de Matemática e Física no Colégio Dom Cabral e Matemática no Colégio Palomar e no Pré-Vestibular Palomar. Professor de MBA da Fundação Getúlio Vargas e de Pós-Graduação Master em Engenharia Elétrica da PUC-MG. Co-autor de três livros técnicos: Redes Elétricas Inteligentes, Direito da Energia Tomo II e IV.

Engenheiro na Usina Nuclear de Angra dos Reis, de Furnas, foi Gerente da Cemig em Paracatu e em Montes Claros; Superintendente Regional em Juiz de Fora e Superintendente em várias áreas, em Belo Horizonte. Foi Diretor de Assuntos Regulatórios e Projetos Especiais e Diretor de Operações das Distribuidoras da Eletrobrás , em Alagoas, Piauí, Acre, Rondônia, Amazonas e Roraima. Foi presidente do Conselho de Ética da CEMIG e Presidente da ABRADEE
- Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica. Presidente do Conselho Consultivo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE desde junho/2015.

Proferiu palestras sobre o setor elétrico brasileiro, a convite de governos estrangeiros: França, Canadá, Estados Unidos, Alemanha e vários outros países.

Foi presidente da Associação Intergerencial da CEMIG, diretor da Sociedade Mineira de Engenheiros, coordenador nacional de distribuição e comercialização e membro do Conselho de Administração do Comitê Brasileiro da CIER.

É membro do conselho do Instituto Ramacrisna, do Conselho de Infra Estrutura da Confederação Nacional da Indústria – COINFRA, do Conselho de Gestão do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica, da Câmara Técnica de Infraestrutura do COPAM/MG do Conselho de Infraestrutura da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo- FIESP.

Foi homenageado com a comenda Medalha Santos Dumont. Em Juiz de Fora, fundou a unidade local da União Brasileira pela Qualidade - UBQ, tendo sido seu primeiro presidente.

Cidadão honorário nos Municípios de Juiz de Fora, Santos Dumont, Betim, Sete Lagoas e Santana do Riacho e Diploma de Gratidão da Câmara Municipal de São Paulo.

Atividades no Rotary

- Intercambista do PIJ (1974) no Canadá
- Rotary Club de Paracatu (1991/95)
- Presidente do RC de Paracatu - (1994/95)
- Rotary Club de Montes Claros - Norte – (1995/98)
- Comissão Distrital do PIJ (1995/98)
- Rotary Club de Belo Horizonte Pampulha –(2001/10
- Presidente do RC de BH - Pampulha (2007/08) -
- Membro da Comissão Distrital do PIJ (2001/10)
- Team Leader do IGE na Índia em 2009
- Chairman do PIJ Distrito (2009/10
- Rotary de Belo Horizonte - Liberdade desde 2011
- Sócio Honorário do Rotary Club de Bocaiúva
- Companheiro Paul Harris com uma safira
- Projeto Subsídios Energia Social, em Betim
- Projeto Subsídios Globais - Curso de Robótica em Betim

Casado com Cristina Costa Godoy, (RC de Belo Horizonte-Liberdade), o casal tem duas filhas: Carolina (RC Club de Belo Horizonte– Liberdade) e Mariana (Intercambista no Canadá e na Itália).


COMPANHEIROS DO FUTURO

Waldyr Senna Batista

Quando foi admitido como sócio do Rotary Clube-Norte, em Montes Claros, o empresário Luiz Salvador de Almeida exibiu certificado de que lhe fora concedido, anos antes, pelo Rotary Club Montes Claros, atribuindo-lhe a condição de “Melhor Companheiro”. E confessou que, ao receber a honraria, ainda criança, por indicação de seus colegas de escola, experimentou uma das maiores emoções de sua vida. Seu sonho, desde então, era tornar-se rotariano.

Durante décadas, esse tipo de concurso ficou relegado ao esquecimento, sendo reabilitado pelo RC-Norte, com excelente receptividade por parte da comunidade ligada à educação. O sucesso foi tamanho, que a promoção se estendeu a praticamente todas as escolas de Montes Claros e a algumas cidades vizinhas. Foi preciso utilizar as dependências de um ginásio esportivo para conter tanto entusiasmo.

Só isso bastaria para justificar a escolha do “Melhor Companheiro”, que se processa da forma mais democrática, por votação direta nas turmas de 8ª série dos colégios públicos e particulares. Mas, do ponto de vista rotário, há outros significados, também importantes, a serem destacadas.

Eles estão contidos, nos objetivos que inspiraram a criação de Rotary, há exatos 114 anos. São quatro: 1- desenvolvimento do companheirismo como elemento capaz de proporcionar oportunidade de servir; 2- reconhecimento do mérito de toda ocupação útil e a difusão das normas da ética profissional; 3- melhoria da comunidade, pela conduta exemplar de cada um na sua vida pública e privada; 4- aproximação dos profissionais de todo o mundo, visando à consolidação das boas relações da cooperação e da paz entre as nações.

Ao reunir dezenas de crianças que seus próprios colegas apontam como companheiros exemplares, o RC-Norte cumpriu, em um só ato, todos os fundamentos da filosofia rotária. Estimulou, principalmente, o reconhecimento do mérito e valorizou a instituição da família, que essas crianças representam de forma eloquente.

Essa alegre participação juvenil veio, certamente, estimular o companheirismo entre os membros do Clube e favorecer o ingresso de futuros companheiros nos quadros de nossa instituição.

O exemplo citado, de Luiz Salvador de Almeida, mostra que isso é possível.


MONTES CLAROS
3º ROTARY NO BRASIL

Revista Tempo - Junho / 2017

O terceiro Rotary do Brasil e o primeiro de Minas foi fundado em Montes Claros, em 1926. As reuniões aconteciam no Grande Hotel, próximo à Praça Doutor Carlos Versiani, e no Clube Montes Claros, Rua Doutor Veloso, esquina com a Rua Presidente Vargas.

O Conselho Diretor, logo após a eleição, teve fotografia na Praça Doutor Carlos, e quem quiser conhecê-la é só ir à sala do RC Montes Claros, na Casa do Rotariano. Da esquerda para a direita, estão o farmacêutico e fazendeiro Antônio Augusto Teixeira, o advogado José Correia Machado, o comerciante José Proença e o advogado e professor Alfredo de Souza Coutinho, que nesse dia foram “admitidos por unanimidade de votos”. A primeira diretoria teve como presidente José Correia Machado, o vice Antônio Augusto Teixeira, o secretário Alfredo Coutinho, subsecretário José Proença Costa, tesoureiro Cícero Pereira e diretor de protocolo Rubens dos Reis Teixeira. Sem contar os diretores José Tomaz de Oliveira, Marciano Alves Maurício e Mário Versiani Veloso; e os suplentes Arthur Vale, Froes Neto e Antônio Ferreira de Oliveira. Médicos, farmacêuticos, advogados, juiz, jornalistas, professores, comerciantes, fazendeiros, gerente de banco, sem qualquer dúvida, gente do máximo prestígio, hoje nomes de avenidas, ruas e praças de Montes Claros, detalha o escritor Wanderlino Arruda. O Rotary Club de Montes Claros, nessa primeira fase, não teve vida longa. “A cidade era pequena, de 15 mil habitantes, enclausurada no alto sertão mineiro, dedicando-se a uma agricultura rudimentar, cujos produtos eram transportados em carros de boi e lombo de animais. Uma pecuária de corte ainda de pequena expressão. Era ainda cedo para um clube rotário”, contou Luiz de Paula. Somente vinte anos depois, o clube de serviço ressurgiu com vigor e fôlego para prosperar, no dia 31 de dezembro de 1945. Ele foi fundado pelos médicos Hermes de Paula, Levy Lafetá e Antônio Moreira César. Os três se uniram e decidiram
indicar o farmacêutico e fazendeiro Antônio Augusto Teixeira para presidente. Uma homenagem, afinal, Niquinho Teixeira, como Antônio era conhecido, foi quem trouxe os ideais de Paul Harris para o sertão norte-mineiro. Com o propósito de melhorar a comunidade, a primeira iniciativa do Rotary Club Montes Claros foi organizar a Biblioteca Pública Antônio Teixeira de Carvalho. A proposta de criação de um Batalhão do Exército também partiu do Rotary. O pedido foi entregue ao presidente da República Costa em Silva, em 1968, pelo, então, deputado federal Luiz de Paula. Ele havia sido presidente do Clube entre 1954 e 1955. “O Rotary está envolvido em ações de combate à pobreza, ao analfabetismo, na prevenção de doenças, fornecimento de água limpa, saneamento básico e desenvolvimento econômico. Tudo ou quase tudo do progresso de várias décadas na cidade foi feito pelo Rotary ou por rotarianos”, avalia Wanderlino Arruda. Através do Rotary Club de Montes Claros outros foram
criados dentro e fora da maior cidade do Norte de Minas, participando ativamente, por exemplo, em 1949, da fundação do Rotary de Diamantina. Depois vieram os de Curvelo, Pirapora, Francisco Sá, Brasília de Minas, Bocaiúva e outras dezenas que ajudaram a compor o Distrito 4760, que no ano rotário 2016/17 celebra uma importante conquista, que é a aprovação do Projeto AVC Madre Teresa de Calcutá pela Fundação Rotária. O objetivo do Projeto é salvar vidas ao oferecer condições para o atendimento rápido de vítimas de Acidente Vascular Cerebral, principal causa de mortes no mundo. O Projeto destinou 1 milhão de reais para o treinamento e compra de equipamentos para atender com agilidade os pacientes. A unidade funciona na Santa Casa de Montes Claros. A novidade foi bastante elogiada e festejada entre os dias 06 e 09 de abril durante a 31ª Conferência Distrital, apogeu do ano rotário. É o fechamento do ano rotário, momento de celebrar a amizade, de fazer um balanço das ações e traçar diretrizes para o futuro. Este ano, cerca de mil
rotarianos dos 84 clubes que compõem o Distrito 4760 estiveram presentes no grande encontro, que aconteceu na histórica cidade de Tiradentes.


O GRILO DA AMIZADE

Isabel Rebello de Paula

Em Montes Claros, na transmissão da presidência da Casa da Amizade, a presidente recebe de sua antecessora um pequeno broche confeccionado em coco e ouro. É o grilo – o distintivo especial da Casa da Amizade naquele ano rotário. Entretanto, poucas pessoas conhecem a história do grilo e seu verdadeiro significado.

O distintivo, como o próprio nome indica, distingue as pessoas de uma organização ou instituição. O do Rotary, uma roda dentada, simbolizando movimento e dinamismo, é conhecido em todo o mundo e vem abrindo as portas do companheirismo e acabando com o anonimato do rotariano em qualquer parte em que ele se encontre.

O distintivo da Casa da Amizade é diversificado: uma abelha, uma flor ou uma pomba da paz, todos com uma pequena roda denteada mostrando sua relação com o Rotary, dentro do qual ele se formou e cresceu O grilo, que toda presidente usa, tem sua estória ligada a duas cidades: Diamantina e Montes Claros, os dois únicos clubes rotários isolados neste sertão, no final dos anos quarenta.

Nessa época, o diamantinense Sóter Pádua, em vista ao Rotary Club de Montes Claros, pediu a palavra e começou a contar a história do Grilo. O inseto que queria destronar o Leão e ser o Rei dos animais.

A história já bastante inusitada, tinha ainda dois detalhes curiosos: tinha de ser contada e ouvida de cócoras. E não tinha fim.

Qualquer lugar servia de pretexto para mais um capítulo da novela. Tornou-se comum, na cidade, encontrar um grupo de rotarianos agachados nas esquinas ouvindo a estória do grilóidea. Contada em prosa e verso, continuava sempre em pequenos capítulos, através de cartas ou telegramas por recados de viajantes.

Durou a história meses intermináveis. E já cansava a paciência do rotariano montes-clarense e de seus familiares. As reclamações foram surgindo e aumentando. E o Rotary Club de Montes Claros, que era famoso pelos seus trotes, parecia que se tornara também vítima de um deles.

Alguns meses depois, presente na reunião do Clube, Sóter Pádua pediu para terminar a história do grilo. O presidente foi curto e rápido: “Tem o companheiro Sóter um minuto para terminar sua história”.

É mais do que suficiente, disse ele. E tirando do bolso um estojo de joias, retirou um grilo de coco e ouro artisticamente trabalhado e o ofereceu à presidente da Casa da Amizade para simbolizar o fato da amizade de presidente para presidente na passagem de seu cargo.

É essa a história do grilo, a história da amizade entre duas cidades e entre dois clubes rotários pioneiros em sua região.


UM LEGADO HISTÓRICO

Entrevista do Governador Alexandre Pires Ramos 2016-17
ao jornalista Fredi Mendes, publicada na Revista Tempo,
de junho de 2017.

O fundador do Rotary, o estadunidense Paul Harris era advogado e jornalista, a mesma formação do norte-mineiro Alexandre Pires Ramos, rotariano desde 1971. Também é comum entre eles uma certeza: a de que a união, o trabalho e o prazer de praticar o bem são ferramentas capazes de mudar o mundo ou, no mínimo, o lugar onde se vive. O primeiro contato de Alexandre com o clube de serviço aconteceu quando ainda era criança, ao ser escolhido, no Grupo Dom João Pimenta, como o “melhor companheiro da escola”. A disputa era promovida pelo Rotary Club de Montes Claros como uma maneira de se aproximar da comunidade e despertar desde cedo a importância da amizade e da solidariedade. O filho do comerciante português Antônio Loureiro Ramos e da dona de casa Flora Ribeiro Pires Ramos era um menino tímido, característica que não impediu que ele saísse cedo da casa dos pais rumo à capital mineira, onde foi estudar e trabalhar como locutor na Rádio Inconfidência. Só que o sonho do jovem sertanejo era ser diplomata, e por isso mudou-se para o Rio de Janeiro para estudar Direito e ficar mais próximo do Instituto Rio Branco. Ao mesmo tempo, cursou Jornalismo, o que lhe abriu as portas no antigo Diário de Notícias, no O Globo e na assessoria de imprensa do Ministério da Saúde. Como assessor doórgão público federal, Alexandre Pires rodou o Brasil e conheceu a dura realidade da saúde pública nacional. Uma experiência que décadas depois seria muito proveitosa para liderar dois importantes projetos aprovados e subsidiados pela Fundação Rotária em Montes Claros, o do Banco de Leite do Hospital Aroldo Tourinho e o AVC Madre Teresa de Calcutá, na Santa Casa. O Banco de Leite e o AVC Madre Teresa de Calcutá são dois exemplos do poder de ação e da força transformadora do Rotary, casos que só puderam ser contados nas páginas desta Revista TEMPO Especial porque um dia o jovem Alexandre Pires Ramos desistiu da carreira diplomática e decidiu construir a melhor parte da história da vida dele em Montes Claros, onde se tornou rotariano, casou, teve filhos, virou avô e conseguiu mostrar que é possível encontrar tempo para fazer a diferença, basta querer.

TEMPO – O senhor é de origem portuguesa?
ALEXANDRE RAMOS – O papai veio para o Brasil com apenas 18 anos de idade, procedente da cidade natal de Mangualde, em Portugal. Em Montes Claros, foi comerciante. Numa sociedade com os meus tios Artur e José Loureiro Ramos, abriu a Ramos & Cia. Eles venceram pela força do trabalho. Sou de uma família de seis filhos, sendo quatro homens e duas mulheres.

TEMPO – Quais as boas e as más lembranças da infância?
ALEXANDRE RAMOS – Não guardo lembranças negativas, apenas o que é bom. Lembro-me dos finais de semana na Fazenda do Cedro, dos meus avós maternos.

TEMPO – Eles eram de Montes Claros?
ALEXANDRE RAMOS – Meu avô Luiz Antônio Pires também era um imigrante português, minha vó, Maria Ribeiro Pires, mais conhecida como dona Vidinha Pires era natural de Coração de Jesus.

TEMPO – E o menino Alexandre, o que falar dele?
ALEXANDRE RAMOS – Eu era muito tímido, estudei no Colégio Imaculada Conceição e no Grupo Dom João Antônio Pimenta, onde tive o primeiro contato com o Rotary ao ser escolhido pelos meus colegas de turma como “o melhor companheiro da escola”, em promoção do primeiro clube de Montes Claros. Integrei a primeira turma do Colégio Marista São José, depois me mudei para Belo Horizonte. Era um bom aluno, sempre ficava entre o quarto e o sétimo com a melhor nota da turma.

TEMPO – Quando mudou para a capital?
ALEXANDRE RAMOS – Eu morei em Belo Horizonte entre 1961 e 1964, estudei no Colégio Santo Antônio, onde frequentei a Escola de Tradutores e Intérpretes de Minas Gerais, fazendo parte do coral da escola.

TEMPO – Na adolescência fazia planos para a vida adulta?
ALEXANDRE RAMOS – Naquela época, já trabalhava como locutor na Rádio Inconfidência. Eu pensava em seguir a carreira diplomática e escolhi fazer o curso de Direito no Rio de Janeiro, que ficava mais perto do Instituto Rio Branco. Fiz inscrição no vestibular da Faculdade de Direito da Universidade do Estado da Guanabara e só avisei a minha família quando recebi a notícia da aprovação e já
estava morando numa pensão no Rio de Janeiro. Posteriormente e paralelamente, também fiz Jornalismo.

TEMPO – Em qual faculdade?
ALEXANDRE RAMOS – Na União dos Profissionais da Imprensa, curso mais prático nas redações dos jornais. Isso foi entre 1966 e 1967, naquela época estavam iniciando as primeiras faculdades de Comunicação. Eu trabalhei como copydesk no antigo Diário de Notícias e fui estagiário do jornal O Globo. Depois, como repórter, fazia a cobertura do Instituto Manguinhos e fui trabalhar na assessoria de imprensa do ministro da Saúde, onde tive oportunidade de viajar por todo o Brasil, conhecendo de perto as dificuldades da saúde.

TEMPO – E o sonho de ser diplomata?
ALEXANDRE RAMOS – Desisti da carreira diplomática depois de prestar assessorias a algumas embaixadas estrangeiras, no Rio. Terminado o meu curso de Direito, em 1969, decidi retornar a Montes Claros, onde implantei um escritório de preparação de projetos para a Sudene, que iniciava sua atuação na região.

TEMPO – Como foi o retorno?
ALEXANDRE RAMOS – Em 1970 estava sendo instalada a Faculdade de Medicina do Norte de Minas. Juntamente com um norte -americano, o Dr. Leslie Charles Scofield Jr., criamos o Instituto de Preparo e Pesquisa para Assistência Sanitária Rural, a IPPEDASAR, que prestou grande ajuda ao início da Faculdade de Medicina.

TEMPO – Demorou muito para entrar no Rotary?
ALEXANDRE RAMOS – Em 1971, o meu cunhado me chamou para fazer parte do Rotary Club de Montes Claros-Norte. Em 1973 fui para os Estados Unidos fazer mestrado em saúde pública e participei de algumas reuniões de Rotary por lá. Eu já era casado, minha esposa Marluce me acompanhou, é minha grande companheira. Nós já tínhamos o Gustavo, nosso filho mais velho, com apenas oito meses de idade.

TEMPO – Advogado e jornalista fazendo mestrado em saúde pública?
ALEXANDRE RAMOS– O mestrado em saúde pública decorreu do projeto do IPPEDASAR, em 1971, um convênio da antiga Fundação Norte Mineira de Ensino Superior, o Governo de Minas e a Universidade de Tulane, na Louisiana, Estados Unidos. Como estava na gestão deste projeto e não tinha formação em saúde, consegui bolsa da Fundação Ford e USAID para esse treinamento em Nova Orleans e experiência de campo em vários lugares onde se buscava uma assistência à saúde integrada.

TEMPO – Ficou muito tempo nos Estados Unidos?
ALEXANDRE RAMOS – Retornei para Montes Claros em 1974, depois voltei algumas vezes para cursos especializados e visitas técnicas.

TEMPO – Não abandonou o Rotary neste período?
ALEXANDRE RAMOS – Nunca. Dez anos depois fui eleito presidente do Rotary Montes Claros-Norte, dei continuidade aos projetos do Clube e realizei os concursos para escolha do “melhor companheiro” nas escolas, com premiação dos escolhidos. Uma comissão de rotarianos visitava as escolas, fazendo palestras motivacionais e incentivando a prática de boas ações desde a mais tenra infância.

TEMPO – Em 1995, o senhor foi Chairman do Programa de Intercâmbio de Estudos e Team Leader na Índia e Nepal. Que trabalhoé esse?
ALEXANDRE RAMOS – O Intercâmbio de Grupos de Estudos é um programa da Fundação Rotária, que proporciona o intercâmbio de profissionais. Uma equipe de cinco pessoas viaja e é coordenada por um rotariano como líder do grupo. A gente foi até a Índia e o Nepal.

TEMPO – Acredito que tenha sido uma experiência bem diferente...
ALEXANDRE RAMOS– Sim, Fredi, visitar a Índia e o Nepal por quarenta dias foi um momento de enorme crescimento.

TEMPO – O que mais chamou a atenção?
ALEXANDRE RAMOS – A Índia tem uma grande população e é altamente tecnológica; por outro lado, tem uma pobreza extrema, por causa das tradições que ainda valorizam o sistema de castas e também pela forte religiosidade, que promete compensar o sofrimento na terra com recompensas e salvação depois da morte. Outro fato curioso: a classe média de lá tem uma alta renda per capita e um poder de compra muito maior que o da classe média brasileira, por exemplo. De lá, trouxe um cartão de madre Teresa de Calcutá para o Governador Wanderlino Arruda.

TEMPO – Esteve com a madre Teresa de Calcutá?
ALEXANDRE RAMOS – Ela estava no Convento das Missionárias da Caridade, num sari desbotado azul e branco. A madre comandava uma grande estrutura humanitária no mundo inteiro. As origens dela, a vocação fundamentada na simplicidade e no amor, a própria aparência, meio rude e sofrida, e o tom enérgico a diferenciam de outras santas. Ela já nos ensinava que “mais valem as mãos que ajudam do que os lábios que rezam”.

TEMPO – Inesquecível?
ALEXANDRE RAMOS – A visita à madre Teresa de Calcutá, dois anos antes dela falecer, foi um grande presente do Rotary que eu jamais poderei esquecer. As origens da obra, a missão, a determinação de uma pessoa marcada por Deus para fazer o bem aos pobres mais pobres. O seu jeito simples e direto de servir pelo exemplo mudou as pessoas que cruzaram o caminho dela. Depois do meu encontro com a madre, nunca mais fui o mesmo. A madre, que se tornou santa em setembro de 2016 pelo papa Francisco, vai continuar operando sua ação benfeitora no mundo inteiro. Ela inspirou e abençoou, lá de cima, o Projeto AVC, que merecidamente foi batizado com o nome dela.

TEMPO – Falaremos sobre o Projeto daqui a pouco, por enquanto quero saber mais da importância do Rotary na vida do senhor. Quantos países visitou pelo clube?
ALEXANDRE RAMOS - Eu visitei os Estados Unidos, Trinidad Tobaco, Colômbia e Porto Rico. Em Trinidad Tobaco, participei do Programa da Samaritans Purse, para trazer o programa de presentes para crianças por ocasião do Natal para o Brasil. Trouxemos mais de cinquenta mil caixas de presentes, distribuídas nas escolas, creches, centros de convívio de Montes Claros e algumas cidades da região, com a colaboração do Exército e do Corpo de Bombeiros na distribuição. Uma emoção marcante.

TEMPO – O que é a Comissão Distrital da Comunidade Mundial, da qual o senhor foi presidente?
ALEXANDRE RAMOS– O Distrito Rotário tem sua área de abrangência e as comissões para dividir os trabalhos. Comissão da Comunidade Mundial tem como objetivo aproximar rotarianos do mundo inteiro através de programas de intercâmbio diversos.

TEMPO – Em 2005, o senhor recebeu o Prêmio Centenário do Rotary International por Excelência Profissional. O que isso representa? Sentiu-se orgulhoso, envaidecido?
ALEXANDRE RAMOS– O Prêmio Centenário do Rotary, recebido no Rio de Janeiro, veio, talvez, em decorrência do Projeto Materno Infantil Brasil, no Hospital Aroldo Tourinho, que tive o privilégio de coordenar.

TEMPO – Qual a relação do Rotary com o fato de o senhor ter sido o fundador da Escola Técnica, do Sicoob Credinosso e diretor por dezoito anos do Hospital Aroldo Tourinho?
ALEXANDRE RAMOS – O João Bosco Martins de Abreu, um filantropo e benfeitor de Montes Claros, a quem a cidade não prestou a merecida homenagem, foi um grande amigo, companheiro no Rotary Norte. Eu me integrei à equipe dele na diretoria da ACI, participamos juntos de algumas iniciativas, como a fundação da Escola Técnica, reestruturação do Hospital Aroldo Tourinho, trabalhos sociais e comunitários na empresa Matsulfur, Fundetec e Sicoob Credinosso. Compartilhamos importantes experiências e tive por meio dele um grande aprendizado.

TEMPO – De onde nasceu a ideia da Fundação Educacional de Montes Claros, mantenedora da Escola Técnica de Ensino Profissionalizante?
ALEXANDRE RAMOS – A criação da Fundação Educacional de Montes Claros nasceu do João Bosco, quando presidente da Associação Comercial e Industrial de Montes Claros, em 1976. A diretoria da ACI deu apoio, pois as empresas que se instalavam na região com os incentivos fiscais da Sudene necessitavam de mão de obra qualificada. José Correia Machado, Marc Ollifson, Ronan Pereira, Jamil Curi, professor Eustáquio Coelho e tantos outros participaram desta empreitada.

TEMPO – O senhor foi presidente da Escola Técnica?
ALEXANDRE RAMOS – Eu fui diretor, secretário, tesoureiro e presidente depois de João Bosco, por sete anos a partir de 1981, quando ele passou a ser diretor-técnico. Neste período, construímos laboratórios especializados e o grande auditório Alberto Woods Soares, com o apoio da organização alemã Miseror e da Fábrica de Cimento. Eu e João Bosco comemoramos muitas vitórias juntos e estou certo de que o sucesso das empresas que vieram para Montes Claros, através da Sudene, deve, em muito, à Escola Técnica.

TEMPO - E a criação do Sicoob Credinosso?
ALEXANDRE RAMOS – Em 2004, estava na presidência da ACI e o Banco Central editou portaria autorizando a criação de cooperativas de pequenos empresários. O Sicoob Credinosso foi a primeira cooperativa de crédito, no gênero, a ser criada em Minas Gerais. Conta com mais de dois mil associados, com doze anos de existência. Lá exerci as funções de presidente e presidente do Conselho de Administração.

TEMPO – Uma missão difícil a presidência da Associação Comercial e Industrial de Montes Claros?
ALEXANDRE RAMOS – Em 2002, assumi a presidência da ACI, cinquenta anos depois que o meu pai fora presidente. Apesar de exercer funções de diretoria na entidade desde 1974, assumir esta presidência foi um grande desafio. Tantas eram as oportunidades de trabalhos que ampliamos as instalações para o prédio ao lado.

TEMPO – Quais desafios, cite alguns exemplos.
ALEXANDRE RAMOS – A instalação da NET, da CANOR, a realização do Encontro das Estradas, a busca do novo modelo para a Sudene, a mudança do local da Fenics, da Praça de Esportes, para o estacionamento do Montes Claros Shopping Center, apoio ao Corpo de Bombeiros, apoio ao Hospital Aroldo Tourinho, a criação do
Sicoob Credinosso foram algumas realizações da nossa equipe de trabalho. A solução dos grandes problemas do Brasil passa pela sociedade civil organizada, e a ACI de Montes Claros, ao longo de seus mais de 65 anos, liderou esse comprometimento com a região.

TEMPO – O senhor e o seu pai foram presidentes da ACI em época distintas, ele também tinha vocação para ajudar o próximo?
ALEXANDRE RAMOS – O meu tio avô Plínio Ribeiro dos Santos, que era deputado federal, criou a Associação Comercial e Industrial de Montes Claros, em 1949, e passou a presidência para o meu pai, que teve atuação em várias entidades de classe, inclusive na criação do Corpo de Bombeiros Voluntários de Montes Claros, seguindo modelo de sua cidade natal, Mangualde, em Portugal. A mamãe cuidava de entidades assistenciais, tendo sido presidente da Associação das Damas de Caridade de Montes Claros, por mais de quarenta anos.

TEMPO – Em todo o Norte de Minas, é unânime a afirmação que a fase áurea do Hospital Aroldo Tourinho foi durante a gestão de Alexandre Pires Ramos. Qual o segredo?
ALEXANDRE RAMOS – O Hospital Aroldo Tourinho sucedeu ao antigo Hospital Municipal de Montes Claros. Na provedoria do João Bosco, ele conclamou a sociedade para a necessária transformação. Estive como diretor e como superintendente durante dezoito anos. Neste período, o hospital cresceu de 1.500 metros quadrados para 13 mil metros quadrados. Melhorou muito o nível de complexidade no atendimento, realizando cirurgias cardíacas e neurológicas. Muitos foram os atores e parceiros desta obra. O segredo é a união, a honestidade, a transparência das ações e a seriedade com os gastos.

TEMPO – O Projeto Materno Infantil do Brasil, do Aroldo Tourinho, foi o primeiro projeto aprovado pela Fundação Rotária em Montes Claros?
ALEXANDRE RAMOS – Sim, ele iniciou com o Banco de Leite Humano e evoluiu para outras conquistas como o credenciamento junto ao Unicef como Hospital Amigo da Criança, o primeiro da região, e outros benefícios para o hospital.


TEMPO – A experiência de dezoito anos no Aroldo Tourinho e o mestrado em saúde nos Estados Unidos inspiraram e ajudaram na criação do Projeto AVC?
ALEXANDRE RAMOS – A inspiração do Projeto AVC veio antes, da madre Teresa, mas a oportunidade resultou da criação pelo Governo Federal da Rede AVC, quando eu ainda estava no Hospital Aroldo Tourinho. Lá eu via a grande quantidade de pacientes sequelados pelo atraso no atendimento. Some-se a isso a vontade e a infraestrutura existente na Santa Casa, que já era referência em neurologia e neurocirurgia, indispensáveis para o credenciamento em AVC. Os oito Rotary Clubes de Montes Claros levantaram quinze mil dólares, como contrapartida.

TEMPO – Resumidamente, o que é o Projeto AVC Madre Teresa de Calcutá?
ALEXANDRE RAMOS – O projeto de prevenção e tratamento do AVC é uma proposta de atendimento em rede, envolvimento das portas de entradas dos hospitais na região e deslocamento através do Samu para o hospital de referência regional, para os casos de maior complexidade.

TEMPO – Qual a participação da Fundação Rotária?
ALEXANDRE RAMOS – A Fundação Rotária participou com recursos para equipar uma unidade de vinte leitos na Santa Casa e com treinamento promovido pelo Samu em doze cidades da região, envolvendo mais de cinco mil profissionais da área da saúde. No ano passado, foram aprovados três projetos no nível de trezentos mil dólares, apenas o Projeto AVC para o Brasil.

TEMPO – É possível que o Projeto AVC venha a ter o mesmo alcance da bandeira do combate à pólio?
ALEXANDRE RAMOS – A poliomielite está em fase final de erradicação no mundo. São poucos os casos ainda existentes no Paquistão e no Afeganistão, mas a erradicação exige que durante três anos nenhum caso seja notificado. A participação nesta campanha é motivo de orgulho para todos os rotarianos. Se não temos paralisia infantil no Brasil, nos últimos trinta anos, isso se deve em muito ao trabalho do Rotary. O AVC hoje é um problema mundial, e a metodologia de tratamento em rede, de modo a agilizar o atendimento, pode ser a solução. A Fundação Rotária está indicando este projeto como modelo e oferecendo recursos para novos projetos pelos Rotary Clubes.

TEMPO – Só em Montes Claros, já ganhou importantes homenagens, como a de Cidadão Benemérito e Personalidade no Sesquicentenário, também foi condecorado com a Comenda Dom Pedro II e é benemérito pelo Corpo de Bombeiros Militar de MinasGerais. Qual a sensação?
ALEXANDRE RAMOS – Esses reconhecimentos aquecem o meu coração e criam maiores compromissos.

TEMPO – Qual a última mensagem que deixa como governador do Distrito 4760?
ALEXANDRE RAMOS– Aceitei a indicação para estar governador neste ano rotário, para tentar retribuir o muito que tenho recebido do Rotary. Deixei todas as minhas outras atividades, inclusive reduzi o meu tempo com a família. Mas nesta experiência como governador/ governatriz, continuamos, eu e minha Marluce, a receber muito. A missão de governador chega ao fim, só que a missão do rotariano continua.


O ROTARY EM MONTES CLAROS

Wanderlino Arruda

Dos setenta e cinco anos do Rotary Club Montes Claros em sessenta e quatro pelo menos tenho acompanhado a sua trajetória de trabalho e de lutas em favor da cidade e da região. Tenho seguido de perto as gerações de homens e de mulheres da Casa da Amizade que, juntos num esforço comum jamais negaram colaboração ao progresso. Lembro-me muito bem da primeira vez que fui a uma reunião rotária, no velho Hotel S. Luiz, ali onde fica a Minas Caixa, atendendo a um convite de João Souto, que enaltecia naquele tempo o meu trabalho de repórter deste JMC. Foi uma surpresa ver o conteúdo de interesse daquele povo bem vestido e bem representativo de poder de mando em todas as classes sociais.

O Rotary Club Montes Claros foi sempre uma organização de invejável sobriedade, comedido como deve ser um grupo de pessoas conscientes do seu próprio valor. Sempre houve nele um conteúdo de nobreza, difícil de encontrar em outro clube ou em qualquer outra entidade social ou de prestação de serviços. Muito me tem sidoútil acompanhar o Rotary desde 1954, como jornalista ou como membro do seu quadro social, porque Rotary foi sempre uma grande escola, em todos os pontos de vista, que o leitor possa imaginar.É um bom e agradável convívio de todas as semanas, sempre com assuntos novos, uma perspectiva de amor à humanidade, uma busca de ângulos que projetam a paz e a concórdia entre as pessoas e as
nações.

Quando cheguei ao Rotary Club Montes Claros, e isso era notável para mim, porque dava notícias e comentários para quase toda a edição do JMC – constituiu a melhor fonte de informações fornecidas por quem tinha autoridade de falar em nome da cidade. Como repórter era só anotar e organizar tudo, considerando que naquele tempo não havia a malícia e os desvios conceituais tão próprios dos políticos de hoje. Havia muito mais sinceridade, muito mais amor à causa pública, sem segundos interesses e tanta vontade de ludibriar a opinião dos menos avisados. Era uma universidade de civismo.

Agora que o Rotary chega de novo aos nove clubes em Montes Claros, com feitos notáveis em todos os campos, além de servir de exemplo, a muitas outras instituições, temos o prazer de receber o casal Governador Wilson Caixeta e Silésia, em um momento bastante festivo e pleno de entusiasmo.

Sejam bem-vindos, companheiros!


HONRA E ENTUSIASMO EM ROTARY

Tiago Domiciano Castanha

Uma mistura de sentimentos de vitória e alegria, e, na verdade, puro êxtase. Esse foi o momento da minha posse no quadro associativo do Rotary Club Montes Claros-Norte no ano de 2013. Rodeado de pessoas de elevada importância social e econômica para a sociedade montes-clarense, jamais imaginava fazer parte daquele momento, único, emblemático e que marcou época em minha vida.

Com o apadrinhamento do Governador Wanderlino Arruda e na presidência a Companheira Viviane Romanholo, iniciava-se minha caminhada no Rotary, cheia de desafios que eu não esperava. Lembro-me bem das palavras do Governador Wanderlino em minha apresentação quando disse: “O Tiago veio para solucionar nosso envolvimento com a tecnologia”. Mal sabia eu do que se tratava, mas com perseverança e fé, continuei participando das reuniões e aprendendo sobre Rotary.

Não sei se pelo bom desempenho ou apenas pelo teste, logo após o primeiro ano como rotariano, fui convidado pela Compa nheira Denise Barros, presidente eleita na época, para compor a sua diretoria no ano 2014/15 na função de Tesoureiro. Imagine-se eu, advogado até então recém-formado, tesoureiro do maior clube de Rotary do Norte de Minas... A sensação de desespero tomou conta de mim naquele momento, mas com o apoio e o respaldo de todos que acreditaram e confiaram em mim, aceitei o desafio, que não foi fácil, mas perfeitamente possível.

Administrar os recursos oriundos de quase cinquenta companheiros e companheiras, pagar em dia todas as despesas de Rotary, arcar com débitos atrasados e ainda assim adquirir dois Paul Harris e finalizar a gestão com saldo positivo para a gestão posterior foi para mim um feito considerável, resultado de um trabalho sério e dedicado que culminou na regularização de toda vida financeira do Clube, inclusive perante o Distrito 4760. À Companheira Denise e toda a diretoria daquela ocasião ficam os meus sinceros agradecimentos e, em especial, para o seu marido e também Companheiro, Otaviano Barros, exemplo de dignidade e honra, que me ensinou e até hoje me ensina sobre como ser um rotariano íntegro.

Após o final do ano rotário, entregamos o mandato com a certeza de dever cumprido ante o reconhecimento de todos os Companheiros e Companheiras. Logo no ano de 2016, na presidência da Companheira Celeste Brant Maia, fui intimado, não somente convidado, para ocupar o cargo de diretor da Secretaria. Não me cabia outra resposta, senão um sim. Foi então, nesse ano rotário, que consegui identificar o real significado das palavras de Wanderlino Arruda na minha posse, isso porque, naquele ano, ficou instituída a meta de cem por cento dos rotarianos inscritos no portal My Rotary. Dessa forma, a então presidente Celeste incumbiu a mim o dever de auxiliar todos os nossos companheiros (as) na inscrição no portal e, infelizmente, em que pesem os esforços, não conseguimos alcançar a meta.

Nada desanimador, a gestão de Celeste Brant representou um importante avanço na organização do Clube, mormente o fato de que apenas com a inclusão digital da Secretaria foi que conseguimos colocar em ordem e atualizar o quadro associativo perante o Distrito, além da inserção de metas e projetos realizados, dentre eles o mais atual e relevante projeto desenvolvido em prol da saúde do Norte de Minas, o projeto AVC, cuja elaboração, implantação e manutenção, tiveram as participações imprescindíveis do Governador Alexandre Ramos e do companheiro Heli Penido, provedor da Santa Casa em Montes Claros, instituição parceira do projeto.

Fechamos o mandato com chave de ouro com a posse do então presidente entrante, Frederico do Espírito Santo, juiz de direito aposentado, professor da Universidade Estadual de Montes Claros, e atualmente advogado criminalista, do qual tive a honra de ser aluno em minha graduação. Com um trabalho sério e organizado, alavancou a saúde financeira do Clube através do tesoureiro Gilvan Caetano, e embora não tenha eu integrado efetivamente o Conselho diretor, tive participação na ação rotária realizada no Bairro Mangues, onde plantamos diversas mudas de jenipapo ao redor do córrego, a fim de manter a sua preservação.


Encerrada a gestão do presidente Frederico, assumiu a presidência do RC Norte, ano rotário 2018/19, o presidente Gilvan Caetano dos Santos, profissional extremamente competente, otimista, entusiasmado e com um espírito de luta que contagia a todos. Em razão da nossa amizade e confiança, fui convidado para ser Diretor de Protocolo, único cargo que me faltava exercer como credencial a ser presidente. O convite foi prontamente aceito. E que desafio teremos que enfrentar, presidente Gilvan. Neste ano rotário, comemoramos cinquenta anos de fundação do Rotary Club de Montes Claros-Norte e, como não poderia deixar de ser, estamos preparando uma intensa programação de comemorações e homenagens.

Não será fácil, mas vamos conseguir com muito trabalho e cooperação de todos companheiros(as).

O Rotary representa hoje uma imensa família, composta por pessoas de caráter ilibado que se uniram para a prestação de serviço à comunidade, visando à inclusão social daqueles que necessitam, um trabalho louvável de incomparável relevância. Tentamos preencher as lacunas que a sociedade nos apresenta, enfrentamos a mazelas sociais com o intuito de proporcionar melhor qualidade de vida aos beneficiados. E é nessa perspectiva que me sinto preparado para assumir a presidência do nosso Clube no ano rotário 2020/21. Que venham os desafios!

Não poderia deixar de mencionar que todo esse incentivo a ser rotariano não se esgota somente nos trabalhos realizados. É salutar a importância das pessoas. Você, companheiro e companheira, fazem parte da outra parcela que nos impulsiona a continuar o trabalho, a presença nas reuniões, o sorriso de alegria, o reconhecimento e até mesmo as cobranças. Nós somos a existência do Rotary Club de Montes Claros-Norte e é com este espírito que iremos comemorar o nosso jubileu. Parabéns!

Por fim, registrem-se os profundos agradecimentos a todos que contribuíram para essa caminhada rotária, sem citar nomes para não cometer eventuais injustiças, mas não se pode deixar de mencionar a atual diretoria, o presidente Gilvan, o secretário Nelson e a tesoureira Jackeline. É extremamente prazeroso trabalhar com vocês, pessoas extrovertidas e compreensivas, cientes da missão que temos a cumprir.


(Diretor de Protocolo e Presidente eleito 2020/21)


CASA DA AMIZADE

Celeste Carvalho Brant Maia

Parece que foi ontem a primeira reunião do Rotary Club de Montes Claros-Norte de que participei com Antônio, em casa do companheiro Antônio Soares Dias.

Acompanhei-o cheia de expectativa, pois o desconhecido nos conduz a vários questionamentos, até o conhecimento do todo. Falo assim e preciso relatar que o Antônio me pediu, ao nos casarmos, que duas reuniões em que ele gostaria da minha presença a seu lado eram o almoço de Natal com sua família, no dia 25 de dezembro, e as reuniões do Rotary, quando fosse solicitada a presença das esposas.

Família-Rotary, Rotary-Família. Dois alicerces fundamentais para o Antônio e, como procurei apoiá-lo e estar presente! Pois o que é o Rotary senão uma grande família? Família sem laços sanguíneos, mas tão forte como se os existiessem, sabem por quê? A existência do Amor. Amor-vida, amor-doação, amor-humildade! “Dar de si antes de pensar em si”.

Quando homens e mulheres, líderes em suas opções profissionais, formadores de opinião, reúnem-se uma vez por semana - sessenta minutos - para trocar ideias e debater soluções para problemas comunitários, surge um significado muito positivo. Só quem conhece pode entender e dar valor. Isso me foi possível conhecer por ter me casado com o grande rotariano, um dos fundadores do Montes Claros-Norte, Antônio Brant Maia. Ainda tinha mais para conhecer, pois falei do Rotary do que só os esposos participavam. A mulher não tinha participação em nosso Clube, como rotariana. Que função estaria reservada para as esposas? Eis que mais uma surpresa agradável eu teria ao conhecer a Casa da Amizade. Que bonita denominação! Amizade entre as esposas dos companheiros rotarianos era o meu pensamento e por sinal estava certa.

Primeiro conhecer para gostar, e gostar para ajudar. Ajudar e trabalhar em prol dos mais necessitados, com o Amor que nasce e perdura no coração das companheiras. À medida que o conhecimento ocorrer, a amizade aumenta e sustenta a vontade de servir. Falar sobre a Casa da Amizade seria extenso, pois o assunto é envolvente. Procurarei sintetizar. Afinal são cinquenta anos de caminhada.

A Casa da Amizade do Montes Claros-Norte sempre foi e continua sendo destaque. O nosso trabalho é voluntário, a doação é fundamental, por isso é importante conhecê-la, pois só pode gostar conhecendo e participando. Como é possível gostar do desconhecido? Quantos trabalhos realizados, quantas confraternizações, quantas reuniões, pois o papel da companheira da Casa da Amizade é de pronto atendimento. Enumerar nossos trabalhos nestes cinquenta anos é impossível, mas creiam, foram muitos e causaram mudanças e impactos na vida dos mais necessitados.

Companheira, você não imagina como é necessária a sua presença e participação do lado do seu esposo rotariano, para que ele se sinta bem sucedido em Rotary! Hoje, o que é mais importante da nossa Casa da Amizade? A sua presença, querida companheira.

Aproxime-se do seu grupo, ofereça o seu dom, aquele que Deus lhe deu. Precisamos de sua parcela de colaboração, por menor que seja, ela fará a diferença. E, ainda mais, pela Lei Universal do Retorno, o Amor que você oferece, voltará dobrado para você.

O ideal de servir é nosso compromisso ao iniciar nossa caminhada. E, com o passar do tempo, a história de amor criará raízes tão profundas em seu coração que nem os momentos mais difíceis em nossas vidas nos afastarão da nossa caminhada de Amor, Doação e Amizade.

Experimente, vale a pena!


MEU ENCONTRO COM
MADRE TERESA DE CALCUTÁ

Alexandre Pires Ramos

Janeiro de 1995, após a passagem de ano, uma semana no frio de Frankfurt, na Alemanha, para orientação sobre costumes e cultura na Índia, chegamos a Calcutá, sendo recepcionados no aeroporto por dezenas de rotarianos, com flores, colares e presentes. Cinco membros do IGE Intercâmbio de Grupos de Estudos, representando o Distrito 4760, do Brasil, por designação do Governador Wanderlino Arruda.

Em nossa agenda, visitas a escolas, hospitais, igrejas, palácios, museus, os crematórios às margens do Rio Ganges, reuniões com Rotary Clubes, alguns com mais de quatrocentos associados, a esperada Conferência Distrital, e o grande presente: seríamos recebidos pela Madre Teresa de Calcutá.

No dia já acertado na programação, e pelas mãos do Governador do Rotary, chegamos à Congregação das Missionárias da Caridade, para onde demandavam milhares de peregrinos, provenientes de vários países, em filas quilométricas. Madre Teresa, com seu aspecto frágil e simples, trajando um sari branco e azul, nos recebeu na porta de entrada e nos acomodou, juntamente com outro grupo de IGE, dos Estados Unidos, numa pequena saleta de mobiliário tosco, próxima aos seus aposentos.

Feitas as apresentações, ali conhecemos a história dessa missionária, que veio da Albânia, ainda muito jovem, formando-se no Instituto das Irmãs de Loreto e depois conseguindo a autorização do Papa Pio XII, para fundar a Congregação das Missionárias da Caridade, deixando a clausura e indo para as ruas, fazendo a opção pelo atendimento dos pobres mais pobres. Após encantar a todos nós com a defesa dos pobres e da paz, (ela que foi condecorada com o Prêmio Nobel), com sua voz forte e inspiradora, solicitou um veículo para nos levar para conhecer as Unidades de Atendimento da Congregação. Isto não antes de solicitar a contribuição financeira de cada um de nós, que contribuímos com prazer para suas obras de assistência a doentes e a pessoas debilitadas recolhidas das ruas.

Nas visitas às Unidades Assistenciais, sentimos o grande carisma de Madre Teresa em atrair voluntários para seu apostolado. Ali encontramos pedreiros, eletricistas, porteiros, médicos e assistentes sociais de vários países, que agendaram com antecedência seu trabalho voluntário, pagando suas passagens e hospedagem, alguns por vários meses, para servir a sua obra de caridade.

Na palestra que fez na Conferência Distrital do Rotary, em um auditório para mais de cinco mil pessoas, ela mostrou ser um patrimônio da Índia, acima de qualquer religião.

Como team leader do nosso grupo, fui portador de um cartão que ela escreveu, de próprio punho, para o Governador Wanderlino, que ele guarda, sob o máximo de cuidado, com muito carinho e orgulho.

Madre Teresa veio a falecer em 1997, apenas dois anos após o nosso encontro, em 1995, mas se tornou a grande inspiradora do Projeto AVC que os rotarianos de Montes Claros conseguiram do Rotary International, com o apoio do RC de Contagem-Cidade Industrial, e os parceiros internacionais do RC de Modesto e North Stokton, da Califórnia, EUA, para a implantação da Unidade de AVC Santa Tereza de Calcutá, na Santa Casa de Montes Claros. Observe-se que a liberação dos trezentos mil dólares para o projeto foi depositada na mesma semana da sua santificação.


JOÃO BOSCO MARTINS DE ABREU

Maria Florinda Ramos Marques Pina

"O amor é um recurso que nos faz eternos,
nos livrando da morte definitiva,
do esquecimento absoluto pois nos celebra
todas as vezes que formos recordados."

E foi, voltando de sua fazenda, que ele, afinal, se rendeu ao descanso. Um mal súbito, fechou com dignidade sua missão. A notícia, jamais desejada, chegou assustando, ferindo, com jeito de impossível. João Bosco faleceu. Era 31 de outubro de 2014.

João Bosco e Celeida chegaram a Montes Claros em 1968. Ele, engenheiro mecânico e eletricista, veio como primeiro diretor da Cia Materiais Sulfurosos Matsulfur, com a missão de instalar, no Distrito Industrial, a Fábrica de Cimento.

Quando criança eu já ouvia vovó Vidinha dizer: “Montes Claros é rica em calcário, só falta uma fábrica de cimento na região do Cedro.” O presente desejado foi maior. A Fábrica, João Bosco e Celeida. Bastou pouco tempo para que a cidade se rendesse a eles. Uma verdade torna-se a cada dia mais sólida em mim: os grandes são simples. João Bosco se revelou uma pessoa rara, aliava competência e integridade moral com desconcertante simplicidade. Tornou-se presença fundamental para a evolução de tudo e de todos que se achavam ao seu redor.

Ele trouxe consigo uma nova forma de sentir a realidade. Sua visão transpunha o contexto e interesses da empresa, para se debruçar sobre a comunidade, com quem manteve vínculo sólido e duradouro ao longo dos 23 anos em que aqui permaneceu. Assim são as grandes personalidades, gente que reinventa a vida como participante e não como espectador.

Dono de um otimismo incansável se mantinha comprometido também, com as buscas de soluções dentro da problemática regional. Procurava esgotar ao máximo as possibilidades de êxito daquele projeto em que se achava mergulhado. Deus é criativo, não repete sua obra. Na multiplicidade de suas criaturas algumas há que, pela riqueza de seu caráter, rompem níveis medianos e passam para a história como referenciais humanos. Assim era João Bosco Martins de Abreu que Montes Claros teve a honra de receber como filho muito amado. Ele e sua família deixaram entre nós marcas de uma presença inesquecível.

No ano seguinte ao de sua chegada, João Bosco fundou, com alguns profissionais de várias atividades, o Rotary Club de Montes Claros-Norte, segundo clube de Rotary na cidade, sendo seu segundo presidente no período 1970/71. A ele, no mesmo Rotary, vieram se juntar mais três membros da Fábrica de Cimento: José Eduardo Abreu, Alexandre Ramos e Emílio Ramirez. Convidado pelas lideranças locais a se unir a um grupo empenhado em sanar carências da cidade, emprestou logo sua força criativa e sua natural responsabilidade pelo outro.

Assim, aceitou ser presidente da ACI, Associação Comercial e Industrial de Montes Claros (1973/77). Ali, promoveu ampla reforma na sede e trabalhou intensamente junto às autoridades e órgãos competentes para a vinda de novas indústrias para a cidade.

O seu comprometimento com o desenvolvimento educacional e cultural o fez participar, aliado a seu amigo e companheiro da Matsulfur, Alexandre Ramos, ao arquiteto José Corrêa Machado e ao Industrial Marc Ollifson da criação da Fundação Educacional Montes Claros, mantenedora da Escola Técnica, permanecendo por alguns anos na diretoria.

Com o mesmo espírito, levou a Matsulfur a promover a construção de mais de cinquenta escolas e vinte quadras esportivas, a patrocinar o Grupo Folclórico Banzé, o Grupo Instrumental Marina Silva e a pintura da Catedral Metropolitana. João Bosco era farto em ideias generosas, tinha espírito cristão e perseverava no seguimento dos princípios evangélicos. A Santa Casa N. Sra. das Mercês também foi agraciada com sua presença, tendo sido seu vice-provedor junto ao Provedor Elias Siuffi.

Ele e Celeida foram uns dos criadores da Escola de Pais e participantes ativos dos Cursilhos de Cristandade da Arquidiocese de Montes Claros. Tendo sido convidado com insistência, João Bosco aceitou emprestar sua reconhecida capacidade ao assumir o cargo de presidente do Lar e Escola N. Sra. do Perpétuo Socorro (Orfanato), quando então, com a participação da Matsulfur, providenciou a reconstrução das instalações centenárias da entidade.

Sabedor da real importância do lazer e das atividades esportivas na vida integral do ser humano decidiu, sendo convidado, participar da diretoria do Max-Min Clube como seu presidente.

Em 1988, preocupados com a carência permanente da saúde na cidade, alguns líderes, entre os quais, Dr. Itagiba Castro, Dr. João Batista Silvério e Alexandre Ramos fizeram o convite a João Bosco para assumir a provedoria da Fundação Hospitalar Montes Claros, mantenedora do Hospital Aroldo Tourinho. Sua conduta humanista o fez aceitar. Em sua gestão foi implantado o Projeto Materno Infantil patrocinado pela Fundação Rotária, no qual a Matsulfur colaborou com mais de um milhão de dólares. Foi ele quem fez o credenciamento do hospital junto ao UNICEF. Ampliou sua área física de 1.500m2 para 12 000m2; capacitou a instituição para procedimentos de média e alta complexidade. Recebeu da Samaritan Purse (EUA) cinquenta mil caixas de presentes para serem distribuídos a crianças carentes da região.

Mesmo após sua transferência para Belo Horizonte, devido à venda da Matsulfur para a Lafarge, se manteve, por alguns anos na Provedoria do Hospital Aroldo Tourinho.

Foi sua presença atuante e progressista que levou a cidade a homenageá-lo através da sua Câmara Municipal com os títulos de Cidadão Benemérito e Cidadão Honorário de Montes Claros.

Em 2016, o Rotary Club Montes Claros Norte, na presidência de Denise Barros desejou perpetuar sua gratidão ao grande provedor João Bosco Martins de Abreu inaugurando, em seus jardins internos, seu busto em bronze. A cerimônia contou com as valiosas presenças de Celeida e seu filho Danilo. Dos seus filhos Patrícia, Danilo, Maria Alice, Daniel e Tiago, os dois últimos são montes-clarenses, o que muito nos alegra.

Ser humano memorável, João Bosco conhecia bem o universo da ética e da elegância no trato. Seu jeito de sorrir e de falar, sua forma de estar presente e de aglutinar, sem estrelismo, me impressionavam. Concedia atenção individual a diretores, operários, parceiros, companheiros, conhecidos e amigos. Todos eram presenteados com o brilho de sua simpatia.

Tendo deixado Montes Claros, manteve acesa sua mentalidade de empresário dinâmico e atualizado. Em Pará de Minas, onde tinha propriedade rural, foi empreendedor no ramo da suinocultura. Como presidente da Associação da Suinocultura de Minas Gerais, realizou amplo trabalho para a valorização dessa atividade.

“Eu posso amar até a hora de morrer.
Amor não acaba.
É como se o mundo estivesse à minha espera.
E eu vou ao encontro do que me espera.
Amar os outros, servir os outros é a única
salvação individual que conheço”.

Clarice Lispector


ROTARY CLUB
DE MONTES CLAROS - NORTE

Maria Denize de Oliveira Barros

Sob a bandeira desse lema sugestivo e motivador “Faça o Rotary Brilhar”, do ano rotário 2014/15, assumi em julho a presidência do Clube. Éramos 45 companheiros no quadro associativo, muitos veteranos e outros novatos em Rotary.

Um clube expoente no Distrito, pois já havia contribuído com a indicação de três governadores, Luiz Pires Filho, 1976/77, Wanderlino Arruda, 1994/95, e José Maria Marques Nunes, 1999/2000 e tendo um quarto indicado para a gestão 2016/17, Alexandre Pires Ramos. Imensa era a responsabilidade que me aguardava, mas acreditando no apoio dos companheiros e não temendo desafios, por mais árduos que fossem, me investi de coragem para exercer bem e com determinação a missão a mim destinada.

Fácil não foi, nem pouco trabalhosa, mas de muitas alegrias, surpresas, descobertas e posso dizer com orgulho, realizações que me deixaram plenamente satisfeita. Trabalhamos com afinco, centrados e dispostos a fazer valer nosso lema motivador. Uma diretoria afinada, composta pelos companheiros:

Vice-presidente: José Henrique Barbosa Oliva
Secretária; Vivianne Romanholo Barbosa de Castro Rosado
2ª Secretária: Dulce Consuelo Guedes
Diretora de Protocolo: Celina Rabelo Corrêa Machado
2º Diretor de Protocolo: Andréa Carpentieri
Tesoureiro: Tiago Domiciano Castanha
2ª Tesoureira: Jaqueline Conceição Camelo
Instrutor de Clube: José Eduardo Abreu
Casa da Amizade: Celeste Carvalho Brant Maia
Vice-presidente: Vânia de Oliveira Couto


Cumprimos com sucesso a programação estabelecida. Reuniões ordinárias; Reuniões Festivas: dos Pais, de Natal e das Mães, dois Leilões realizados na casa da companheira Celeste Carvalho Brant, doação de mil reais para o Asilo Sagrado Coração de Jesus, mais de três mil reais para o Projeto Casa Própria. Participamos ativamente da Reunião em homenagem a D. Yvonne Silveira, organizamos a solenidade Mérito Profissional, uma homenagem anual aos profissionais que abraçaram e se destacaram em suas profissões por mais de 25 anos, e que o Clube realiza há 28 anos. Tivemos papel preponderante na organização e realização do primeiro Ryla sob o comando do Governador Júlio César da Silveira. Este encontro aconteceu durante todo dia 25/10/2014 nas dependências do Sesc - Montes Claros, com mais de oitenta lideranças jovens. A programação incluía palestra, depoimentos, exibição de vídeos informativos, música além de lanches, almoço e a cada participante jovem foi ofertado um kit com camiseta, boné do Ryla e pasta com folhetos informativos e instrutivos. Um sucesso que recebeu elogios não só do Governador, como também dos presidentes, familiares dos jovens e rotarianos que participaram.

Outras ações foram desenvolvidas no contexto social. Distribuição de lanches para as crianças da comunidade Vila Castelo Branco, com tarde recreativa no Colégio Imaculada. Entrega de cestas básicas na Paróquia Rosa Mística para serem encaminhadas pelos Vicentinos às famílias carentes. Jantar e entrega de fraldas geriátricas, doadas pelos companheiros Gov. José Maria Marques e Valdir Veloso, ao Lar das Velhinhas, luvas descartáveis e material de higiene pessoal, os últimos como doação dos alunos da Escola São Mateus. O nosso agradecimento a todos estes colaboradores e participantes das ações sempre foi marcado por envio de correspondência.

Além dos feitos relatados, tenho que ressaltar que duas iniciativas ocorridas na gestão 2014/15 muito me orgulharam como presidente, por marcar, na história do Clube, iniciativas que ficarão registradas para sempre. Primeiro, ter abraçado a ideia e a programação do Governador entrante, Alexandre Pires Ramos, de criar o Projeto AVC, em parceria com a Santa Casa de Montes Claros. Exposto no Clube, o tamanho, a forma como seria implantado e os recursos necessários para sua manutenção e principalmente custeio, causou espanto entre os companheiros. E porque não dizer desânimo da maioria, em abraçar a causa. Mas eu, presidente, conhecendo Alexandre e já tendo antes vivenciado sua atuação, no projeto vitorioso e grandioso do Hospital Aroldo Tourinho, não duvidei, coloquei fé e abracei a causa. Muitos, muitíssimos foram os entraves e as barreiras. Só nós sabemos, mas lançada a boa semente, a árvore fixou as raízes, cresceu e frutificou. Deixo registrado que Portaria do Ministério da Saúde publicada em outubro de 2018 liberou a verba de 2.185.000 (dois milhões, cento e oitenta e cinco mil reais) anuais para manutenção dos vinte leitos do Projeto AVC. Este projeto, hoje, é modelo não só para os clubes do Brasil, como também para clubes de outros países.

Foram três mandatos consecutivos dedicados no duradouro trabalho de tramitação do projeto. Destaco a atuação dos presidentes que me sucederam, Álvaro Luiz de Carvalho Veloso e Celeste Carvalho Brant Maia, que se desdobraram e deram todo o apoio necessário para a concretização de tudo. Quanta alegria, quanta realização, quão grande o sabor de vitória ao ver o descortinar, hoje promissor, do Projeto AVC, beneficiando não só a cidade, mas toda a vasta região em torno dela. Além do esforço e dedicação de muitos, as bênçãos infinitas da Santa Tereza de Calcutá, que deu nome ao auspicioso e engenhoso trabalho foram, sem nenhuma dúvida, imprescindíveis para a sua existência.

Outro feito do Montes Claros-Norte na gestão 2014/15, selando uma dívida de gratidão e reconhecendo o imensurável trabalho social do nosso ex-companheiro e sócio honorário João Bosco Martins de Abreu, foi a homenagem que prestamos a ele. Com a dedicação total e empenho do companheiro José Eduardo Abreu, conseguimos, através do patrocínio do Grupo Asamar, a confecção do busto do nosso Presidente no ano rotário 1970/71. Mais que merecido, pelo trabalho brilhante que sempre realizou, pelos cargos e funções de destaque que ocupou e pelos benefícios por ele inseridos na comunidade montes-clarense.

O busto foi inaugurado em dezembro de 2015 (já na presidência do Álvaro), afixado no jardim interno da entrada do Hospital Aroldo Tourinho, onde ele foi provedor por muitos anos, realizando ali reforma, ampliação e modernização total das instalações, transformando uma unidade hospitalar em total decadência, em um dos mais modernos hospitais da cidade. A esposa Celeida e os filhos estiveram presentes na solenidade, para maior alegria nossa. Registro também, com agradecimento sincero, a colaboração do companheiro Sérgio Quadros, pela base erguida para colocação do busto, com doação total de todo o material e trabalhada com esmero. Outra conquista nossa que destaco envaidecida.

Posso dizer, sem constrangimento, que cumpri com êxito o ano rotário sob a minha gestão. Coube-me, para encerrar o ano, apresentar na Conferência Distrital “O Brilho das Gerais” em maio de 2015, realizada em Caxambu, O Governador 2016/17 Alexandre Pires Ramos. Para mim destaque, honra e satisfação ímpar. Emoção indescritível...

Um título Companheiro Paul Harris também foi entregue à companheira Vivianne Romanholo B. de Castro Rosado no encerrar da gestão.

E para coroar com brilho, o ano de trabalho, dedicação, aprendizado e conquista de novas e valiosas amizades, agradeço de coração aos companheiros que caminharam comigo, ao meu esposo Otaviano pelo apoio e suporte em todas as horas, e agradeço muitíssimo a Deus por ter me proporcionado essa oportunidade única de Amar e Servir no verdadeiro significado das duas palavras.

Presidente 2014/2015


O SECRETÁRIO E SUAS GESTÕES

Nelson Gomes dos Santos

Todo Companheiro(a) convidado (a) para exercer o cargo de Secretário(a) em Rotary Clube normalmente recebe um Manual de Procedimento, contendo as informações de como executar os trabalhos relacionados à secretaria.

Como exemplo, cito aqui o Manual de Secretário, edição 2016/19, afirmativo de que a função do secretário é zelar pelo bom funcionamento do clube, analisar as tendências das atividades realizadas, identificar pontos fortes e fracos e compartilhar essas informações com os líderes do seu Clube e do Distrito. Além de dizer qual é o trabalho, o Manual ainda relaciona as responsabilidades, afirmando que o secretário deve participar da Assembleia Distrital de Treinamento, da Conferência Distrital, reunir-se com os membros eleitos do Conselho Diretor, administrar a correspondência do Clube, responder e-mails, enviar comunicações oficiais e convites.

Outras funções: redigir atas, enviar os registros do Clube e a lista de associados ao My Rotary, à medida que acontecerem mudanças. Também precisa fornecer ao Tesoureiro as faturas, com vencimentos em janeiro e julho, servir como membro do Conselho Diretor e da Comissão de Administração do clube, marcar o comparecimentoàs reuniões e enviar mensalmente um relatório de presença ao Governador. Mais tarefa ainda: escrever um relatório anual no final de cada ano rotário, trabalhar com o Presidente, o Tesoureiro e as Comissões, quando necessário, além de se reunir com seu sucessor e entregar os registros do Clube.

Cabe aqui dizer que o My Rotary é uma ferramenta que permite administrar o clube de forma rápida e eficiente, além de ajudar a ter os registros corretos. Não há como secretariar um clube sem acessar esta ferramenta denominada My Rotary.

O autor do presente artigo é Secretário pela terceira vez e o que se quer a seguir, é simplesmente deixar registrado o ponto marcante de cada uma das três gestões (2002/3; 2017/18; 2018/19). Assim, no ano rotário 2002/03, que teve como lema “Plante sementes do amor’”, o Montes Claros-Norte teve como ponto alto, uma importantíssima Ação Rotária realizada em Mandacaru, distrito de Montes Claros, em que houve a prestação de diversos serviços, não só para a comunidade local como também para todas as comunidades circunvizinhas. Foi incrível constatar a quantidade de médicos especialistas que compareceram, dez ao todo, cada qual atendendo em seu respectivo consultório montado pelo Clube, sendo que o número de consultas chegou a quase trezentas.

Houve almoço coletivo, cujos ingredientes como suínos e frangos caipiras foram doados pela própria comunidade. A ação foi realmente um ponto marcante da gestão 2002/03.

Na segunda gestão, ano rotário, 2017/18, cujo lema foi “O Rotary faz a Diferença”, o ponto marcante foi o Projeto AVC, que embora tenha abrangido outras gestões, foi concluído na gestão 2017/18. Trata-se de um projeto encabeçado pelo Montes Claros-Norte, em parceria com todos os clubes locais. Do projeto resultou a unidade Centro de Atendimento de Urgência aos Pacientes com AVC – Madre Teresa de Calcutá. Neste projeto, o Rotary colocou mais de um milhão de reais em equipamentos e treinamento de pessoal, recurso financeiro que foi multiplicado, não por duas ou três vezes, mas, por inúmeras vezes, já que referida unidade de tratamento foi credenciada ao SUS pela Portaria 2.642/2018, do Ministério da Saúde, com verba orçamentária anual garantida para o custeio, no valor de R$2.193.880,51. Aí está o efeito multiplicador e a certeza de que o serviço não terá interrupção. São vinte leitos integrais. É realmente algo extraordinário da gestão 2017/18.

Neste ano rotário de 2018/19, em que o lema é “Seja a Inspiração”, é, também, o ano em que se comemora o jubileu do Rotary Club de Montes Claros-Norte. Estamos trabalhando incansavelmente para que os eventos do mês de maio, que são comemorativos dos cinquenta anos do Clube, sejam de verdade, dignos do seu jubileu.


ROTARY CLUB DE MONTES CLAROS -
NORTE EM NOVA CASA

Celeste Carvalho Brant Maia

Como eu digo sempre, Família-Rotary, Rotary-Família. Casa da Amizade-Família. São afirmações que se correspondem na origem e na vivência, consolidando-se mutuamente. Como relatei, só me foi possível conhecer e vivenciá-las por ter me casado com um rotariano. Entretanto, assim que Deus o levou, me senti solitária no circuito rotário. Não me senti suficientemente forte para continuar nem mesmo na Casa da Amizade, à qual sempre me dediquei de corpo e alma. “O tempo cura todas as feridas”, era uma frase constante em meus ouvidos. Somente aos poucos fui compreendendo que o tempo vai transformando a dor numa doce saudade e vai nos reanimando para prosseguir a obra começada.

Convidada, tomei posse como rotariana no Rotary Club Montes Claros-Norte, na gestão do presidente Sergio Quadros 2011/12. As reuniões aconteciam às terças-feiras, às 19h, no Automóvel Clube. Assumi o compromisso semanal de estar junto aos companheiros, crescendo no conhecimento da instituição rotária e me doando às ações comunitárias do meu Clube.

O tempo passa, as mudanças ocorrem. O buffet que sempre nos atendeu constrói sede própria e encerra o contrato com o Automóvel Clube. Ali, a bem dizer era nossa sede. Onde iríamos nos reunir? O presidente Álvaro Veloso 2015/16 havia iniciado articulações para a ida do nosso Clube para a Casa do Rotariano. Ele desenvolveu um trabalho intenso de rotariano seriamente comprometido.

Fui indicada como presidente do Rotary Club Montes Claros-Norte para 2016/17. Tomei posse junto com os demais presidentes na Festa de posse do Governador Alexandre Pires Ramos. Desta forma, coube a mim prosseguir nos entendimentos para a mudança. As arestas que antes impossibilitavam foram trabalhadas e se desfizeram como num passe de mágica. Desejo ressaltar o imprescindível apoio dos Rotary São Luiz e Rotary Sul, afilhados do Rotary Norte, através de seus presidentes Rose Durães e Carlos Renato. Minha primeira reunião, no dia cinco de julho, aconteceu na Casa do Rotariano. Foi um marco na história do Rotary Norte, gerando em todos nós uma grande alegria. Estávamos de casa nova, sala ampla e bem iluminada, até com plataforma para a mesa diretora nas reuniões.

Toda proposta exige uma contra-proposta. O Rotary Norte assumiu o compromisso de completar o mobiliário da sala (mesas, cadeiras e cortinas) e também de adquirir um aparelho de data-show. Foi um desafio enfrentado com coragem por todos os companheiros que se doaram intensamente. O clima de companheirismo, trabalho e dedicação me entusiasmou para desenvolver uma gestão marcada por grande amizade e amor. Algumas fotos ilustram nossa presidência, não só nas reuniões semanais como também no programa Mérito Profissional, um evento anual que o Montes Claros-Norte realiza com o objetivo de homenagear aqueles que se destacam em suas atividades profissionais.


CURIOSIDADES DO PROJETO
AVC SANTA CASA

Wanderlino Arruda

Foi a companheira Lourdes Matos, Secretária Geral do Governador Alexandre Ramos, quem montou a proposta para o Projeto AVC Santa Casa. Tudo parceria com os oito RC de Montes Claros com os RC Contagem-Cidade Industrial, RC de Modesto e a própria Santa Casa e o Samu. O projeto teve início em fevereiro de 2015, na gestão do governador Júlio César da Silveira.

Morrem por ano, no Brasil, cem mil pessoas vítimas de derrame cerebral. Em todo o mundo são seis milhões. Quem sobrevive quase sempre carrega sequelas no corpo ou no cérebro, que fazem com que o AVC seja o maior culpado pela incapacidade laboral. Cerca de 70% não voltam ao trabalho e 50% passam a depender de outras pessoas no dia a dia. Os trágicos números poderiam ser evitados se o atendimento adequado fosse rápido. O tempo é precioso, cada segundo representa a destruição de milhões de neurônios.

A Fundação Rotária aprovou então três projetos no mundo, um deles é o do Brasil: o Projeto AVC Madre Teresa de Calcutá. A entidade já destinou quase 1 milhão de reais para o Norte de Minas investir no atendimento rápido e eficiente às vítimas do derrame cerebral.

Os recursos para a implantação do Programa AVC Santa Casa foram liberados na mesma data em que o Vaticano declarou santa Madre Teresa de Calcutá. “De todos os projetos apresentados para a Fundação Rotária, apenas três, em todo o mundo, foram aprovados, o nosso era um deles. Um milagre, uma benção, por isso, decidimos batizá-lo de Projeto AVC Madre Teresa de Calcutá”, explicou o então Governador Alexandre Pires Ramos. Liderando um IGE de 1995, ao tempo da minha Governadoria, ele esteve com a futura santa, no seu campo de trabalho em Calcutá.

O socorro rápido às vítimas de derrame cerebral aumenta a chance em 60%, pelo menos, delas sobreviverem sem sequelas físicas ou cognitivas. Justamente por isso, o Projeto AVC Madre Teresa de Calcutá, apresentado pelo Distrito 4760 foi aprovado pela Fundação Rotária. Dos quase trezentos mil dólares liberados para a execução do programa no Norte de Minas, 72 mil dólares foram para treinamentos realizados pelo Samu.

Foi a companheira Lourdes Matos, Secretária Geral do Governador Alexandre Pires Ramos, quem montou a proposta para o Projeto AVC Santa Casa. Tudo parceria com os oito RC de Montes Claros com os RC Contagem-Cidade Industrial, Modesto e North Stokton, da Califórnia, EUA, a própria Santa Casa e o Samu, o projeto teve início em fevereiro de 2015, na gestão do governador Júlio César da Silveira.

Para a Santa Casa de Montes Claros, a Fundação Rotária doou quase 800 mil reais para a compra de equipamentos para o tratamento do AVC. Tudo já foi entregue para o hospital: são nove respiradores eletrônicos, um ultrassom ecodopplertranscraniano, um promov, oito macas e dez monitores multiparâmetros.

Durante os cursos do Projeto AVC Santa Casa em diversas cidades norte-mineiras, foram entregues apostilas cedidas pelo Ministério da Saúde. A parceria com o Distrito 4760, além de resultar em um pessoal mais capacitado e humanizado, permitiu a aquisição de equipamentos de ponta, como o boneco de simulação. Tudo graçasà doação de quase 210 mil reais da Fundação Rotária. Equipes do Samu realizaram treinamentos para cinco mil profissionais e estudantes de saúde de doze municípios do Norte de Minas. Como este aqui, na cidade de Manga. Foi muito importante a atuação do Presidente do Cisrun, Silvanei Batista, e da Diretora-executiva, Kelly Cristina Lacerda.

“O Samu Macro Norte é um dos mais avançados do Brasil. Além da excelente capacidade técnica, temos o tele-eletrocardiograma em todas as unidades móveis, com isso o eletro é enviado imediatamente para a Regulação Médica do Samu e para as hemodinâmicas. O trombolítico também está presente em nossas unidades avançadas”, explica o coordenador do Núcleo de Educação Permanente, Ubiratan Lopes Gomes.

“Sabemos que 80% dos acidentes vasculares cerebrais são isquêmicos, e o tempo “agulha” é mais ou menos 4h e meia após o diagnóstico. Saber administrar um medicamento como o trombolítico, que vai dar sobrevida ao paciente e que ajuda a dissolver o trombo para que o sangue volte a fluir, é de fundamental importância para que o paciente não perca suas funções vitais ou fique sequelado”, explica o médico do Samu, Dr. Daniel Ramos.

“O atendimento a uma vítima com AVC precisa seguir um protocolo padrão. É feito por uma equipe multidisciplinar que, com a reabilitação, busca promover a recuperação funcional do paciente. Só que, para garantir o funcionamento pleno da unidade, o credenciamento através do SUS é fundamental”, preocupa-se o superintendente Maurício Souza.

No último dia do ano rotário 2016/17, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, anunciou, em Montes Claros, o credenciamento do Programa Madre Teresa de Calcutá pelo Sistema Único de Saúde. Os recursos serão usados para a manutenção com o trabalho dos profissionais da Santa Casa.


CASA DA AMIZADE

Maria Denize de Oliveira Barros

Uma entidade sólida composta pelas esposas dos rotarianos, que é a força, o apoio, a mão amiga dos clubes rotários em suas valiosas realizações, que sempre existiu, firme e atuante, desde 1952/53, sete anos após a criação do primeiro clube rotário. A Casa da Amizade perdura em suas ações beneficentes e sociais, comandada primeiramente e por muito tempo, pela mão experiente e forte de Josefina de Paula, que veio por anos a fio cumprindo o seu papel com eficiência e maestria. Era um só clube na cidade, o Rotary Club de Montes Claros.

Em 1969, foi então criado o segundo, o Montes Claros-Norte, apadrinhado pelo antecessor. Dois clubes atuando com destaque na cidade, participantes e envolvidos na solução de muitos problemas que afligiam a comunidade na época.

Em maio de 1978, ingressamos no Rotary Norte, Otaviano empossado como sócio, e eu fazendo parte da Casa da Amizade. Logo me adaptei e passei a participar ativamente das programações que muito me agradavam.

Foi em dezembro de 1984 que nosso presidente Jalmy José de Oliveira e Carmen Lúcia Antunes, desafiados pelo governador do ano, uniram-se a vários companheiros para organizar e fundar o terceiro clube: o Montes Claros-São Luiz, excelente iniciativa. Mais uma força para atuar nos trabalhos e desafios rotários.

Passei por essa pequena introdução, a fim de situar as companheiras e leitores sobre as origens e caminhada da Casa da Amizade de Montes Claros. Então com três clubes constituídos e atuantes, cada um com sua programação própria, incomodavam-se os governadores quando vinham em visitas aos clubes, porque eram três programações diferentes, em dias também diferentes para cumprir a mesma finalidade. Sempre sugeriam uma união das Casas da Amizade, o que foi tentado várias vezes, sem sucesso. Inúmeras e variadas eram as causas e motivos para não se chegar à concretização dos fatos.

Foi no ano rotário 1985/86, de Hipólito Sérgio Ferreira e Marilene, casal governador, lema do ano “Você é a chave”, que algumas mudanças aconteceram. Íamos tomar posse na presidência do Rotary Norte, Otaviano e eu; do Rotary Montes Claros, João Renato Caldeira e Ana Maria; do Rotary São Luiz, Dércio Gontijo e Vera Maura. Marilene, muito viva, convivente e sábia, informada de como tudo acontecia aqui na Casa da Amizade, (divergências, ciúmes, rivalidade), passou então a nos ligar, antes da posse, deixando claro que fizéssemos todo empenho e esforço para mudar a situação. Enfatizava ela que a “Casa da Amizade tem que estar unida. trabalhar unida, conquistar unida”. Vamos trabalhar para isso.

Entre as companheiras, o assunto era espinhoso, nem sei o porquê. Muitas a favor da união, mas outras tantas contra; e fomos nós, as três, traçarmos juntas um plano de ação para o ano que se aproximava. Tudo pronto, tratamos de conseguir com a cortesia do Diário de Montes Claros, a edição de 150 cópias do nosso plano conjunto de ação, que seria distribuído no dia das posses. Assim foi feito até a união de fato, uma sequência de acontecimentos foram se desenrolando.

Lembro-me que a primeira reunião conjunta aconteceu na residência da Sílvia Machado Dias. diretorias dos três clubes, algumas ex-presidentes e as governatrizes Isabel Rebello de Paula (1965/66) e Vera Rebello Pires (1976/77) estavam presentes. Tudo acertado, acordado, ficou definido que haveria alternância dos três clubes na presidência e a diretoria contemplaria, da mesma forma, companheiras de todos. Estava dado o primeiro passo, após vencida a maioria dos desafios. A data dessa reunião não me lembro, mas deve estar nos livros de registros. Logo depois, em assembleia geral, no Automóvel Clube, foi aprovada a referida unificação.

A seguir foi constituída uma diretoria, sendo a primeira presidente Aparecida Mota Boaventura (Rotary São Luiz), seguida de Irani Peixoto (Rotary Montes Claros) e Carmen Lúcia Antunes (Rotary Montes Claros-Norte) alternando a cada ano a presidência, respeitando o rodízio determinado. Assim as reuniões e os trabalhos transcorriam normalmente em clima saudável de companheirismo, envolvimento e ação. Surgiu a necessidade e foi, então, elaborado e registrado o estatuto.

Sei dizer, finalizando, que na Conferência Distrital em São Lourenço, maio/1986, recebi o prêmio de, presidente destaque, pelo dinamismo na condução dos trabalhos e por, essa conquista, considerada enorme vitória no ano rotário, 1985/86.

Hoje, Marilene e Hipólito, grandes e queridos amigos, lembram sempre desses fatos cheios de alegria e muita satisfação. Tudo o que aconteceu depois, e a condução dos trabalhos até hoje, um pouco relato a seguir.

Em 1993, fundados mais dois clubes, o Montes Claros-Leste e Montes Claros-São Geraldo. A partir daí, ficou impossível realizar reuniões em casa de companheiras e elas passaram a ser realizadas no Elos Clube, gentilmente cedido por sua presidência, de julho de 1992 a julho de 1996.

Algumas realizações conjuntas de maior porte aconteceram com sucesso, porém estava cada vez mais difícil atender aos anseios e objetivos de cada presidente. Na gestão 1995/96, foi criado o Conselho Deliberativo da Casa da Amizade, composto pelas governatrizes e ex-presidentes e, a partir de 2000, este conselho organizava um cronograma com a programação mensal e coordenava as atividades. Chegou-se à conclusão de que a Casa da Amizade cresceria mais, com a participação das mulheres, trabalhando diretamente com seu próprio clube. Hoje, encontros diversos acontecem entre companheiras de vários clubes, e a confraternização de todas se realiza duas vezes por semestre.

Para mim, confesso com satisfação incalculável, a unificação foi um grande feito em prol da entidade, que atualmente conta com participantes dos nossos oito clubes na cidade: Montes Claros, Montes Claros-Norte, Montes Claros–São Luiz, Montes Claros-Sul, Montes Claros-Oeste, Montes Claros-Leste, Montes Claros-União e Montes Claros- Liberdade.

Abril / 2019


NADA MAIS IMPORTANTE
QUE O ENTUSIASMO

José Henrique Barbosa de Oliva

1. Recebi a incumbência de mencionar realizações da administração 2008/09, período em que fui Presidente do Rotary Club de Montes Claros-Norte.

2. Tomamos posse partindo do Lema 2007/2008 “Rotary Compartilha”, da administração do Companheiro Milton e Rosalva, sendo o nosso “Realizemos os Sonhos”.

3. Os integrantes da mesa e da administração foram
Secretário – José Linhares Athayde Frota Machado
Tesouraria – Ângelo Sá Mota Pinheiro
Diretor de Protocolo – Flávio Rezende Byrro
Casa da Amizade – Divalda Nunes Pereira Oliva

4. Inicio lembrando que operacionalizamos projeto de entrega de aproximadamente quarenta cisternas, sob o acompanhamento do Companheiro Ângelo Sá Mota Pinheiro e colaboração, entre outros, dos Companheiros Francisco Peres e José Argemiro.

5. Em outubro, entrega em festiva, de cinco comendas “Paul Harris”, para os companheiros Ângelo, José Eduardo Abreu, Murilo Edgard, Pedro Evangelista, em festiva coroada pelo casal Governador Javert Vivian e Nilza.

6. Reunião solene para contemplação dos “Méritos Profissionais”, ocorrida no auditório da Sociedade Rural, em 16 de dezembro, conduzida pelos companheiros José Marques, José Eduardo Abreu e Otaviano Barros.

7. Foi de pleno êxito e muita alegria na festiva de Natal, ocorrida na residência do Governador José Marques e Iracema, em 20 de dezembro.

8. Coroação do programa FIA – Fundo da Infância e Adolescência/ 2008, com arrecadação até 29 de dezembro de R$ 18.587,00 para com o CMDCA de Montes Claros.

9. O fechamento de balanço com a arrecadação de bingo e de bazar da pechincha que resultou no pagamento de 133 cestas básicas, distribuídas no domingo de 28 de dezembro, com amplo e excelente trabalho das companheiras da Casa da Amizade e colaboração do Corpo de Bombeiros de Montes Claros.

10. Arrecadação até o final de dezembro do importe de R$ 8.200,00 para a festiva e comemoração dos quarenta anos do nosso Montes Claros-Norte realizada no ano seguinte.

11. Contrapartida da Prefeitura Municipal de Montes Claros, com o grande apoio do Companheiro Henrique Veloso, no importe de R$ 8.000,00 completando aproximadamente R$ 90.000,00 do projeto das cisternas.

12. Homenagem recebida do RC Montes Claros-União, realizada em 23 de dezembro na Casa do Rotariano.

13. Antes de falar da palestra realizada em 2 de dezembro, vale um relato interessante: Chegada a hora da reunião no Automóvel Clube, no saguão de entrada, deparamos ao arrumar as mesas, que uma jovem ali aguardava por algum tempo. Claro, o aqui Presidente, entendeu tratar-se de estudante em conclusão de curso, esperando pelo Joaozinho, dono do restaurante, para agendar festa e buffet, algo normal à época. Qual não foi a surpresa ao ser informado pelo companheiro Nelson Gomes, que se tratava da jovem Dra. Viviane Romanholo, titular do Cartório do 2º Tabelionato de Notas de Montes Claros, palestrante do dia, nossa eterna Companheira de Rotary, admitida naquele ano.

14. Em 10 de janeiro, participação de nosso Clube na festiva em Francisco Sá, para a chegada às 11h, objetivando prestigiar a Governadora eleita, Maria Inês Silveira Carlos, de quem fui Governador
Assistente 2009/10.

Participação dos esforços para com a Conferência Distrital realizada em Caxambu de 30 de abril até 3 de maio.

16. Palestra realizada pela Sra. Gislaine Andrade Lopes do Hemominas.

17. Feijoada realizada em 14 de março para arrecadação de fundos.

18. Visitas recebidas em nosso Clube, em 14 de abril, dos Presidentes
Hilário – Rotary Montes Claros; Aguiar – Rotary Sul; Eloena
– Rotary Leste; Neuza – Rotary União; Gondin – Rotary São Luiz;
Colares – Rotary Oeste.

19. Em 14 de abril, recebemos os italianos em visita de IGE – Intercâmbio de Grupo de Estudos - também recebidos, em nossa companhia, na Unimontes, para debate sobre desenvolvimento e comunidades.

20. Festiva das mães no dia 12 de maio, com a presença de grande família Rotary-Norte.

21. Participação, no dia 9 de junho, de reunião festiva no Cartório do 2º Ofício de Notas, convidados todos do Clube pela Companheira Viviane, em comemoração de um ano de residência em Montes Claros, momento de bênção pelo companheiro Padre Alencar.

22. Em 30 de junho, última reunião antes da festiva de posse do companheiro Hércules Coimbra Brasil – Presidente 2009/10, em que contemplamos a “Mostra do Artista Plástico Fabiano Ferreira”.

23. Balanço da evolução do quadro do Clube quando chegamos a 55 valorosos companheiros.

24. Doações de cadeiras de rodas realizadas em três oportunidades no período.

25. Distribuição da Carta mensal do mês de janeiro de fevereiro, com a manchete “Vamos a Caxambu”, entre outras importantes.

26. Distribuição do Jornal Rotary impresso em comemoração aos quarenta anos, completados em 2009, com lembranças dos companheiros do quadro, Governadores e mensagem dos companheiros Waldir Senna Batista, Wanderlino Arruda, Ângelo Sá Mota Pinheiro e da companheira Celeste Carvalho Brant Maia.

27. Em sete de julho, posse do Presidente Hércules Coimbra Brasil nas dependências do Automóvel Clube.

28. Enfim, agradecemos - Divalda e eu - a todos os Companheiros e Companheiras da Casa da Amizade pela participação efetiva, essencial e definitiva para as ocorrências e realizações do que foi possível, visto o que o desejo de construir era muito mais, pois Rotary é “Dar de si antes de pensar em si”.


ROTARY CLUB DE MONTES CLAROS NORTE, UM SUCESSO

Francisco Peres Correia Machado

Nasceu o Rotary Club de Montes Claros-Norte sob a proteção do amor universal de Nathércio França e sob a organização perfeita do presidente Fábio Lafetá Rebello. Segundo Rotary Club fundado em Montes Claros, início da expansão rotária na cidade, significou um gesto de solidariedade e, ao mesmo tempo, uma ampliação nos serviços à comunidade: mais mentes para pensar, mais mãos para trabalhar, mais corações para vibrar no companheirismo interno e externo. O projeto e a construção rotária de Nathércio França foi magistral, porquê o Rotary Norte já surgiu com grandes perspectivas, com a consciência de quem vinha para seguir exemplos de grandeza do clube padrinho. Afinal, o RC Montes Claros era o mentor e o executor de grande parte do progresso regional.

Presidente provisório, o companheiro Benoni Gomes da Mota, que tinha como Vice o nosso hoje Ex-Governador Wanderlino Arruda, tudo já começou bem organizado, com reuniões no Automóvel Clube, ficando quem tinha que ficar, saindo quem tinha de sair, uma seleção natural em clubes novos, uma vez que a filosofia e a prática rotária jamais foi imposta. Em Rotary só se trabalha de corpo inteiro, porque não existe meio rotariano, rotariano é ou não é. Quadro estável durante todos estes cinquenta anos, justiça seja feita, um bom trabalho de excelentes presidentes, até hoje só dois reeleitos, que foram Antônio Brant Maia e Wanderlino Arruda. Pelo andar da carruagem, todos os companheiros serão presidentes, neste século já não inicial. A curiosidade é saber quem será o dirigente, por exemplo, em 2030, tempo assim não tão distante.


Excelente trabalho comunitário, o Rotary Norte fez lavanderia, creche, escola, posto de saúde, campanha de trânsito, eleição de melhores estudantes, campanha do Bom Companheiro, publicou jornal interno, boletins semanais, realiza anualmente, sob comando de grandes companheiros, entre eles José Maria Marques Nunes e Otaviano Figueiredo Barros e Maria Denize de Oliveira Barros, um importantíssimo evento de valorização profissional, com a entrega de diplomas a dez pessoas que tenham sido esteios de eficiência e humanismo no trabalho por pelos menos trinta anos. Além disso, é o Rotary Norte um excelente fundador de outros Rotary Clubes. Em seu mérito conta-se a criação dos RC Montes Claros-São Luiz, Montes Claros-Leste, Montes Claros-Sul, Montes Claros-Oeste, Montes Claros-União, Montes Claros-Sudeste e Montes Claros-Liberdade, além do RC Januária. E agora, organizando-se para a criação do
Montes Claros-Teresa de Calcutá.

O Rotary Club de Montes Claros-Norte deu ao Distrito 4760 quatro excelentes Governadores: Luiz Pires Filho (1976/77), Wanderlino Arruda (1994/95), José Maria Marques Nunes(1999/2000) e Alexandre Pires Ramos (2016/17). Devemos contar também como nosso, o próximo Governador Nelson Fonseca Leite (2019/20), do BH-Liberdade, mas que, quando Diretor da Cemig em Montes Claros, foi nosso companheiro por quase quatro anos. E sendo assim, também é do RC Norte!

Mais um louvor ao Rotary Club de Montes Claros-Norte: realizou aqui as mais vibrantes e maiores conferências do Distrito, a primeira do Governador Frederico Camelier, que foi um enorme sucesso.


 

A ADENOR
MARCA DE DESENVOLVIMENTO

É conhecida a afirmação sensível de Guimarães Rosa de que “Minas Gerais é muitas”. Essa percepção ajuda e justifica a necessidade de se entender a complexa organização social do território norte-mineiro, com suas realidades heterogêneas e as especificidades dos vários povos que compõem a região.

Há décadas, atrás o modelo de desenvolvimento proposto para a região Norte de Minas era semelhante ao restante do Estado, não respeitando as condições sociais, econômicas e climáticas adversas que lhe são peculiares, as quais se aproximavam mais das condições socioeconômicas do nordeste brasileiro.

Assim, fizeram-se necessárias mudanças políticas para integração da região à área de abrangência da SUDENE, tendo em vista os incentivos fiscais e financeiros que ela possibilitava aos noves, Estados componentes do Polígono da Seca.

Dessa forma, a Área Mineira do Polígono da Seca foi instituída em função da necessidade de caracterizar de forma bem definida a região do Norte de Minas, que, apesar de toda sua potencialidade produtiva, sofria com as adversidades climáticas os mesmos problemas pelos quais os estados nordestinos passavam, porém com um agravante, de não ser, até então, beneficiada pelas políticas públicas compensatórias, uma vez que, geograficamente, integrava a rica região do Sudeste.

Com a participação efetiva de rotarianos, entidades de classe e lideranças empresariais da região, foi criada em 2009 a ADENOR - Agência de Desenvolvimento do Norte de Minas - com a missão de“Contribuir para a aceleração do desenvolvimento econômico sustentável do Norte MG”, por meio do qual têm promovido fóruns de discussões regulares, com o propósito de identificar e tratar os projetos prioritários com vistas ao desenvolvimento regional, observando a viabilidade econômica, tecnológica, social e ambiental das propostas.

Como resultado dessa ampla discussão, foram identificados projetos e ações indispensáveis para o desenvolvimento regional sustentável denominados de “eixos estruturantes para o norte de Minas Gerais”, relacionados a seguir:

1. Viabilizar estudo para gestão dos recursos hídricos regionais – dimensionamento do potencial de água subterrânea e superficial, suas interfaces, potencial de uso e preservação – principais fraturas, aquíferos
e eixos barráveis na área de abrangência dos municípios do norte de Minas Gerais;

2. Implantar o Programa regional - Fazendeiro Produtor de Água (projeto de preservação dos recursos hídricos dentro das propriedades rurais: pequenas barragens, curvas de nível, recuperação das ma tas ciliares e matas de topo dos morros em parceria com a Codevasf, Ruralminas e Igam;

3. Implantar um Centro de Convivência com a Seca - em parceria com o Governo Estadual, Federal, Sociedade e Sindicato Rural, com o objetivo de viabilizar, através da EPAMIG, de forma prioritária, a realização de pesquisa de introdução do gen de resistência à seca na gramínea Brachiaria Brisanta, conforme projeto elaborado pela UFV– Universidade Federal de Viçosa e EPAMIG. Ressaltando que o custo benefício do desenvolvimento da referida pesquisa tecnológica será de enorme alcance, viabilizando a pecuária não somente do Norte de Minas, com mais de 75.000 pequenos e médios pecuaristas e 3,5 milhão de cabeças de gado, mas de todo o nordeste brasileiro, que também tem sua atividade primária fortemente prejudicada pelas longas estiagens;

4. Garantir recursos para execução do projeto executivo para duplicação
da BR 135 a partir do entroncamento da BR 040 até Montes Claros e duplicação da BR 251 de Montes Claros até a BR 116 (Rio-Bahia);

5. Garantir recursos para execução do projeto executivo para implantação
da infraestrutura ferroviária de Belo Horizonte-MG a Guanambi-BA, interligando o projeto de mineração do Vale do Rio Pardo ao porto Sul na Bahia, pela conexão com a FIOL (Ferrovia da integração oeste-leste);

6. Garantir recursos para a conclusão do Anel Rodoviário Norte de Montes Claros e para o projeto de viabilidade e execução da alça oeste do anel;

7. Garantir recursos para contratação da proposta de infraestrutura aeroportuária, de acesso e de novos distritos industriais para implantação do Projeto AEROTRÓPOLE, nos moldes do implantado no aeroporto Tancredo Neves, na região metropolitana de Montes Cla ros, por meio de projeto de lei federal autorizando Montes Claros a ser um aeroporto indústria, bem como propor uma política tributária e fiscal diferenciada para os produtos da região;

8. Reativar a hidrovia do São Francisco de Pirapora a Petrolina;

9. Apoiar a implantação do Centro de Excelência em Geração de Energia Solar na FUNDETEC (Termo de Cooperação firmado entre a ADENOR x FUNDETEC x Universidade do Porto/Portugal);

10. Apoiar efetivamente a construção do Plano de Expansão da Distribuição e Transmissão de Energia Elétrica;

11. Participar prioritariamente na elaboração do Plano de gestão de barragens e açudes, com ênfase na conclusão das barragens de Jequitaí, Berizal e construção da barragem de Congonhas; Ressaltamos que as ações e projetos contemplados nos eixos estruturantes foram devidamente alinhados com a Frente Parlamentar do Norte, que constituiu uma agenda trimestral para acompanhamento e monitoramento das atividades em prol do desenvolvimento sustentável da região Norte de Minas.


NASCE O PRIMEIRO ROTARY MISTO
DE MONTES CLAROS

Wanderlino Arruda -1994/95

Foi encantadora a primeira reunião do Rotary Club de Montes Claros-Leste, realizada na sala da Diretoria do Automóvel Clube, numa noite de muita participação. Homens e mulheres reuniram-se, aqui, pela primeira vez sob o ideal de Paul Harris, cada qual com mais curiosidade, mais interesse, quase com um sentimento místico de quem muito esperava da solidariedade e do companheirismo. Olhares interessados, perguntas interessantes, interesses que vinham de todos os lados: o que era Rotary, a quem destinava, como agia, que serviços prestava a associados e à comunidade, quando começaria oficialmente, e por que a mulher só naquela hora estava sendo convidada? Como seria a escolha das rotarianas? Seriam casadas, solteiras, viúvas? Poderiam fazer parte do Rotary mulheres separadas, divorciadas? Esposas de rotarianos poderiam ser rotarianas? Um vasto universo de questões importantes, que precisavam de prontas respostas da comissão nomeada pelo Governador Felicíssimo de Moraes e Barros: Wanderlino Arruda, José Maria Marques Nunes, Alexandre Pires Ramos e Henrique Veloso Neto.

Já no primeiro encontro, alguns dos convidados decidiram pela aceitação. Estariam preparados para frequentar as reuniões nos horários e no dia escolhido, às 19 horas e 30 minutos de todas as segundas-feiras. Decisão imediata muito importante, porque o compromisso já era feito dentro das possibilidades de cada um, já que no Rotary o comparecimento é praticamente obrigatório: faltar um prejuízo grande para o desenvolvimento do companheirismo e da prestação de serviços. Quem aceitou também se permitiu fazer indicações de novos nomes, considerando as exigências para admissões. Foi uma escalação nota dez, um time de primeiríssima qualidade, cujo desempenho vem melhorando de ano a ano. O primeiro presidente, Raimundo Nonato de Freitas Júnior, logo adquiriu experiência de fazer inveja, e tão bem soube administrar e liderar, que saiu do mandato provisório para o mandato efetivo do ano seguinte.

A vida rotária do Montes Claros-Leste tem sido um maravilhoso campo de experiências bem comportadas e de excelentes resultados. Ganhou quem ficou, perdeu quem saiu, já que o quadro como de qualquer outro clube, sempre sofre modificações em todos os semestres. A liderança seguinte nas mãos de José Carlos Ataíde Soares, com a participação eficiente de Felicidade Tupinambá, na Secretaria, só veio engrandecer o que já era grande. Hoje, o RC Montes Claros-Leste constitui o melhor exemplo de quanto pode realizar uma plêiade de profissionais competentes e interesses na melhoria da qualidade de vida da comunidade. Ótimo, porque Montes Claros sempre soube criar bons modelos, espelhar boa vontade e demonstrar que coragem e entusiasmo foram a nossa bandeira.


AMIGO, COMPANHEIRO
E COLEGA HENRIQUE

Henrique Veloso Neto nasceu em Diamantina, pelos idos de 1930, em um dia 15 de julho. Veio para Montes Claros em 1951, mesmo ano em que eu também aqui cheguei, tempo de muito entusiasmo, quando começava a administração do prefeito Enéas Mineiro de Souza, o centro da cidade todo sendo calçado com paralelepípedos. Uma festa!

Conheci Henrique quando ele era noivo de Angelina, ela minha colega no Banco do Nordeste, agência na Rua Doutor Veloso, pertinho do Banco do Brasil, onde ele trabalhava no setor agrícola. Todos os dias, ele ia pontualmente buscá-la às seis horas e um minuto, nem dava tempo de despedidas de fim de expediente. Logo depois de casada, ela deixou o BNB, segundo ela, por exigência dele; segundo ele, porque o BNB não aceitava mulher casada como funcionária.

Pouco tempo depois do casamento, mudaram-se para Bocaiúva, para ocupar a gerência do Banco do Brasil, ainda novinha, jun tamente com outro colega montes-clarense, Mauro Machado Borges, mais tarde também meu colega no BB- Montes Claros. Foi em Bocaiúva a primeira experiência de Henrique no Rotary, do qual pouco tempo depois foi eleito presidente. De Bocaiúva, Henrique seguiu para a gerência de Januária, tarefa dificílima porque fase que ninguém queria pagar dívidas. Depois de muito trabalho dele, tudo ficou cem por cento certo, um êxito tão grande que ele teve uma promoção para Pato de Minas e, logo depois, para Uberaba, a segunda maior agência do BB no Triângulo Mineiro. Nova missão no Rotary,
a presidência do RC Uberaba-Sul, um grande e portentoso clube. Foi em Uberaba que ele concluiu o Curso de Direito, na FIUBE.

Acostumado com este nosso sertão norte-mineiro, veio novamente para o BB Montes Claros, ao tempo em que eu também já era funcionário. Aqui, ele já com família crescida, veio para o RC Montes Claros-Norte, apresentando-se com toda uma notável experiência. Atuação em quase todos os cargos, de novo a Presidência, aí já ano rotário 1986/87, presidente M.A.T. Caparas, e Governador o nosso querido Paulino Gontijo Queiroz Cançado, já com a nova identificação 4760. Muita a inspiração para muitas ações rotárias em benefício da nossa comunidade, principalmente em virtude do dinamismo do Governador e do seu padrinho em nosso Clube, o saudoso Ávilo de Oliva Brasil, por sinal, também nosso colega no Banco do Brasil.

Para aperfeiçoar seus conhecimentos rotários, o companheiro Henrique Veloso procurou sempre participar de todos os treinamentos e das Conferências Distritais, com uma ênfase internacional, na Convenção de Calgary, no Canadá, ótima oportunidade de conviver com centenas de companheiros de diversas nacionalidades, uma experiência extraordinária e inesquecível.

Sempre buscando saber mais, sempre colaborando, Henrique participou de muitas das nossas comissões, quando tivemos oportunidade de criar bem mais de uma dezena de Rotary Clubes, em Montes Claros e em toda a região, inclusive do RC de Januária, que tentávamos fundar há mais de dez anos e nunca conseguíamos.

Agora, segundo ele mesmo, com idade avançada, continua entusiasmadamente como membro atuante do RC de Montes Claros- Norte, de cujos cinquenta anos de existência, tem a honra e a grande alegria de participar, sob a dinâmica presidência do companheiro Gilvan Caetano dos Santos, através de quem parabeniza a todos as companheiras e companheiros.

Necessário dizer que Henrique Veloso Neto teve sempre uma vida mais do que ativa. Depois da gerência em Uberaba, ele foi o instalador da Agência Savassi, de Belo Horizonte, onde se aposentou (33 anos no BB) e de onde veio para Montes Claros. Aqui, muitas foram as suas funções e atividades cooperativas: Diretor da Sociedade Rural por quatro anos; Presidente do Credinor, por seis anos; Secretário Municipal da Fazenda, por três anos. Em tempo vago ou em tempo integral, sempre cuidou, com muito zelo, das suas atividades rurais e até de um pouco de advocacia.

Deixei, por último, para falar da família de Henrique, uma linda e grande família, com muita gente boa, comandada por ele e por Angelina. Filhos, Lídia, José Henrique, Álvaro e Inês; netos, Marcos Vinícius, Engelbert, Isabela, Luiza, Gabriela, João Henrique, Rafael e Gabriel; bisnetos, Sofia e Henrique; turma que é toda a sua razão maior na vida.

O querido companheiro Henrique Veloso Neto é Cidadão Honorário de Uberaba e Sócio Benemérito de várias entidades.
Tudo com muito merecimento!

Wanderlino Arruda


ROTARY CLUB DE MONTES CLAROS -
NORTE NASCEU SÉRIO

José Eduardo de Abreu

Há os que já nascem sérios, que falam como se estivessem sempre em dia de festa, sabendo organizar e temperar as conversas com princípio, meio e fim. Há os que nascem em perfeita e imponderável leveza de ser, construindo alegria e despertando admiração. Há os que vivem para construir e marcar cada ângulo de criatividade e amor ao progresso. Há instituições que já nascem para assinalar o seu viver com marca histórica. E aqui falo do Rotary Club de Montes Claros-Norte, criado por Nathércio França, exatamente trinta anos antes de quando tive a honra de ser presidente. Três encantadoras décadas de trabalho profícuo em benefício da comunidade.

Importante destacar a qualidade e o poder de prestação de serviços da equipe do RC Montes Claros-Norte em 1998/99, ano rotário praticamente final de século, encerramento em 30 de junho, faltando somente seis meses para o início de novo milênio. Aqui, a equipe de trabalho: Governador - Marcos Teixeira Almeida Furtado; 1º Vice-presidente – Francisco Pimenta Figueiredo Júnior; 2º Vice-presidente – Otaviano Figueiredo Barros; 1º - Secretário – Ávilo Oliva Brasil; 2ª Secretária – Ana Rodrigues Noronha; 1º Tesoureiro– Darcy Teixeira Reis; 2º Tesoureiro – José Argemiro dos Santos; 1º Protocolo – Jalmy José de Oliveira; 2º Protocolo – Renato Espírito Santo; Avenida de Serviços Internos – Antônio Brant Maia; Avenida de Serviços Profissionais – Henrique Veloso Neto; Avenida de Serviços à Comunidade – Antônio Miguel Ferreira; Avenida de Serviços Internacionais – Waldyr Senna Batista; Presidente Eleito – Francisco Pimenta Figueiredo Júnior; Presidente Indicado 1999/2000 – José Argemiro dos Santos; Governador Eleito – José Maria Marques Nunes. Uma grande e marcante equipe!

Importantes atividade do RC Norte no ano rotário 98/99:

1 - Comemoramos os trinta anos de fundação com uma reunião festiva e de gala no salão principal do Automóvel Clube de Montes Claros, quando prestamos várias homenagens por serviços comunitários, empossamos novos companheiros, servimos um jantar especial e tivemos um show musical com os grandes artistas Maristela Cardoso e Wanderdaick.

2 – Reuniões festivas dos Dia dos Pais, Dia das Mães e do Natal, todas com o apoio fundamental da Casa da Amizade, presidida por Sônia Fátima Pereira de Abreu.

3 – Festiva do aniversário da Casa da Amizade, quando esta presenteou todas as companheiras com um vaso de flores e um cartão relativa à data.

4 – Promovemos, juntamente com o RC de Montes Claros-Oeste, presidido pelo companheiro Carlos Alberto Falcão, um movimentado bingo na sede social do SESI, sorteio de muitos brindes, entre os mais valiosos, uma TV a cores. A renda foi destinada ao Natal das crianças da Creche Nosso Lar, construída na gestão do companheiro Victor Hugo Marques Pina, inicialmente o Clube de Mães da Vila Telma, depois ambulatório médico e, por fim, a Creche, que foi repassada à Prefeitura Municipal para administração e manutenção.

5 – Por ocasião do Natal, fizemos a distribuição de brinquedos e lanches para todas as crianças assistidas pelo RC Norte. O Papai Noel, nosso companheiro Jerônimo Brito, desfilou em carro do Corpo de Bombeiros pela cidade até a Creche, distribuindo balas às crianças que assistiam ao desfile.

6 – No mês de outubro, promovemos a sessão solene de entrega de Título de Mérito Profissional, realizada no auditório da Sociedade Rural, seguida de um bonito e movimentado coquetel para homenageados, familiares e convidados. Claro, também para a família rotária presente.

7 – Um marco importante na gestão dos trinta anos do nosso Clube foi a frequência cem por cento durante todo o ano, graças ao trabalho hercúleo do Secretário Ávilo Oliva Brasil, que estabeleceu a meta desde o início do ano rotário, com monitoramento semanal e cobrança de assiduidade a cada companheiro.

8 – Publicação a cores e em papel couchê de um Boletim Especial comemorativo dos trinta anos de fundação do Clube, editorial do companheiro Waldyr Senna Batista, (“O Melhor Clube do Mundo”). E mensagem da Presidência, dos companheiros Wanderlino Arruda, José Maria Marques Nunes, Luiz Pires Filho, Francisco Pimenta de Figueiredo Júnior, Flávio Rezende Byrro e da Presidente da Casa da Amizade, Celeste Carvalho Brant Maia.

9 – Tivemos a honra de presidir a solenidade de posse do companheiro José Maria Marques Nunes como Governador da passagem do Século e do Milênio.


ANO JUBILAR DO ROTARY NORTE

Luciano Dias Cardoso

Parece que foi ontem, precisamente em 28 de junho de 1994, data em que comemorávamos os 25 anos de fundação do Clube, ocorrido no ano rotário 1993/94, eu na presidência, e o Governador Júlio Márcio Duarte Correa no Distrito 4760. As comemorações foram realizadas nos salões da AABB Associação Atlética Banco do Brasil, com muita organização e uma alegria contagiante de companheiros e companheiras. À frente da Comissão Organizadora, o inesquecível companheiro Ávilo de Oliva Brasil, que conduziu tudo com dedicação e esmero, a quem o Clube rende homenagens póstumas.

O buffet foi de Jussara Pádua, quando contamos com a presença honrosa do Dr. Fábio Lafetá Rebelo, Presidente 1969/70 do Rotary Clube Montes Claros, nosso padrinho, além dos sócios fundadores Victor Hugo Marques Pina e Wanderlino Arruda, sempre frequentes a todas as nossas reuniões semanais.

O primeiro Presidente do nosso RC Norte foi o companheiro Benoni Gomes da Mota, notável organizador e com uma liderança nunca esquecida. Um grande Presidente! O Conselho Diretor do ano rotário 1993/94, meu ano de presidência, foi composto pelos companheiros Otaviano de Figueiredo Barros, Nunílio Rêgo, Heli de Oliveira Penido, Antonio Brant Maia, dentre outros que muito contribuíram para o êxito da gestão.

Ao longo da existência do Clube, foi grande a contribuição com o Distrito 4760, ao qual pertencemos, com quatro dos nossos companheiros na liderança maior, os Governadores Luiz Pires Filho, Wanderlino Arruda, José Maria Marques Nunes e Alexandre Pires Ramos. E Nelson Fonseca Leite nosso Companheiro de 95/98 para 2020/21, aos quais rendo agradecimentos pelas orientações rotárias, especialmente o governador Luiz Pires Filho e sua esposa Vera. Também meus agradecimentos à minha esposa Maria Nilce, pelo apoio, incentivo e colaboração.

O nosso trabalho no ano rotário 1993/94 foi dar continuidadeà Creche Nosso Lar, Rua Leonel Beirão, sob a direção da D. Cleonice Sousa, que assistia, com absoluta eficiência, a cerca de oitenta crianças. Demandando espaço físico maior, decidimos construir mais duas salas de aula, cuja inauguração contou com a presença do Governador Júlio Márcio e de muitos Companheiros, do nosso e de outros Rotary Clubes, sempre guiados pelo Lema “Acredite no que faz. Faça aquilo em que acredita”, do Presidente de RI, Robert Barth.


INTERCÂMBIO DE JOVENS

Yessa Arruda Espírito Santo

Alô, Tio Wanderlino (Sr. Presidente),

Estou mandando esse e-mail para agradecer ao Rotary Club de Montes Claros-Norte por ter me dado a oportunidade de passar por esta experiência maravilhosa que é o Intercâmbio de Jovens. Estou em Berlim há quatro meses. Inicialmente foi difícil para me acostumar com o estilo de vida alemão. São tantas as diferenças que eu poderia escrever páginas e páginas, porém não vou, porque como todos sabem, cada país tem a sua própria cultura.

Durante o tempo que estou aqui, presenciei o fim do inverno, a chegada da primavera e, agora, a chegada do verão... Tudo está muito lindo!!! Berlim é uma cidade verde, cheia de árvores, parques, flores... Quando cheguei aqui estava nevando, estava muito, muito frio. Foi um choque! E que choque!!!

No fim de abril participei do Eurotour. Conheci intercambistas do mundo inteiro. Agora tenho amigos em todos os lugares do mundo. Fomos a Viena, que é uma cidade muito linda, a Praga, que é simplesmente maravilhosa, a Veneza e a Verona, que são lugares encantadores, com pessoas muito alegres e amigáveis. Fomos também a várias cidades no sul da Alemanha que são totalmente diferentes de Berlim. Foi uma viagem inesquecível. Adquiri muito conhecimento sobre diversos lugares. Ainda estou na minha primeira família. O meu pai hospedeiro é rotariano, do Rotary Berlin-Nord (meu Clube). Toda família com pessoas muito legais. Tenho dois irmãos, um de dez e outro de quinze anos. Tenho uma irmã que está fazendo intercâmbio em Puebla, México.

Vou a uma escola alemã, entretanto, frequento uma classe europeia. Nessa classe, metade das matérias é ensinada em alemão e a outra parte em inglês. Isso é muito bom porque posso me treinar e aprender melhor os dois idiomas. Os meus colegas são ótimos. A maioria deles não é de alemães. São de vários lugares da Europa. O ensino é bem diferente do nosso sistema brasileiro. Aqui eles têm mais aulas práticas que teóricas. Tem também dois anos a mais de escola. Estou adorando o meu intercâmbio na Alemanha, e posso garantir que estou aprendendo muito. Já consigo conversar com as pessoas, embora ainda preciso aprender mais! O alemão é uma língua difícil demais! Mas tenho certeza de que com o tempo, vou ter muito progresso.

Finalmente, quero dizer muito obrigada a todos os rotarianos do Rotary Montes Claros-Norte por essa chance que estou tendo de conhecer novas culturas e aprender um novo idioma. Afinal, mesmo com muitas saudades do Brasil e de Montes Claros, vivo um lindo e proveitoso ano de 2004!

Muito obrigada!

(E-mail de 14 de junho de 2004)


LUIZ DE PAULA
ROTARIANO ILUSTRE

Luiz de Paula Ferreira é um milagre. Tudo na sua vida deu certo. Tudo: sonhos e realidade, jeito de ser e de viver. Comportamentos, atitudes, hábitos, numa receita sábia, e manhosamente aviada desde os velhos tempos de Roma: “Não basta ser, é preciso parecer”. Luiz – em todos os decênios que marcaram a idade do menino, do jovem e do adulto – foi e pareceu inteligente quase por um dever de fé e destinação. Querendo - quem sabe - até sem querer, jamais pôde fugir das luzes de uma generalizada admiração de próximos e distantes. Conservador e revolucionário, sempre teve como medida o comedimento, coisas de antigo PSD, que não fazia reunião sem antes tudo estar resolvido. Luiz sempre soube ver e antever, vestido e revestido de inigualável poder de avaliação. Sabido, tranquilo e limpinho como um gato, no dizer do nosso saudoso João Valle Maurício.

Em seus livros – conjunto fantástico de retalhos intensamente coloridos da vida interiorana brasileira do Século XX – Luiz de Paula é narrador e personagem, iluminador e fotógrafo, ao mesmo tempo retratista e retratado em cenas que ele próprio sempre se inseriu. Dono de poder material e imaterial, produziu textos mais do que vivos - do seu e do nosso agrado – encarnando e reencarnando uma tradição oral de esperteza, que muito será discutida no futuro, quando as máquinas e os chips ocuparem com primazia a diretiva humana. Os relatos, as crônicas, a prosa poética, até os contos que ele - por segurança e sabedoria, diz de ficção - representam o que a Literatura pode ter de melhor na fixação de imagens e vivências, conteúdo importante porque só possível aos que o viveram com entusiasmo.

Um pouco mais novo que Luiz, tendo vivido pelo lado de dentro e de fora de uma casa comercial - ouvinte e visualizador atento - bem sei do quanto o “relar” o umbigo no balcão valeu para nós. Ali nada passava despercebido no universo das pessoas e das coisas, seja ouvindo uma sanfona de oito baixos, seja engraxando sapatos ou controlando os movimentos sinuosos dos bêbedos. Era a vida imitando a vida, para criar memórias que só a escrita pode fixar, resumindo um musicar e um cantarolar de lembranças que só um bom narrador consegue pôr no papel.

Plurissignificativa, a Literatura faz com que certas personagens e situações ofereçam liberdade na interpretação dos textos, poucas vezes os mostrando imutáveis ou ensinando uma aceitação pura e simples. As palavras e o encadeamento de palavras sugerem visões que nunca pertencem somente àqueles que as escrevem. Uma vez materializado, o texto pertence mais ao leitor, à sua forma de pensar e agir, influenciado pela experiência linguística e pela cultura de cada um. Assim, os livros de Luiz de Paula vêm para marcar época, com lembranças e vontades mais do que gratas para quem as viveu e para quem gostaria de as ter vivido. Nele não há fotos em preto e branco, não há figuras esmaecidas ou distantes: tudo é colorido, cada movimento tem uma surpresa como se estivesse acontecendo e sendo vivido agora. Luiz é um cinegrafista sortudo – pode-se dizer com efeito Kirlian – que além de gravar o visível e tangível, consegue divisar nuances que só aos privilegiados Deus permite contemplar.
Bom para ele, melhor para nós!

Purista corajoso do idioma, Luiz de Paula Ferreira conduz o leitor à excelência da fala brasileira, com todo o condão de quem sabe fazer mágica com a inteligência e o gosto do verdadeiro contador de causos: no que toca à missão do homem no viver e conviver, no amar e no sonhar. Experimente-o como quem sabe sugar o sumo doce de uma jabuticaba bem madurinha, o andar de bicicleta em tempo de Primavera e o ver e ouvir o sapateado de um cantador de coco.

Concluo, afirmando que seus livros são desafios, trabalho em espanto de vida, aceitação de mistério. Suas páginas foram escritas em áureo e doce dealbar de músicas e de sonhos. Tudo plural: douradas iluminuras nas capas e, no interior, lindos coloridos, tudo bem serenado em universo de ideias. Um luxo!

Wanderlino Arruda


 

ROTARY
PERSONAGENS E ACONTECIMENTOS

Wanderlino Arruda

Alguns rotarianos bem famosos: Albert Sabin, George W. Bush, Thomas Alva Edison, Marconi), Winston Churchill, Margareth Thatcher), empresários Claude Vuitton, Thomas Mann, Luciano Pavarotti Takeda). Franklin Delano Roosevelt, John Kennedy, Woodrow Wilson e George Bush, Walter Elias Disney, Douglas MacArthur, Walt Disney, Neville Chamberlain, Hassan II de Marrocos, Rainier III de Mônaco, Nelson Pereira dos Santos e Charles Lindbergh. Também o nosso José Alencar Gomes da Silva e o quase nosso Jorge Mario Bergoglio, hoje Papa Francisco. Isso para não falar de Bill Gates, João Paulo II e Madre Teresa de Calcutá, rotarianos honorários.

Dos companheiros escolhidos por Nathércio França para compor o quadro de fundadores do RC de Montes Claros-Norte, dois só fizeram presença na reunião de fundação: Hélio Lessa e Sebastião Mateus de Carvalho. Arnaldo Dias saiu uns dois meses depois.

Em três quartos de século, o Rotary Clube de Montes Claros teve somente um companheiro duas vezes na presidência: Luiz de Paula Ferreira. A segunda presidência foi para marcar os primeiros cinquenta anos do Clube. Luiz aproveitou e fez os acabamentos finais da Casa do Rotariano: piso e pintura. Sempre fui muito grato a Luiz de Paula, porque foi dele como presidente, o convite que recebi, em 1955, para frequentar o Rotary como repórter d’O Jornal de Montes Claros, no antigo Hotel São Luiz.

Palavras da querida companheiro Maria de Lourdes Matos sobre o início do Projeto AVC Santa Casa: “Sou do Rotary Oeste há 17 anos e neste período sempre estive ligada às Comissões de Projetos à Fundação Rotária no meu Clube. Em janeiro de 2015, o então governador indicado Alexandre Pires Ramos convidou-me para integrar a equipe distrital dele para o ano rotário 2016/17. Quando soube do Projeto AVC, que iria atender 1,5 milhão de moradores do Norte de Minas, não hesitei nem um minuto em aceitar o desafio”.

De vez em quando, companheiros do RC Montes Claros-São Geraldo demonstram vontade de recriar o Clube. Principalmente quando acontece um evento em que muitos deles estão juntos em festas ou em velórios. Um dia a ameaça pode dar certo, queira Deus!

Os arquivos mais importantes de assuntos rotários em Montes Claros estão com o companheiro Hélio Morais e com a família de Luiz de Paula Ferreira. Disponho também de muito material, grande parte doada por Hélio e por Isabel e Luiz de Paula. Verdadeira fonte histórica!

Foi excepcional o crescimento do Distrito 4760, no meu ano de governadoria (1994/95). De 63 Rotary Clubes, passamos para 76. De 1475 rotarianos em junho de 1994, chegamos a 2004 em junho de 1995. Em 30/6/94, havia 21 mulheres; em 30/6/1995, as nossas companheiras eram 364, um aumento de 561,90%. O Distrito cresceu 35,86%, o que me proporcionou o Troféu Internacional Paulo Viriato, prêmio pela maior expansão no ano rotário e fundação de treze novos Rotary Clubes. Com o acréscimo de 527 novos rotarianos (529 no Distrito 4760), o Brasil passou para o 4º lugar no mundo.

Andrea Carpentieri, nasceu no dia 26 de dezembro do 1981 na Itália, tem dupla cidadania, italiana e britânica. Casado com Amanda Oliveira Couto, o casal tem uma filha de 5 anos, Maria Stella. Andrea foi nomeado pelo presidente Valentino Rizzioli como Representante da CâmaraÍtalo-Brasileira de Comércio e Indústria de Minas Gerais, para Montes Claros e região. Andrea Carpentierié o Diretor Executivo da Coppola Foods do Brasil, multinacional italiana com reconhecida tradição na produção e distribuição de produtos alimentícios de alta qualidade.

A Fundação Rotária, em 1985, lançou o seu programa de imunização contra a pólio, o Pólio Plus, quando a doença afetava mais de mil crianças por dia em todo o mundo. Ano passado – 2018 - pouquíssimos casos foram confirmados, no Paquistão e no Afeganistão – os únicos países onde a transmissão do vírus jamais foi interrompida.

Como organização voluntária na Iniciativa Global de Erradicação da Pólio, Rotary Foundation contribuiu com mais de US$1,5 bilhão e incontáveis horas de trabalho voluntário. Para cada dólar doado ao Rotary para a erradicação da pólio, haverá uma doação de dois dólares pela Fundação Bill e Melinda Gates, até 35 milhões de dólares por ano. Até hoje, quase três bilhões de crianças foram imunizadas contra a doença.

Em 17 de janeiro de 1992, o Rotary Clube Leste foi fundado pelo Montes Claros- Norte, comissão formada por mim, José Maria Marques Nunes, Alexandre Pires Ramos e Henrique Veloso. Foi o primeiro de Montes Claros a ter mulheres no quadro de associados, sendo a jornalista Felicidade Tupinambá, gestão 1994/95, a primeira mulher a presidir um clube de serviço no Distrito 4760.

Ao comemorar os nossos cinquenta anos de fundação, é importante salientar que a nossa maior vocação foi fundar novos Rotary Clubes, em verdade bem mais de uma dezena. Colaboração de todos, necessário é destacar o empenho direto dos companheiros José Maria Marques Nunes, Alexandre Pires Ramos, Henrique Veloso Neto, José Eduardo Abreu e Ávilo de Oliva Brasil. Participei muito em todas as etapas, inclusive com palestras e treinamentos.

Foi sempre um trabalho conjunto, com exceção do RC Montes Claros- São Luiz, atuação pessoal e total de Ávilo, que não gostava de trabalhar em equipe.

A partir de março de 2019, muitas as atividades do RC de Montes Claros-Oeste para as comemorações dos 25 anos de fundação. A Presidência 2019/20, tempo das principais atividades comemorativas, será exercida pelo Governador Said Schiller Campos, um dos fundadores ao tempo em que fui Governador do Distrito 4760. Já começaram por uma homenagem que recebi pelos meus cinquenta anos de Rotary. A Casa da Amizade trabalhará regida pela competência da Presidente Cida Campos.

Tive a honra de contar em minha Conferência Distrital, realizada no Automóvel Clube e na Escola Estadual Gonçalves Chaves, com a presença inesquecível do Diretor Archimedes Theodoro, Representante Pessoal do Presidente do RI, Bill Huntley, com o lema “Seja Amigo”. Foram 1998 inscrições, a segunda maior conferência em número de participantes da história do 4760. Archimedes Theodoro, uma legenda do mundo rotário, foi o grande líder que iniciou, em 1987, a Campanha Pólio Plus no Brasil.

A nomeação do Companheiro Andrea Carpentieri como Representante da Câmara Ítalo-Brasileira tem por finalidade fortalecer as relações comerciais entre Minas e a Itália e promover o desenvolvimento das cidades do interior. Andrea tem a missão de identificar empresas e empresários de origem italiana, estabelecer networks com empreendimentos com potencial importador e exportador. Cabe também a ele viabilizar a realização de seminários e de missões à Itália.

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Por indicação do Governador Alexandre Pires Ramos, fui o Representante do Distrito 4760, como Coordenador do Multi Pets realizado em Brasília-DF, sob os auspícios do Distrito 4530, que teve na Governadoria 2016/17 o ilustre companheiro José Ataíde Miranda Barretto. Foi o maior evento de treinamento de presidentes até hoje realizado, com maciças presenças de companheiros de Brasília-DF, Tocantins, Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso.

Em abril de 1975, a Conferência Distrital do Governador Frederico Camelier foi realizada em Montes Claros, no Automóvel Clube, decisão tomada na Conferência de Belo Horizonte. Eram presidentes dos Rotary Clubes em Montes Claros, Jorge Ponciano Ribeiro e Waldir Senna Batista. O Distrito era ainda o 452, com 42 Rotary Clubes. Foi nesse ano rotário que Montes Claros contou com dois marcos importantes: o nome do Rotary em uma praça do Bairro São Luiz e o monumento de boas-vindas instalado no Trevo da BR 135.

Do ex-Presidente do RI, William C. Carter: “Frequentemente descrevo o Rotary como “a poesia da vida”. Se o ganhar a vida e a rotina de nossa vida diária é a prosa, então, ao meu ver, Rotary é poesia; o meio pelo qual se enriquece a vida de todos aqueles que entram em contato com ele, seja como rotariano, membros de família de rotarianos ou membros da comunidade nas quais existem Rotary Clubes”.

Bom e importante para mim foi o encontrar, em meu arquivo, o Termo de Posse dos Membros do Conselho Consultivo e Honorário nomeados na Assembleia Geral Extraordinária da Associação Brasileira da“The Rotary Foundation” realizada em 8 de março de 2013.

Entre as assinaturas, os nomes de Mário Antonino, Tarcísio Muratori, Aldair Franco, a minha e as dos meus queridos companheiros da Coordenação da Fundação Rotária no Brasil, Flávio Mendlovitz e Gedson Bersanete.

O Presidente Gilvan Caetano dos Santos nasceu em Guaraciama, que fica entre Bocaiúva e Itacambira, e foi lá que fez o curso primário. Veio para Montes Claros em 1974 e aqui estudou na Escola Estadual Plínio Ribeiro. O curso técnico de Contabilidade foi Instituto Norte Mineiro de Educação, onde também estudei. O curso superior de Contabilidade e Finanças Públicas, em 2002, foi na Fadec/Unimontes. Gilvan chegou ao RC Montes Claros-Norte em 1994, agora um feliz presidente e importante líder nas comemorações do cinquentenário.

Nelson Gomes dos Santos, que é natural de Buenópolis, foi um excelente estudante em Belo Horizonte do primeiro grau até o Curso de Direito.
Tem Pós-graduação em Direito Tributário, concluída em 2009. Nelson, antes de chegar ao Quadro da Secretaria da Fazenda, foi auxiliar de enfermeiro no Hospital Psiquiátrico Santa Clara, almoxarife na Lavanderia Eureka, recepcionista na Mannesmann e Agente Administrativo no Ministério da Aeronáutica. Maior posto: Auditor Fiscal da Receita Estadual de Minas Gerais. Ao Rotary chegou em 2000. Um vencedor!

No calendário do Montes Claros-Norte, Henrique Veloso Neto tem dois anos a mais que Geraldo Cardoso de Almeida, quatro anos a mais que eu, Valdir Veloso e Victor Hugo; seis a mais que Waldyr Senna. Razão lógica: ele nasceu em 15 de julho de 1930 e nós outros um pouco depois. Uma coisa é inegável, a que todos nós nascemos antes do início da Segunda Guerra Mundial, primeiríssima metade do Século Dezenove!

Em uma velha folha mimeografada de um boletim semanal do RC Norte: “É com satisfação que dirigimos os nossos cumprimentos e saudações aos novos Companheiros que hoje são empossados, o que para todos nós já constitui a realização de parte de uma das metas do presidente Oswaldo Antunes. São nossos novos companheiros: Philomeno Ribeiro Pires, Alvimar Gonçalves de Oliveira, Orlando Antunes Pereira, Antônio Brito, Geraldo Borges e José Carlos Pereira”.

Um novo Rotary Club de Montes Claros viria a surgir dezenove anos depois do primeiro (1926), final de 1945, por iniciativa dos médicos Hermes de Paula, Antônio Moreira César e Levy Lafetá, que convidaram o fundador de 1926, Antônio Augusto Teixeira, para primeiro presidente. O novo clube teve também a participação dos estimados companheiros Luiz de Paula Ferreira, Josias Loyola e Hélio de Moraes.

Palavra do jornalista Benedito Said em um jornal de 2005: “O Rotary faz serviços e apoia ações de cunho verdadeiramente transformador.
Beneficiou Montes Claros na reabilitação da Escola Normal, na ampliação do Asilo São Vicente, na fundação da Associação Comercial e Industrial, de duas companhias telefônicas, da Escola Brasil-Estados Unidos, do Colégio São José, da Caemc, da Coopagro, do Pentáurea, do 55º Batalhão
do Exército, de parte da Escola Vovó Clarice, da Esquadrão da Vida, da Escola-fábrica de Miralta, do Hospital Aroldo Tourinho e de muitas lavanderias comunitárias, escolas e creches, além da vinda do sinal de TV. Se eu colocasse tudo que o Rotary fez, a lista seria muito maior”.

Numa fase de grande entusiasmo para a criação de NRDC -Núcleos Rotários de Desenvolvimento Comunitários, iniciados na Governadoria de Roberto Sá de Noronha, o Rotary-Norte fundou, em 2001, o
NRDC Nathércio França no Bairro Doutor João Alves, funcionamento
nas dependências do CCVEC - Centro Comunitário de Vivência Cristã
Nathércio França. Eleito por unanimidade, tomou posse na presidência o professor Luiz Flávio Pereira, docente da UFMG/Instituto de Ciências
Exatas (ICEx) e do Campus da Regional de Montes Claros.

No discurso de inauguração do primeiro Rotary montes-clarense, em 1926, o advogado Alfredo Coutinho bradou entusiasmadamente que “Se o Rotary era bom para o Rio de Janeiro e São Paulo, seria melhor ainda para Montes
Claros”. A cidade tinha cerca de quinze mil habitantes, tempo em que Chiquinho Guimarães batalhava para terminar os alicerces da futura Catedral.

Destaque no Jornal de Notícias, de 19/7/2003: “James L. Lace, Ex-presidente do Rotary International e Presidente da Rotary Foundation, acaba de nomear o montes-clarense Wanderlino Arruda (Governador 94/95) para o cargo de Coordenador da Fundação Rotária brasileira, nas regiões, Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste, biênio 2004/06. A coordenação da Fundação Rotária é a segunda mais importante atribuição na hierarquia do Rotary, no Brasil, tendo à frente apenas a Diretoria Internacional. Cabe ao coordenador a formação de administradores, a divulgação de projetos, o incentivo à arrecadação de fundos comunitários e o monitoramento das comissões regionais”.

Há mais de trinta anos, o Rotary Norte mantém a festiva dos Méritos Profissionais, ultimamente realizada no Auditório da Amans. Os homenageados são pessoas de todos os níveis sociais, com mais de trinta anos de atividade em Montes Claros, ênfase na vida em família, principalmente na educação dos filhos. Alguns casos interessantes: um porteiro de escola com três filhos médicos e engenheiros; um motorista de ônibus com engenheiros, médicos e advogados; uma senhora de 93 anos com quarenta netos e bisnetos formado em cursos superiores, vários com mestrado e doutorado. Maior mérito educacional: um comerciante com doze filhos, todos formados em universidades.

Vale ser anotado pelos historiadores: o Ex-governador Alberto Pires Amarante, em seu substancial livro “Contribuição à História do Rotary no Brasil”, páginas 37/39, fez referências ao RC Montes Claros, clube que foi comprovadamente o terceiro do Brasil, uma vez que o Rotary Club de Belo Horizonte só viria em 1927 e o de Juiz de Fora em 1928. Antes de assumir a Governadoria do Distrito 4760, em 1994, visitei o Rotary Club do Rio de Janeiro e fui recebido com extremo carinho pelos companheiros cariocas. Foi lá que busquei, nos velhos arquivos de 1926, os documentos da fundação do Rotary Club de Montes Claros. A fotografia de parte da primeira Diretoria do RC Montes Claros, que está na sala de reuniões da Casa do Rotariano, foi batida pelo Representante do RC Rio de Janeiro e membro da Embaixada Americana no Brasil, diplomata Robert J. Shalders. Ele havia prometido ao fundador Niquinho Teixeira vir a Montes Claros, quando da inauguração do Clube.
Primeira diretoria do Rotary Clube de Montes Claros, fundado em 1926:

Presidente – Dr. José Corrêa Machado
Vice-presidente – Farmac. Antônio Augusto Teixeira
Secretário – Dr. Alfredo Coutinho
Subsecretário – José Proença Costa
Tesoureiro – Prof. Cícero Pereira
Diretor de Protocolo – Dr. Rubens dos Reis Teixeira
Diretores – Dr. José Tomaz de Oliveira, Dr. Marciano Alves Maurício e Farmac, Mário Versiani Veloso
Suplentes – Prof. Artur Vale, Froes Neto e Farmac, Antônio F. de Oliveira.

Entre as muitas realizações do Rotary em Montes Claros, vale ressaltar a instalação das duas primeiras companhias telefônicas, a construção do estacionamento para animais na Rua Pires e Albuquerque, a colocação dos primeiros sinais de trânsito, a construção do Colégio São José, a instalação do Centro Cultural Brasil-Estados Unidos, a modernização do Hospital Aroldo Tourinho, a ampliação do Asilo São Vicente de Paulo, a construção da creche Nosso Lar Bairro Doutor João Alves, a Cooperativa Escola-Indústria de Confecções em Patis, a construção da primeira Escola Profissional, de duas escolas no Bairro Distrito Industrial e na Estrada da Produção, a manutenção de uma padaria, do Centro Cívico da Vila Murici, do Centro Odontológico Vovó Clarice. O mais recente grande projetoé AVC Santa Teresa de Calcutá, com a Santa Casa.

Por algumas vezes a realização pelo RC Montes Claros-Norte do Concurso “Melhor Companheiro”, destinado a jovens estudantes maiores de doze anos. A eleição dos candidatos sempre foi feita por votação dos corpos docentes e discentes das escolas, considerando méritos de competência,
desempenho e comportamento disciplinar. Entre os nossos bons rotarianos votados como “Melhor Companheiro” estão nosso Governador Alexandre Pires Ramos e o saudoso Luiz Salvador de Almeida.

De fundadores do RC Montes Claros-Norte, agora somos somente dois: Victor Hugo Marques Pina e eu, por sinal também com o mesmo tempo de vida. Estamos chegando aos oitenta e cinco, porque nascemos em 1934, ele em Mangualde, Norte de Portugal, eu em São João do Paraíso, Norte de Minas. Quando Victor chegou ao Brasil em 1954, tive a honra de ser seu professor de Inglês e Português na Escola Normal Plínio Ribeiro, sobradão da Rua Coronel Celestino. Somos companheiros também no Elos Internacional, ele fundador do Elos Clube de Montes Claros em 1966, e eu elista um ano depois.

Considere-se muito importante para Montes Claros a participação do Rotary nas providências para asfaltamento da rodovia Montes Claros-Belo Horizonte, da construção do Aeroporto, da instalação dos cursos superiores (Financiamento da Fundação Luiz de Paula) e da construção de creches e lavanderias comunitárias. Um grande acontecimento foi a participação direta no acordo para eleição do rotariano Antônio Lafetá Rebelo para prefeito do nosso Município, primeiro passo para a pacificação
e para uma nova fase de progresso.

Dois deputados rotarianos, de Montes Claros, através de emendas no Congresso Nacional, permitiram a construção, pelo Rotary, da primeira escola profissional na antiga estrada para Pirapora (hoje Bairro Ciro dos Anjos). Foi desapropriada na primeira gestão do prefeito Luiz Tadeu Leite, compensada por uma boa soma em dinheiro e pelo terreno, onde foi construída a Casa do Rotariano.

Rotary Clubes criados por rotarianos de Montes Claros; Diamantina, Curvelo, Pirapora, Francisco Sá, Brasília de Minas, Bocaiúva, Capitão Enéas, Janaúba, São Francisco, São Romão, São João da Ponte, Januária, Manga, Jaíba, Monte Azul, Mato Verde, Porteirinha, Ibiá, Japonvá, Varzelândia, Mirabela, Itacarambi e Ubaí. Merece destaque a fundação dos RC Montes Claros-Norte, São Luiz, São Geraldo, Leste, Sul, Oeste, União, Sudeste, Princesa do Norte e Liberdade, três deles não mais funcionando.

Foi na presidência de um dos fundadores do RC Montes Claros- Norte, o companheiro Victor Hugo Marques Pina (1978/79), o recebimento em doação, por Nathércio França, de um terreno no Bairro Doutor João Alves e a construção do “Clube de Mães da Vila Telma”, imóvel mais tarde adaptado para o funcionamento do Creche Nosso Lar, hoje funcionando em parceria com a Prefeitura.

Duas instituições importantes de Montes Claros, o Elos Clube e o Rotary tiveram em comum alguns presidentes: Hermes de Paula, João Valle Maurício, Áflio Mendes de Aguiar, Wanderlino Arruda, Osmar Cunha, Victor Hugo Marques Pina, Pedro Evangelista de Morais, Alexandre Pires Ramos, Aluízio Souza Monteiro, Luiz Pires Filho, Luciano Dias Cardoso, Antônio Brant Maia e João Darcy Gonçalves Santos.

Entre Rotary, Elos e Casa da Amizade, os rotarianos Frederico Espírito Santos Araújo, Marieta Gentil F. Araújo, Valdir Veloso Figueiredo, Maria Denize Oliveira Barros, José Maria Marques Nunes, Milton Souza Santos, Antônio Augusto Souto, Josefina Abreu de Paula, Olímpia Rego Arruda, Yvonne Silveira, Maria das Graças Machado, Maristela de Azevedo Freitas, Heli Penido, Lygia dos Anjos Braga, Clarice Sarmento, Laury Rego Cunha, Nunílio Ramos Rego, José Nildo e Silva, João Carlos Sobreira, Ana Valda Vasconcelos, Valdir Veloso Figueiredo, Dário Teixeira Cotrim, José Linhares Frota Machado, Antônio Jorge, Cibele Veloso Milo, Regina Peres e
Rubens H. Brasil Correia.

Associados comuns do Rotary, Casa da Amizade e do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros: Florinda Ramos Pina, Isabel Rebello de Paula, Felicidade Tupinambá, Wanderlino Arruda, Maria Inês Silveira Carlos, Waldir Senna Batista, Dário Teixeira Cotrim, Newton Carlos Amaral Figueiredo, Ana Valda Vasconcelos, Itamaury Teles de Oliveira, Evaldo Jener de Fátima, Benedito de Paula Said, Petrônio Braz, Júnia Veloso Rebello, Maria Jacy Ribeiro, Virgínia Abreu de Paula, Maria Clara Lage Vieira e Terezinha Teixeira Santos.

Pertencentes ao Rotary e ao Banco do Brasil são vários colegas e companheiros: Waldemar Heyden, Hélio de Morais, Henrique Veloso Neto, Mauro Machado Borges, Wanderlino Arruda, Waldyr Senna Batista,Ávilo de Oliva Brasil, Samuel Souza Figueira, Sebastião Mateus de Carvalho, Milton Souza Santos, Dário Teixeira Cotrim, Itamaury Teles de Oliveira, Claudionor Souza Barral, Ivo Steling, Norma Barral, Joao Lopo Madureira e Pedro Evangelista de Morais.

Do ensino superior, Funm, Unimontes e do Rotary: José Geraldo Freitas Drumond, Marcelo Furtado, Paulo Cesar G. de Almeida, Wanderlino Arruda, José Henrique Barbosa de Oliva, José Nildo e Silva, Lúcia Teixeira de Souza, Georgino Jorge de Souza, Maria do Socorro Carvalho Silveira, Reinaldo Marcos B. Teixeira, Nely Rachel Veloso Lauton, Walter Lima Ferreira, Jorge Ponciano Ribeiro, Cibele Veloso Milo, Miriam Carvalho, Raimundo Nonato de Freitas Júnior, Ruth Tolentino Barbosa, Ivo das Chagas, Maria Cleonice Souto Freitas, Regina Peres, Benedito Said, Ana Clarice Teixeira, Lauro Danilo de Paula, Manoel de Sales Coutinho, Jorge Luiz de Almeida, Ruy e Édila Klassmann, Vera de Castro Bernardes, Afrânio Nogueira e Alciliano Ribeiro.

Muitos os fazendeiros no Rotary: Luiz Pires Filho, Luiz de Paula Ferreira, José Maria Marques Nunes, Alexandre Pires Ramos, Heli Oliveira Penido, Oswaldo Antunes, José Carlos Pereira, Benoni Gomes da Mota, Victor Hugo
Marques Pina, Osmar Cunha, Ávilo de Oliva Brasil, Jalmy José de Oliveira, Henrique Veloso Neto, João Darcy Gonçalves Santos, Luciano Dias Cardoso, Francisco A. Peres Correia Machado, José Rego, Arnaldo Benício Athayde Dias, Feliciano Oliveira, Georgino Jorge de Souza, Claudionor Souza Barral, Antônio e Fábio Lafetá Rebello e Armando Massiere.

Com a classificação de Bancários no Rotary: Henrique Veloso Neto, Waldyr Senna Batista, Wanderlino Arruda, Afonso Rodrigues Avelar, Mauro Machado Borges, Itamaury Teles de Oliveira, João Batista Rodrigues da Cunha, Waldemar Heyden, Ávilo de Oliva Brasil, Milton Souza Santos, Norma de Oliveira Barral, Luciano Dias Cardoso, Francisco Peres Correia Machado, Claudionor Souza Barral, Heli de Oliveira Penido, Euclides Monte Alto de Novais, Hélio de Morais, Ivo Steling, Samuel Figueira, Paulo César Prates Oliveira, Dário Teixeira Cotrim, José Aroldo Soares, Joaquim Soares de Jesus, Eron Gonçalves da Cruz, Edgar Rezende de Oliveira, Protásio Gontijo e Barcelos, Hélio de Morais, Euclides Monte Alto Novaes, Gilson de Oliveira Souza.

Maçons e rotarianos ao mesmo tempo: Luiz de Paula Ferreira, José Gomes de Oliveira, Wanderlino Arruda, Georgino Jorge de Souza, Antônio Lafetá Rebello, Ricardino Francisco Tófani, Tarcísio Iran Rego, Ariovaldo de Melo Filho, Waldyr Senna Batista, Dário Teixeira Cotrim, José Rego, Manoel Vasconcelos, Geraldo Novais, Elias Siuffi, Samuel Figueira, Itamaury Teles, Henrique Veloso Neto, Marcelo Furtado, Elias Siuffi, Antônio Meira, Francisco Peres Correia Machado, Valdir Veloso Figueiredo, Luiz Salvador de Almeida,

Edmilson Rodrigues Cordeiro, Euclides Monte Alto Novais, Hélio de Morais, João Henriques Ribeiro, João Walter Godoy Mata Machado, José Dercy de Araújo, Milton Moreira Chaves, João Batista Rodrigues da Cunha,Joaquim Soares de Jesus, Múcio Correia Machado, Oscar Levinson, Renê Rodrigues Xavier, Geraldo Machado, Ivo Steling, João Xingó de Oliveira, José Juscely de Lima, Valério Ubiracy Ferreira, Gilson de Oliveira, Rodolfo Cândido de Souza, José Aroldo Soares, Waldemar Heyden, Geraldo Veloso Barbosa, e Eron Gonçalves da Cruz.

A maior contribuição no Rotary tem vindo da área do Direito– Antônio Soares Dias, Luiz de Paula Ferreira, Wanderlino Arruda, Alexandre Pires Ramos, Maria Socorro de Carvalho Silveira, Waldyr Senna Batista, Heli Penido, Elias Siuffi, Waldir Veloso Figueiredo, Eunice Veloso Souto, Vivianne Romanholo, Nelson Gomes dos Santos, Oliver Aquino Oliva, Antônio Augusto Souto, Edilson Bernardes Carneiro, Geraldo Veloso Barbosa, Manoel de Sales Coutinho, Jairo César Aquino, Afrânio Nogueira Soares, Arnaldo Benício Athayde Dias, Itamaury Teles, Dário Teixeira Cotrim, Henrique Veloso Neto, Oswaldo Antunes,Ávilo de Oliva Brasil, João Pereira Aguiar, Ulisses Santos Abreu, João Darcy Gonçalves Santos, Maria Neusa Rodrigues, Carmen Lúcia Antunes Marques, Ronaldo Pereira dos Santos, Leonardo Linhares Drumond Machado, Valdeir Corrêa, Luiz de Paula Ferreira, Jair Renault de Castro, José Prudêncio de Macedo, Georgino Jorge de Souza, Elias Siuffi, Alciliano Ribeiro, Afrânio Nogueira, Hermes Astrogildo, Reinaldo Teixeira, Geraldino Gonçalves Coelho, Murilo Edgard de Siqueira, Hermes Astrogildo de Souza, José Hélio Brandão, João Walter Godoy da Mata Machado, José Oliveira Souza, Joel Cruz Filho, Armando Eduardo de Oliveira, Iesus Racine Gonzaga, Bruno Henrique de Carvalho Neves, Maíra de Morais Ferreira, Walter Suzart Júnior, Denise Moreira Prates, Edmundo Araújo Filho, Edson França Lino, Ney Ataíde Maia, Fernando Nery Sizilio, Júlio Cesar Cangussu Souto e Neilson João Batista.

Farmacêuticos e rotarianos - Antônio Augusto Teixeira e Antônio F. Oliveira, Renault Oliveira Botelho, Sílvio Edson de Freitas, Ivan de Souza Guedes.

Um bom número de médicos: Hermes de Paula, Plínio Ribeiro, Antônio Moreira César, Luiz Pires Filho, Áflio Mendes de Aguiar, Antônio Soares Veloso, José Olímpio Dias, Walter de Lima Ferreira, Manoel Silvério Neto, Marcos Teixeira Almeida Furtado, Renato do Espírito Santo, Francisco Pimenta Figueiredo Júnior, José Geraldo Freitas Drumond, Pávilo Bernardina de Miranda, Newton de Oliveira, Oswaldo José de Morais, Dilson de Quadros Godinho, Eduardo Morais, Graciana Guerra David, Hudson Prates, José Nildo e Silva, Carlúcio Cardoso de Almeida, João José O. Amaral, Gilberto Teixeira Almeida, Cláudio Pereira, Eli Vicente Costa e Flor de Maio Polo.

Veterinários/Odontólogos/ Bioquímico/ Fisioterapeutas: Otaviano Souza Pires Júnior, Antônio Silveira de Sá, Luiz Mana Neto, Marisa Salim Egídio, Sebastião Moreira, Raimundo Nonato de Freitas Júnior, José Juscely de Lima, , Geraldo de Paula Vale, Regina Alvarenga Junqueira, Fabíola Belkiss Santos Oliveira, Ricardo Carvalho Lopes Silva, Luciene Voumard Cordeiro, Christian Kleber C. de Almeida, José Levy Fernandes Júnior, Joseane Chaves de Toledo, Mônica da Silva Furtado, Geralda Cristino Gomes, Paola Rita Rodrigues Casassanta, Alencastro Pereira de Souza, Afonso Ligório Santiago, Carlos Alberto Maia, Donizete Ferreira, Elizabeth Sandra Souza Xavier, Hemilson Leão Monteiro, José Edailson R. Cordeiro, Walter Antonio Ferreira, Ailton Menezes Filho.

Engenheiros/Arquitetos/Agrônomos: João Bosco Martins de Abreu, Sérgio Antônio Cavalieri, João Carlos Sobreira, José Eduardo Abreu, Andréa Arruda Vilella, Danilo Terence Gonçalves, Kleber Caldeira Cunha, João Henriques Ribeiro, Maurílio Rodrigues Moura, Afonso Rodrigues Avelar, Ângelo Pinheiro, Otaviano Figueiredo Barros, Emílio Ramirez, Hélio José de Mesquita, Thaíse Teixeira de Almeida, Antônio Edvaldo Mourão, Maria de Lourdes Pimenta Crosland Guimarães, Sérgio Quadros, Gil Rocha, Marieta Gentil F. Araújo, Leonardo Oliva Soares, Tadeu Maurício Soares, Ângelo Sá Motta Pinheiro, Alvino Claudionor Oliveira Nobre, Luciano Maciel, Bruno Brasileiro Zefirino, Marcos Vinicius H. Rezende, Marcus Leopoldo Freitas Athayde, João Hermelino Pimenta de Carvalho, Glaucia Medeiros Sizilio, Eduardo Andrade Veloso, Francisco C. M. Freitas, José Antônio Ribeiro, José Fausto Ferreira e Marcos Vinicius Rezende.

Economia/Administração/Contabilidade: Marcelo José Martins Furtado, Geraldo Matos Guedes, Sebastião Mateus de Carvalho, Wanderlino Arruda, José Henrique Barbosa de Oliva, Ávilo de Oliva Brasil, Marco Túlio Pimenta, Ariovaldo de Melo Filho, Iracema da Silva Moura, Márcia Genoveva Rafael Versiani, Maria Sueli Viana Martins F. Souza, Hércules Coimbra Brasil, Gilvan Caetano dos Santos, José Aroldo Soares, Jaqueline da Conceição Camelo, Eloena Gonçalves da Silva Andrade, Abgail Lima do Rosário, Valdeci Fagundes de Oliveira,

Professores: Nely Rachel Veloso Lauton, Pedro Evangelista de Morais, Wanderlino Arruda, Luiz Pires Filho, José Henrique Barbosa de Oliva, João Lopo Madureira, Regina Peres, Maria Cleonice Souto Freitas, Geraldo Matos Guedes, José Nildo e Silva, Maria Denize Oliveira Barros, Pedro Evangelista de Morais, Antônio Jorge, Ávilo de Oliva Brasil, Lúcio Tolentino Amaral, Luiz Salvador de Almeida, Otaviano S. Reis Júnior.

Poucos os jornalistas, tidos como profissionais, no Rotary em Montes Claros: Waldir Senna Batista, Oswaldo Alves Antunes, Wanderlino Arruda, Felicidade Tupinambá, Attílio Faggi Júnior. Algumas classificações raras: Maria de Lourdes Matos, da área de Informática; Álvaro Luiz Carvalho Veloso, da Zootecnia; padres Raymundo Tadeu de Carvalho, Geraldo Majela de Castro, Antônio Alencar Monteiro e Aderbal Murta, da Religião Católica. De festas e eventos, a querida Ildete Marques de Freitas. De consórcios: Iracema da Silva Moura. Segurança: Jacinto Paulo Faustino.

Industriais e comerciantes: Foram ou são muitos: Antônio Fraga, Luiz de Paula Ferreira, João Bosco Martins de Abreu José Eduardo Abreu, Geraldo Borges, Alexandre Pires Ramos, João Ferreira Cardoso, José Osório de Oliveira, Selmar Santos Oliveira, José Felinto, Armando Peres Artacho, João Hamilton Alves Ruas, Alexandre Machado Colares, Ewany Ferreira Borges, Geraldino Coelho, Danilo Terence, Victor Hugo Marques Pina, José Maria Marques Nunes, Jalmy José de Oliveira, Valdir Veloso Figueiredo, José Linhares Athayde Machado, Túlio Góes Pimenta, Nazareno Miranda,
Laudemares Caldeira, Rosalice Wanderley, Valmir Santos, Sandra Ladeia Costa, Geraldo Cardoso de Almeida, Gilberto Eleutério, Gilberto Gualter dos Santos, Paulo Roberto Leite, Antônio Bontempo, Carlos Roberto Santos, Ivair Antonio de Jesus, João Antônio Carvalho, Newton Cardoso de Almeida, Noélio Boaventura, Olinto Lopes Filho, Ronaldo Luiz, Rogério Alves Silva, Severino Nunes Botelho, Eunilda Orlinda de Souza, Genésio Tolentino, Maria de Lourdes Rego, Paulo Leonardo Santos, Talita de Morais Ferreira, Aparecida Boaventura, Elba Cardoso.

Fundado o Rotary Clube de Montes Claros -Leste, em 1992, e tendo a nossa querida Felicidade Tupinambá em pleno exercício da presidência, chega à porta o saudoso Josias Loyola, repara naquele poderoso número de mulheres, sorri e diz:“Ah se Niquinho Teixeira visse uma coisa dessa!”.
Niquinho Teixeira, fundador do RC Montes Claros em 1925, claro, não poderia conceber mulheres em nossas fileiras, porque elas só chegaram depois do Conselho de Legislação em 1989.

Associados do Rotary Clube de Montes Claros-Norte em maio de 1975, presidência de Waldyr Senna Batista: Antônio Augusto B. Moura, Antônio Brant Maia, Antônio Diniz Camargos, Antônio Meira, Antônio Soares Dias, Ávilo de Oliva Brasil, Benoni Gomes da Mota, Carlúcio Avelino Pereira, Cláudio Sérgio Oliveira, Demerval José Moreira, Emílio Ramirez, Gasparino Bicalho Barros, Geraldo Gonçalves Pereira, Geraldo Borges, Ivan de Souza Guedes, Izar Santos Alves, João Bosco M. de Abreu, João dos Santos Abreu, José Carlos Pereira, José Comissário Fontes, José da Conceição Santos, José de Freitas Soares, José Gomes de Oliveira, Luiz Pires Filho,
Mauro Carvalho Lafetá, Newton Calos A Figueiredo, Nirceu Lopes da Silva, Olímpio Diório Mól, Oswaldo Alves Antunes, Pacífico S. Rodrigues, Raymundo Tadeu de Carvalho, Ramon Leite, Ricardino Francisco Tofani, Victor Hugo Marques Pina, Waldyr de Senna Batista e Wanderlino Arruda. Em abril de 1974, outros três nomes: Alarico Rodrigues de Sá, Francisco Abner Peixoto de Alencar e Jackson Athayde.

As primeiras mulheres rotarianas de Montes Claros foram do RC Leste (Clube misto), fundado em janeiro de 1992 pela comissão nomeada pelo Governador Felicíssimo Moraes e Barros, composta como sempre por gente do Montes Claros-Norte: Wanderlino Arruda, José Maria Marques Nunes, Alexandre Pires Ramos e Henrique Veloso Neto, destaque indispensável para a jovem que foi a primeira presidente de Rotary do Distrito, a jornalista Felicidade Tupinambá. Tudo isso está sendo dito, para dizer que, no Montes Claros-Norte, as primeiras rotarianas foram Ana Rodrigues Noronha e Dulce Consuelo Guedes, indicadas por Alexandre, que as conhecia, em longo convívio de trabalho, na Matsulfur e no Hospital Aroldo Tourinho. Ana e Dulce, que participaram de várias diretorias, fazem parte hoje da nossa Galeria da Saudade.

Dos 46 presidentes do RC-Norte, quatro não nasceram no Brasil: Emílio Ramirez Viegas, boliviano; Victor Hugo Marques Pina, José Maria Marques Nunes e Frederico Espírito Santos Araújo, os três do Norte de Portugal. Marques e Victor, de Mangualde, e Frederico, de Vila Real.

Entre os muitos homenageados pelo Rotary-Norte com o diploma de Mérito Profissional, contam-se Carlos Rodrigues Monção, Dirceu Mendes Alves, Nivaldo Maciel, Raul Ferreira, Sebastião Caetano Prates, Tadeu Lages, Walmir Maximino da Cruz, Filó Pereira, Dulce Guedes, Lola Chaves, Júlio César de Melo Franco, Dr. José Rameta e Dra. Maria de Jesus, Edite Bastos e Clarice Sarmento.

Antônio Brant Maia nasceu em Juramento e veio para Montes Claros em 1944, bem menino. Curso primário no Gonçalves Chaves, ginásio no Colégio Diamantinense, Odontologia na Faculdade do Triângulo Mineiro, em Uberaba. Diretor e presidente da ABO/MOC, presidente e Governador o Elos Internacional/ Montes Claros. Fundador do RC Montes Claros-Norte, ocupou todos os cargos do Clube, sendo presidente por duas vezes, 1987/88 e 2001/02. O casal Brant/ Celeste Carvalho Brant Maia deu a Montes Claros três filhos: Leonardo, Tatiana e Bernardo.

Tenho a honra de ter tido um afilhado e duas afilhadas em Rotary na Governadoria do Distrito 4760: Said Schiller Campos, do RC Montes Claros-Oeste (2005/06); Maria Inês Silveira Carlos, do RC de Francisco Sá-Norte (2009/10) e Maria Socorro de Carvalho Silveira, do RC de Montes Claros-Sul (2012/13), os três com administração das mais destacadas, fruto da capacidade de liderança e do máximo de entusiasmo. Suas Conferências Distritais foram das maiores realizadas no 4760. A de Said em Caldas Novas, as de Socorro e Inês em Montes Claros, no Automóvel Clube e na parte social do Parque de Exposições João Alencar Athayde.

As primeiras mudanças e reorganização da Praça Rotary, foram realizadas pela Companheira Ana Maria Almeida, do RC Montes Claros-União. Um lindo trabalho de paisagismo, iluminação, criação de ambientes para esportes e lazer. Agora, em 2019, uma comissão formada por todos os Rotary Clubes e pela Secretaria de Meio Ambiente, já se vê mergulhada em planejamento para uma completa atualização. Representando o RC Norte, o Companheiro
Andrea Carpentieri.

Fechada a Escola Normal em 1938 pelo governador Benedito Valadares – que alegou falta de recursos – foi quinze anos depois recuperada por iniciativa do Rotary. Trabalho hercúleo do professor Plínio Ribeiro, mais tarde doador do amplo terreno, no Jardim São Luiz, onde o estabelecimento tem o seu nome: Escola Estadual Professor Plínio Ribeiro.

Heloisa Veloso dos Anjos Sarmento, de quem agora comemoramos o centenário, foi minha confreira da Academia Montesclarense de Letras, minha diretora na Escola Normal, minha companheira de uma enorme gama de eventos literários e de cultura. D. Heloísa, aqui a chamo de Dona, foi minha professora no Grupo Escolar José Porfírio, em Salinas, lá pelos idos de 1945. Alta, bonita, elegante, extremamente exigente, de uma eficiência sem limites. Quase morro de tanto estudar, porque vindo de São João do Paraíso, escola particular e início de escola de governo, com apenas um ano e meio de aula, D. Heloísa, depois de um teste, achou que eu poderia
frequentar o terceiro ano. Como eu só admitia o primeiro lugar, o jeito foi estudar dia e noite, para garantir a classificação. Importante lembrar também que D. Heloísa foi professora de um ilustre companheiro nosso de Academia, o mais tarde cônego Aderbal Murta de Almeida. Ele foi seu aluno em 1936, também no mesmo José Porfírio. Em reuniões do Rotary Norte, da Academia de Letras e do Instituto Histórico, falamos muitas vezes da professora Dona Heloísa. E grata lembrança!

Para possibilitar um curso científico em Montes Claros, o Rotary criou a “Associação dos Amigos do Progresso”, que entre outras realizações, fundou o Colégio São José e o entregou, totalmente terminado e sem ônus, aos Irmãos Maristas, que de despesa tiveram só a confecção do projeto arquitetônico.

Palavra de Luiz de Paula Ferreira sobre o recém-criado Rotary de Montes Claros: “No convívio que se estabeleceu no Clube, o Juiz de Direito, o Prefeito, o Coronel, o Gerente do banco, o Promotor de Justiça, o médico de renome, o advogado famoso ampliaram seu diálogo e nós outros tivemos a satisfação de verificar que eles eram pessoas como nós próprios. E estou certo de que eles também exultaram com a expansão de seu campo social”.

A Casa do Rotariano tem área construída de 750 metros quadrados em terreno de 5.650 metros. O prédio tem dois salões principais, um de 120 metros e outro de 240, além de salas para secretaria, biblioteca e das dependências de apoio. A nova sala construída, há pouco tempo, abriga reuniões dos RC Montes Claros-Sul, São Luiz e Norte.

Da turma inicial de alunos do Centro Cultural Brasil-Estados Unidos, que foi inaugurado na Rua Doutor Santos, quase esquina com a Rua Dom Pedro II, restam apenas dois: Hélio de Morais e eu. Até pouco tempo atrás, Luiz de
Paula Ferreira tinha boas lembranças da professora americana, que veio do Rio de Janeiro e ficou bom tempo em Montes Claros.

Um dos grandes benefícios que o Rotary trouxe para Montes Claros foi o treinamento de oradores, de modo a não estender por demais os discursos. Com apenas uma hora para falar e jantar, os rotarianos tiveram que limitar o tempo das falas, resumindo assuntos e evitando perorações. Um sucesso!

Foi em 21 de março de 1946 que o Rotary conseguiu aprovação de projeto na Câmara Municipal para proibir passagem de boiadas pelo centro comercial de Montes Claros, principalmente pelas Ruas Doutor Santos e Camilo Prates. É bom lembrar que naquele tempo não havia sinais de trânsito nem ruas de contramão. O primeiro guarda de trânsito foi contratado pelo Rotary.

Em 1987, a pedido de rotarianos, a Prefeitura construiu e inaugurou a Praça Rotary, no Bairro São Luiz, com jardins, play-ground e quadras de esporte. Uma homenagem merecida pela nossa prestação de serviços comunitários. Agora, em 2019, tem tudo para ela ficar ainda melhor, porque a reforma vai ser completa, principalmente com a retirada de muretas de concreto, que limitam grandemente a passagem de pessoas.

O nome IRUMOARA, do boletim do RC Montes Claros, formou-se pela justaposição de elementos de línguas indígenas brasileiras, para traduzir convite e/ou exortação: venha jantar conosco, participe da nossa refeição, esteja em nosso convívio. Coisas assim.
Como se vê, o engenhoso criador do neologismo quis valer-se de semantemas da palavra Companheirismo que, por sua vez, traduz a ideia central da convivência rotária. É bom lembrar que a raiz pa(n) de companheiro quer dizer pão, alimento, refeição.

Da Carta Mensal do Governador Germínio Orlando Sampaio Braga, do Distrito 4390, da Bahia: “O EGD Wanderlino Arruda, do Distrito 4760, ano 1994/95, será o representante do presidente do RI, Wilfrid J. Wilkinson, na XVI Conferência do “Sim Compartilhado”, que será realizada nos dias 1º a 3 de maio, em Feira de Santana. É sócio-fundador do Rotary Clube de Montes Claros-Norte. O Distrito 4390 ficou gratificado com a indicação, pelo destacado currículo de Wanderlino Arruda, que tem sido palestrante em conferências regionais, seminários, fóruns e institutos nacionais do Rotary. É casado com a artista plástica Olimpia Rego Arruda, que estará com ele no evento rotário.”

Temos Rotary como ideal de servir, e sabemos que, para servir ao homem, é necessário servir à Liberdade, à Justiça e à Verdade. Sabemos que onde esses valores não existem, não existe o respeito aos direitos da pessoa e Rotary não pode subsistir, nem tampouco prevalece seu ideal.

Sabemos que o rotariano deve dar testemunho de sua crença, que ele não tem preconceitos de raça ou de cor, e está sempre pronto para a defesa dos direitos humanos. E é porque queremos dar testemunho de fidelidade e tolerância, que somos rotarianos. Sabemos que o rotariano, no exercício diário de seus deveres e atividades, é um leal servidor da Pátria. E é porque queremos a Pátria para nossos filhos, para todas as aspirações da alma brasileira, na perpétua comunhão dos que passaram, dos que vivem hoje e dos que virão; e porque queremos o Brasil para os que trabalham para a sua grandeza, que nos apresentamos voluntário em Rotary!

Tenho comigo um sem números de boas lembranças em meu trabalho no Rotary, como presidente, como governador, como Coordenador e Consultor da Fundação Rotária, principalmente como representante de vários Presidentes do RI em Conferências Distritais. Sempre gratificantes
experiências, em grande parte ao lado de Olímpia, que só faltou à Conferência de Salta, na Argentina, porque havia saído de uma cirurgia. Ela me acompanhou por vários dias em Anaheim (Los Angeles), quando também atuou na formação das governatrizes brasileiras e portuguesas, e teve como orientadora a ilustre Rita Correa da Costa, esposa do Presidente de RI, Paulo Viriato.

Quando, juntamente com os colegas governadores Gedson Bersanete e Flávio Mendlovitz, fui team leader em Anaheim, na Califórnia, uma boa turma de 38 brasileiros e dois portugueses, um dos mais entusiasmados e participativos foi o pernambucano José Ubiracy Silva, ainda em plena juventude. Depois disso, foi só acompanhar Bira no eficiente trabalho rotário por todo nosso Brasil, até chegar à Diretoria Internacional, em 2015/17 e à direção de dois grandes Institutos Rotários em Recife e em São Paulo.

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Nunca deixei de agradecer ao companheiro governador Flávio Mendlovitz, do meu ano rotário, pelos muitos convites para minha participação em eventos do Distrito 4530, em Brasília e nas cidades satélites, nos Rotary Clubes, na sua Conferencia Distrital, ou em reuniões no Congresso Nacional e na Presidência da República. Guardo com todo cuidado a fotografia que tiramos com o presidente Itamar Franco, na ocasião assessorado rotariamente pelo companheiro Ivan Libânio, de Belo Horizonte.

Quando fui representante do Presidente de RI em uma Conferência de Goiânia, depois de uma palestra que mais foi um discurso, o Diretor Hipólito Sérgio Ferreira, me disse que eu estava pronto para um cargo importante no RI ou na Fundação Rotária. E foi numa Conferência Distrital de Araçatuba, a convite do meu amigo Governador Gedson Bersanete, que no final de uma palestra minha– com um soneto de Luís de Camões – que o Diretor José Alfredo Pretoni disse enfaticamente, olhando para mim: Este é o perfil que estamos precisando para a Fundação Rotária”. Muito pouco tempo depois das manifestações dos dois queridos Diretores, recebi do RI/
Rotary Foundation a nomeação para o cargo de Coordenador da Fundação Rotária no Brasil, Zona 20, área do Norte de São Paulo ao Acre.

Como Coordenador do Fundação Rotária, fiz palestras, pelo menos duas vezes, em Belo Horizonte, Brasília, Caldas Novas, Juazeiro/ Petrolina, Arapiraca, Francisco Sá, Belém do Pará, Bocaiúva, Macapá, Natal, Cuiabá, Goiânia, Salvador, Patos de Minas, Aracaju e Curvelo. Foram dois anos de viagens, algumas até com um pouco de aventura, porque seguidas de um dia para outro. Um sábado, ao meio dia, em Cuiabá e, na manhã de domingo, em Natal. Um sábado à tarde em Caxambu, na manhã de domingo em Goiânia. Uma sexta-feira em Belém, e no sábado, em Caldas Novas. Saí em um domingo de Aracaju para, logo em seguida, encontrar Olimpia no Aeroporto de Guarulhos, e seguirmos para Santiago do Chile.

Boas lembranças que tenho as de palestras que tive oportunidade de proferir em Monte Azul, Mato Verde, Pará de Minas, Bom Despacho, Janaúba, Francisco Sá, João Pinheiro, Pedro Leopoldo, Sete Lagoas, Campo Grande, São Luiz do Maranhão, Fortaleza, Recife, Vitória da Conquista, Itaparica, Feira de Santana, Januária, Pará de Minas, Manaus, Pirapora, Tiros, Palmas, Maceió, Porto Alegre, Curitiba, Porteirinha, Três Corações, Itabira, Joinville, Divinópolis, Luz, Campos Altos, Contagem, Betim, Blumenau, Curitiba elá bem longe, em Santana, primeiro porto da Amazônia. Em Belém e Campo Grande foram repetidas vezes, quando eu ia a serviço do Banco do Brasil.

Algumas palestras que foram muito importantes para mim, quando falei para companheiras e companheiros de Buenos Aires e Montevideo, e por diversas vezes, nos RC de Jackson-Canton, Tulsa, e Tulsa Sunrise, este onde é antigo rotariano o meu filho João Wlader, para eles o John.

Em uma das viagens, passei pertinho de Bendegó, onde caiu o maior meteorito, participei de um jantar em um vapor entre Petrolina e Juazeiro e fui homenageado num encontro em um velho navio do Pantanal, não muito longe de Corumbá. Inesquecível foi também participar das comemorações do Centenário do Rotary, com os governadores do Distrito 4720, de Belém do Pará, em um camarote do Teatro da Paz, um dos mais nobres do país.

Companheiros da Academia Maçônica de Letras do Norte de Minas que fazem ou fizeram parte do Rotary: Samuel Figueira, Iran Rego, Jacinto Faustino, Geraldo Matos Guedes, Geraldo Guimarães, Narciso Gonçalves Dias, João Walter Godoy, Waldemar Heyden, Itamaury Teles e eu, que fui o fundador e primeiro presidente. Já na Galeria da Saudade, Geraldo Guimarães, João Walter Godoy e Waldemar Heyden.

Dois dos fundadores do Rotary Norte deixaram o quadro de sócios representativos para o de Sócios Honorários, quando mudaram residência para Belo Horizonte, para assumir o cargo de deputados estaduais: Antônio Soares Dias e José da Conceição Santos. Antônio Soares Dias assumiu a presidência da Assembleia Legislativa, ainda no primeiro ano de mandato.

Rotarianos que foram vereadores em Montes Claros: João Valle Maurício, Geraldo Athayde, Benoni Gomes da Mota, José Xavier Guimarães, Wanderlino Arruda, José Linhares Frota Machado, Iran Rego, Arnaldo Ataíde Dias, Benedito de Paula Said, José da Conceição Santos e Valdeci Fagundes de Oliveira. João Valle Maurício, Geraldo Athayde, Benoni Gomes da Mota, José Xavier Guimarães, Wanderlino Arruda, José Linhares Frota Machado, Iran Rego, Arnaldo Ataíde Dias e Benedito de Paula Said, ocuparam a presidência da Câmara pelo menos por um mandato.

No meu ano de Governadoria do 4760, em todas as Cartas Mensais, a jornalista Felicidade Tupinambá manteve uma coluna social mais do que rica de informações sobre fatos e personagens de todos os Rotary, Rotaract e Interact Clubes e também das Casas da Amizade. Todos os acontecimentos importantes de cada mês, com perfeita atualização, foram noticiados por ela. É baseado no exemplo da companheira Felicidade, que criei estes textos finais: personagens e fatos não só do Rotary Norte, mas de toda a história rotária ligada a Montes Claros e região norte-mineira.

Nunca tantos companheiros se juntaram para a fundação de um Clube rotário, em Montes Claros e possivelmente em qualquer outro lugar do mundo. O RC de Montes Claros-União foi criado com nada menos de 55 rotarianos/as. Comissão fundadora, a de sempre: Wanderlino, José Marques, Alexandre e Henrique Veloso. Para a presidência, nosso convite foi a grande companheira, Maria Suely Viana Martins Furtado de Souza, de organização perfeita, grande capacidade de trabalho e liderança mais do que positiva. Foi uma faseáurea do Rotary em Montes Claros.

O Rotary de fundação mais recente em Montes Claros teve a organização de Wanderlino, José Marques, Alexandre e Henrique Veloso. Foi escolhido com o máximo de cuidados, um entusiástico grupo de homens e mulheres, com a determinação de marcar relevantes serviços à Comunidade. Na presidência, uma companheira de todos os valores: Rita de Cássia Maluf, já famosa pela grande simpatia, perfeita liderança e conhecimento organizacional comprovado. O Rotary Club de Montes Claros-Leste é, no momento, o que mais trabalha diretamente com a comunidade, inclusive com uma segura habilidade de divulgação da prestação de serviços rotários e valorização da imagem pública.

O Rotary Club de Montes Claros-Oeste foi fundado em parceria dos RC Norte e São Luiz, praticamente com a mesma comissão que atuou em todas as outras fundações de clubes rotários. Grupo bem construído com um corte perfeito da classificação profissional, rico em valores na prestação de serviços comunitários, incluindo entre muitos o grande líder maçônico Said Schiller Campos, bastante conhecido pela capacidade de organização. Para a presidência, escolhemos a conhecida e admirada professora Marlene Tavares. Aprovação pelo Rotary International já no mês de junho, final de mandato rotário, a posse teve que ser feita já em outra governadoria. A Carta de Admissão, entretanto, ainda foi assinado por mim.

O Distrito 4760 engloba a capital mineira, todo o Noroeste e parte do Norte de Minas, com 87 clubes em 43 cidades. O Distrito faz parte da Zona 22b. Em julho de 2015, tornou-se o com maior densidade rotária em Minas, com mais de 2.100 rotarianos. O primeiro clube do Distrito 4760 foi o Rotary Club de Montes Claros, fundado em abril de 1946, quando o Distrito ainda recebia uma divisão diferente da atual. O redistritamento foi feito em 1985/86, quando o Diretor Hipólito Sérgio Ferreira era o governador do 452. O primeiro governador do novo Distrito 476 foi o companheiro Paulino Gontijo Queiroz Cançado, do RC Bom Despacho; foi primeiro governador do Distrito 452, o meu amigo e professor de Rotary, Francisco de Assis Albuquerque Bastos, do Belo Horizonte-Serra. No início do ano rotário 1991/92, por determinação, do Rotary International, todos os distritos rotários do mundo tiveram o algarismo zero acrescentado ao número, de modoque os então 452 e 476 passaram a ser 4520 e 4760.

A primeira vez que falei sobre a fundação do RC Montes Claros-Sul foi em um quase amanhecer, 5h da madrugada, quando Henrique Veloso Neto, Fábio Lafetá Rebello e eu caminhávamos pela Avenida Sidney Chaves. Disse-lhe do meu interesse em criar um Rotary com maioria de empresários, o que seria muito importante naquela fase da cidade e da região. Ponderações daqui e dali, Fábio e Henrique aceitaram a ideia, que logo pusemos em organização. A Comissão fundadora: Wanderlino Arruda, Henrique Veloso Neto, Alexandre Pires Ramos e José Maria Marques Nunes. José Marques, como de costume, o mais exigente na escolha dos nomes e
das classificações. O primeiro presidente foi Samuel de Souza Figueira, com quem eu acabara de fazer um curso de alta administração do Banco do Brasil, em Salvador. Samuel mostrou-se um verdadeiro sucesso. Sob o seu comando, no estilo do BB, o clube estruturado em equipes, para realmente trabalhar por setores. Todas as semanas, reuniões das Avenidas de Serviço e das Comissões Técnicas. Com direito a refrigerantes e água mineral.

Muito justo, neste final, apresentar créditos a alguns elementos de pesquisa para compor todos estes meus comentários: Guias Distritais 4760, Cartas Mensais de Governadores, boletins e edições comemorativas do RC Norte, “Boletim Irumoara”, do RC Montes Claros; “Revista Tempo”, Edição Especial de junho de 2017; “Faces do Legislativo”, de Jorge Tadeu Guimarães; “Deus e Liberdade, uma Loja Octogenária”, de Itamaury Teles de Oliveira. Para o livro, no geral, consultas em jornais e revistas, nos sites “My Rotary” e “Rotary Brasil” e no “Google” e “Wikipedia”.



AS MÃOS DO ROTARY

Wanderlino Arruda

No Rotary,
o cérebro pensa,
o coração inspira,
as mãos realizam.
No Rotary,
mãos comandam, mãos obedecem,
mãos dirigem, mãos constroem,
mãos semeiam, mãos afagam,
mãos aplaudem, mãos ajudam,
mãos ensinam, mãos aprendem.
No Rotary,
mãos são antenas vivas
por onde se exterioriza
nossa própria vida material e espiritual.
No Rotary estão e estarão
as mãos que curam,
que indicam caminhos,
que conduzem o alimento ao faminto
e o remédio ao doente.
No Rotary,
as mãos que ninam crianças,
as mãos que cumprimentam,
as mãos que sinalizam,
as mãos que exigem,
as mãos que veem e preveem:
os sinais mais convincentes
de nossa passagem pela Terra.


Este livro foi composto na tipografia Adobe Garamond Pro,
em corpo 12/14, impresso em papel offset 70g/m2 .
Montes Claros, abril de 2019.


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